30e e Cine Joia fecham acordo que prevê shows e investimentos

A 30e fechou uma parceria com a casa de shows Cine Joia, em São Paulo. O acordo, com duração de cinco anos, prevê investimento de R$ 2 milhões na infraestrutura do local. Em contrapartida, a produtora terá dez datas para realizar os seus shows ao longo do ano. “A ideia da 30e é fortalecer o mercado como um todo. Fazemos shows enormes no Allianz Parque, por exemplo, mas sempre pensamos em quem serão os headliners de amanhã. Cabe às produtoras investir nos novos nomes da música e na formação de novos públicos. E o Cine Joia tem o tamanho e o formato ideal para isso”, comenta Pepeu Correa, CEO da 30e. “Com as melhorias na infraestrutura e o investimento, a casa conseguirá operar da melhor forma. O público e os artistas ganham com isso”, ele complementa. Facundo Guerra, Lucio Ribeiro e Fabrício Nobre seguem como sócios do Cine Joia. Além dos shows programados pela 30e, cabe ao time do trio a curadoria da agenda do local. “A parceria estratégica que firmamos com a 30e é algo que sonhávamos há muito tempo: contar com artistas que normalmente não conseguiríamos alcançar com nossa capacidade de investimento para apresentar em nosso palco intimista. Nada pode ser mais mágico e memorável do que um artista grande em uma casa de show pequena. Estamos ansiosos pelos anos vindouros, que farão com que o Cine Joia siga sua trilha de ser um palco que forma os sucessos de amanhã”, afirma Facundo Guerra.
Oasis no Brasil: Pré-venda, venda, datas e preços para os shows

O Oasis confirmou na manhã de hoje (4) sua presença para uma turnê pela América do Sul e devemos ter Brasil, Chile e Argentina como os três países representantes. Após uma série de shows esgotados rapidamente em todo o mundo, preparamos um guia completo com todas as informações que você precisa saber. Vale lembrar que essas são informações de bastidores e a confirmação oficial sai nesta terça (5), às 11h. Local do show O estádio do Morumbis será o único local a receber os shows dos ingleses e as possíveis datas são 22 e 23 de novembro de 2025. Um show extra seria adicionado no dia 21 após as vendas de ambas as datas esgotarem. Não há nenhuma indicação de que outras cidades além de São Paulo, Buenos Aires e Santiago recebam a turnê. Pré-Venda Oasis no Brasil O show do Oasis deve ter dois tipos de pré-venda para o Brasil: banco patrocinador e fã clube. O banco patrocinador deve ser o Santander, mesmo parceiro da Live Nation nos shows do Linkin Park e Shakira. Já o fã clube terá acesso com senha pelo site https://oasis.os.fan/presale-latam-bs. As senhas serão distribuídas para quem se cadastrar no site https://oasis.os.fan/. Vale lembrar que a senha não será garantia de ingresso para a pré-venda. Data de Venda e preço dos ingressos Os ingressos começam a ser vendidos na próxima quarta-feira (13), às 10h pela Ticketmaster. Pista A & B – R$ 800,00 (inteira) e R$ 400,00 (meia) Cadeira Inferior – R$ 1.000,00 (inteira) e R$ 500,00 (meia) Cadeira Superior – R$ 1.250,00 (inteira) e R$ 625,00 (meia) Arquibancada – R$ 590,00 (inteira) e R$ 295,00 (meia) Fan Ticket – R$ 490,00 (inteira) e R$ 245,00 (meia) Cuidado com golpes! No Reino Unido cerca de 50 mil ingressos foram cancelados e devolvidos para o site da Ticketmaster por terem sido usados por cambistas em sites como o viagogo. Pela lei, você não pode vender ingressos superfaturados e a tendência é que a Ticketmaster faça a mesma vistoria aqui. Caso você não consiga comprar o ingresso, mantenha a página de vendas aberta no seu navegador e vá atualizando de tempos em tempos. É comum ingressos voltarem de maneira oficial para o site. Eu mesmo já consegui ingressos assim para o show do Red Hot Chilli Peppers no mesmo Morumbis. Banda de abertura Nomes como Cage The Elephant e Richard Ashcroft (The Verve) foram alguns dos anunciados para a turnê. Porém será uma surpresa termos uma grande banda vindo junto ao Oasis. A tendência é que seja uma banda local fazendo a abertura, tal qual o Ego Kill Talent com o Linkin Park.
Mais enxuto, mas potente e solto, Smashing Pumpkins emociona em SP

Em sua quinta passagem pelo Brasil, a primeira em nove anos, o Smashing Pumpkins mostrou estar em alto nível. No domingo (3), no Espaço Unimed, Billy Corgan e companhia demonstraram estar confortáveis em cena para desfilar uma sequência infinita de hits. The Everlasting Gaze, a melhor e mais pesada do álbum Machina/The Machines of God (2000), abriu o show e foi a faísca que faltava para esquentar de vez o Espaço Unimed. O início do show ainda trouxe uma versão inusitada de Zoo Station, do U2, com solo de bateria, que em alguns momentos pareceu até uma simulação de samba. A interação entre banda e público passou a ficar mais intensa quando as canções dos álbuns Siamese Dream, Mellon Collie and the Infinite Sadness e Adore passaram a marcar presença no set. Today emocionou muita gente na plateia, enquanto Tonight, Tonight fez Billy Corgan para a canção para contemplar a resposta do público. Aliás, chamou a atenção dos outros integrantes como se dissesse: “entenderam porque aqui é diferente?”. E faz muito sentido. Antes do show de São Paulo, a última vez que assisti ao Smashing Pumpkins foi em 2018, na T-Mobile Arena, em Las Vegas. Na ocasião, já acompanhado novamente de James Iha e Jimmy Chamberlin, a banda entregou um show de 3h15 de duração, o dobro da atual turnê, mas sem uma resposta tão enérgica do público. Vale destacar que na apresentação de Las Vegas, James Iha ainda não parecia muito confortável com o retorno ao grupo. Cenário totalmente diferente no Espaço Unimed, no qual ele apresentou a banda, imitou os trejeitos de Brian Johnson (AC/DC) e ainda cantou, de surpresa, Ziggy Stardust, de David Bowie, no fim do show. Surpresas, que por sinal, marcaram a apresentação do Smashing Pumpkins em São Paulo. Após Disarm, Billy Corgan ficou sozinho no palco para uma dobradinha acústica, com Landslide (Fleetwood Mac) e Shine On, Harvest Moon (Ruth Etting). Ver Billy Corgan feliz e leve no palco deixou uma ótima impressão para os fãs. Da última vez, no Lollapalooza 2015, o vocalista estava abatido com a morte de um dos seus gatos, além de estar acompanhado de músicos que pareciam apenas cumprir uma função determinada, sem muita emoção. A guitarrista Kiki Wong e o baixista Jack Bates deram um novo fôlego para a banda. A turnê The World Is a Vampire, que praticamente ignora o álbum mais novo do Smashing Pumpkins, Aghori Mhori Mei (tocou apenas Sighommi), segue pela América do Sul, com shows na Argentina, Chile, Peru, Equador e Colômbia. Terno Rei Uma das bandas mais cultuadas do momento no Brasil, a paulistana Terno Rei foi a responsável pela abertura do show do Smashing Pumpkins em São Paulo. Apesar do pouco tempo, 30 minutos, o grupo conseguiu empolgar o público com uma divisão igualitária dos seus dois últimos álbuns, Violeta (2019) e Gêmeos (2022). Solidão de volta e 93, tocadas logo no início, tiveram ótimo retorno dos fãs. Muitos cantaram de ponta a ponta na pista premium. No fim, antes de Esperando Você, o vocalista Ale Sater revelou que, apesar de ter feito a abertura de vários shows internacionais, o Smashing Pumpkins era o mais importante. “Vamos tocar uma música que achamos que tem muito a ver com o som deles”, disse.
Entrevista | Fantastic Negrito – “Era um esperma velho. Esse é meu legado”

Em uma entrevista reveladora para o Blog n’ Roll, o músico norte-americano Xavier Amin Dphrepaulezz, o Fantastic Negrito, de 56 anos, nos proporciona uma jornada íntima e crua, refletindo sobre traumas de infância, relacionamentos familiares e o poder de transformar a dor em arte. Seu novo álbum, Son of a Broken Man, emerge como uma obra profundamente pessoal, onde ele explora memórias dolorosas e o impacto de ser “filho de um homem quebrado”. “Para mim, o álbum é como um novo relacionamento… Não tenho certeza se quero namorá-la, mas gosto muito dela”, diz ele, em uma comparação que revela sua vulnerabilidade com este trabalho. A conversa também destaca sua colaboração inesperada com Sting, na faixa Undefeated Eyes, e suas influências, que vão desde o blues de Robert Johnson ao grunge do Nirvana. Em meio a reflexões sobre seus conflitos internos e experiências de vida nas ruas, Fantastic Negrito demonstra a autenticidade que sempre marcou sua música, em um álbum que, nas palavras dele, permite que ele seja humano – corajoso, vulnerável, e acima de tudo, verdadeiro. Confira a entrevista completa, onde Fantastic Negrito, que se apresentou no fim de outubro no Cine Joia, em São Paulo, fala sobre a criação do álbum, sua relação com a música e até brinca ao descrever ícones como Aretha Franklin e Prince em uma palavra. Você está animado com o seu novo álbum, Son of a Broken Man? Alcançou o que você esperava antes de iniciar a gravação? Para mim, o álbum é como um novo relacionamento. Não tenho certeza se quero namorá-la, mas gosto muito dela. Não sei se somos feitos um para o outro, mas estou gostando. Tenho que continuar tocando, e isso é para entrar na corrente sanguínea, mas o processo de composição foi bom, e a produção foi boa. Eu ia perguntar sobre isso, porque este álbum foi descrito como o mais pessoal até agora. Como foi o processo criativo? Muito disso é medo. Quando você está escrevendo algo tão pessoal, há medo. É algo como querer ser legal, quero ser essa imagem que tenho de mim mesmo. Não quero ser vulnerável, não quero falar sobre algo que me esmagou, que me machucou. Meu pai tinha 63 anos quando nasci. Minha mãe tinha 30. Sim, sou esperma velho, era um esperma velho. Esse é meu legado. Tão difícil, fui durão a vida toda, porque meu pai, quando tinha 11 anos, parou de falar comigo, e mesmo quando eu o via na rua, ele me ignorava, e então aos 12, ele simplesmente me expulsava. Eu fugia, não sabia o quanto isso me afetava. Realmente me afetou, porque o pai, quando você é bem pequeno, é meio que seu herói. E então você passa pela fase da adolescência, mas ele não me deixou passar por isso. E é muito, muito doloroso. Machuquei muitas pessoas e a mim mesmo. Como segurar isso a vida toda, com essa dor, essa lesão? E essa é a história mais antiga do mundo, é um pai e um filho que lutaram. E quão fácil é traduzir isso para a música? Você só tem que ficar fora do caminho, porque quando você está fazendo isso, tudo atrapalha. As pessoas vão gostar? O que as pessoas vão pensar? É constrangedor. Eu vou ser vulnerável. E se eu mostrar meu coração? E se eu mostrar tudo e for uma droga? Isso traz muito medo. Então tenho que sair do caminho e me deixar ser humano. E acho que ser humano é parte de ser vulnerável, ter medo, ser corajoso, ser violento, ser amoroso. Isso é permitir que isso aconteça. E acho que queria usar todo o trauma pessoal em algo incrível. Sei que isso dói, isso dói, é traumático, mas vou usar isso em uma música. Senti que era o processo. Quem é você na música Living With Strangers? Essa é uma pergunta muito, muito boa. Você me pegou de surpresa. Mas agora tenho que tirar minha máscara. Acho que é como acabei sendo atraído em parte da minha vida por um certo tipo de mulher. Porque eu estava tão fodido, tão pra baixo, sofrendo. E então fiquei triste, porque vou te tratar muito mal e atacar porque estou com medo. Meu pai, ele me esmagou, e minha mãe, ela me ignorou. E sinto que isso dói. Não quero que você faça isso comigo. Então talvez tenha tido a ver com meu relacionamento com mulheres. Estava muito bravo com a minha mãe, que ainda está viva. Não sou tão próximo dela. Sou o oitavo de 15 filhos. Você não pode se aproximar de sua mãe. Não tenho raiva dela, mas acho que talvez tenha algo. Não quero chamar isso de raiva, mas tirei isso. Parece que quando estou cantando essa música, lembro que estou um pouco bravo. É difícil até falar sobre isso porque não quero. Tudo bem. Eu sinto que essa é uma pergunta de um psiquiatra. Sim, eu estava pensando na mesma coisa. Não quero responder a essa pergunta. Mas o mais importante é que sou eu. Tipo, me sinto mal. Me sinto um nada. Então como lido com isso? Como lido com isso sentado em um piano e vivendo com estranhos? Eu tinha 12 anos, vivia com crianças de rua e gangues. Ou eu vou ou a polícia me leva para uma casa para menores, algo como lar adotivo. Quero lembrar desse medo, mas vou lutar pela minha vida. Filho da puta, vou lutar pela minha vida. Se isso acontecer comigo, quero estar morto. Tive que lutar com um homem, tentaram me pegar. Isso é constrangedor. Mas lutei e sobrevivi. E você fez isso muito bem feito. Parabéns! Você conseguiu realmente passar a mensagem. Desculpe por demorar tanto. Tudo bem. Vamos falar rapidamente sobre Undefeated Eyes. Como surgiu a colaboração com Sting? Estava abrindo um show para ele e o Sting estava lá o tempo todo. Fiquei nervoso. Esse cara escreveu tantas músicas incríveis. Minha música é uma droga. Depois, ele disse: “ei, isso é bom.
Entrevista | Larkin Poe – “Nosso trabalho é criar algo que amamos primeiro”

Combinação explosiva de Sleaford Mods e Black Pantera agita SP

O Carioca Club, em São Paulo, recebeu no último sábado (2) uma combinação explosiva com o duo britânico Sleaford Mods e a banda mineira Black Pantera. Para muitos pode ter parecido estranho ter uma banda de rock mais “convencional” para fazer a abertura desse show, mas a escolha não poderia ter sido mais acertada pela produtora Maraty. O Black Pantera, cujo som soa como uma versão potente de Living Colour com Bad Brains e Sepultura, é uma banda que está no auge, acabou de lançar um disco poderoso (Perpétuo, pela Deck) e surpreendeu a todos com uma apresentação eletrizante. Desde a abertura, com a casa ainda longe da sua lotação, a banda começou com Provérbios e Padrão é o Caralho, e pouco a pouco foi conquistando cada uma das pessoas presentes. O guitarrista e vocalista Charles Gama e o baixista Chaene comandavam o público com carisma de sobra, ora fazendo todos sentarem no chão e incitando rodas de pogo, ora ensinando o público a entoar refrões como o de Fogo nos Racistas. Em determinado momento do show, o vocalista indagou o público sobre quem ali estava vendo a banda pela primeira vez, e a resposta arrancou risos dos caras. Quase todo o público, que àquela altura já estava na mão da banda, levantou a mão. Sleaford Mods Na sequência, pontualmente às 19h15, Jason Williamson (vocalista) e Andrew Fearn (produtor das bases) subiram ao palco para a estreia do Sleaford Mods no Brasil. A apresentação segue a mesma linha do som produzido pelos caras, onde o minimalismo (que a princípio pode causar estranheza) vai cativando de forma escalonada com uma sequência de sons raivosos, que fazem muita banda de punk rock parecer pop rock. Se um dos conceitos iniciais do punk era fazer um som que incomodasse, com mensagens sobre o cotidiano e que transmitisse a indignação de uma geração ao mesmo tempo em que debocha de todo o status quo, então posso afirmar que esse show foi um exemplo clássico disso. Batidas eletrônicas cruas com influências de hip hop e pós punk e altamente dançantes. Enfileirando uma música atrás da outra, de UK Grim a Jolly Fucker, o duo encantava com o contraste entre o vocalista cuspindo letras com muita fúria enquanto o DJ ficava dançando pelo palco como se estivesse em uma grande festa. Em determinado momento, Jason sacou seu telefone e fez uso do Google Tradutor para se comunicar com o público: “Me desculpem! Estou com muita raiva porque os meus fones de retorno quebraram e eles custaram muito caro”. A apresentação seguiu e tanto o público quanto os Sleaford Mods pareciam satisfeitos com o saldo da noite, que ainda contou com a aguardada versão de West End Girls, do Pet Shop Boys, além das antológicas Tied Up in Nottz e Jobseeker, encerrando com Tweet Tweet Tweet. Uma noite antológica, onde o carisma e o ódio, presentes nas mensagens do Sleaford Mods e Black Pantera, provaram a importância de ainda se assistir música ao vivo, feita com alma e proporcionando a todos apresentações históricas.
Tilly Birds, o trio tailandês sensação no cenário mundial

Uma nova coluna se inicia aqui no Blog n Roll, e eu, Laura Fialho, vou trazer uma nova perspectiva sobre a música asiática para vocês. Aqui na Silly Bird Rocks On, vocês vão poder abrir o leque de artistas que fazem sucesso do outro lado do mundo, principalmente em países como Filipinas e Tailândia. Por falar nisso, o nome da coluna é uma homenagem à banda tailandesa que eu tanto adoro, o Tilly Birds. Inspirada pela energia e criatividade desse grupo incrível, decidi criar uma variação do nome para usar como meu usuário online – vocês me encontram nas redes sociais como Silly Bird. Mas vamos ao foco desse primeiro texto. Quem são os Tilly Birds, e por que eles são tão especiais? Formada na Tailândia, em 2011, a banda é composta por três amigos que decidiram juntar seus nomes para batizar o trio. O nome faz um jogo de palavras com os dois integrantes iniciais, Third e Billy, e desde então, eles vêm conquistando espaço com sua mistura única de rock e influências de bandas icônicas como Beatles e Queen. Curiosamente, Third e Billy – assim como muita gente – não faziam ideia de que “Tilly” também era uma palavra real em inglês, que significa “pássaro pequeno”. Esse fato, inclusive, passou a ser apontado por fãs da banda ao redor do mundo com o passar do tempo. A primeira vez que a Tilly Birds se apresentou ao vivo foi em um festival universitário na Tailândia. Eles estavam tão nervosos que esqueceram de afinar as guitarras, mas, por sorte, a energia da plateia foi tão contagiante que ninguém pareceu perceber a gafe. Embora o som da banda tenha influências claras de rock e pop ocidentais, os membros também revelaram que algumas das suas músicas são inspiradas por trilhas sonoras de filmes antigos tailandeses, que eles escutavam com seus avós. Um ritual curioso da banda antes de entrar no palco é que todos os membros fazem uma dancinha engraçada de 30 segundos nos bastidores. Eles acreditam que isso ajuda a aliviar a tensão e começar o show com boas vibrações. Durante a pandemia, o grupo fez várias lives de casa para se conectar com os fãs. Em uma dessas lives, enquanto cantavam uma versão acústica de uma música, o cachorro de um dos membros apareceu no vídeo e “cantou” junto, o que virou um meme entre os fãs. Até o momento, a banda lançou três álbuns: ผู้เดียว (Phu Diao) (2020), It’s Gonna Be OK (2021), que ganhou uma versão deluxe no ano seguinte, além de It’s Be Gonna Be Tilly Birds, ao vivo (2023). No início de outubro, a banda revelou o single Retro-39. Foi o segundo som inédito divulgado em 2024. Anteriormente, lançou White Pills. E o Tilly Birds já confirmou que vem álbum novo aí. Aqui estão algumas músicas imperdíveis para quem está começando a conhecer a banda: ถ้าเราเจอกันอีก (Until Then) แค่เธอเข้ามา (Just Being Friendly) ฉันมันเป็นใคร (Who Am I?) Essas faixas capturam bem a diversidade do som da banda, misturando letras profundas, melodias cativantes e uma energia única.
Shiron the Iron aposta na estética torta do punk com guitar box no EP Whatever

O power trio mineiro de blues punk Shiron The Iron colocou no streaming o EP Whatever, com três faixas que enaltecem a mistura do rock alternativo e punk com pitadas do blues da cigar box e muita ironia nas letras. Shiron the Iron é Shairon (voz, cigar box guitar e também ilustrador do Rock in Rio e Lollapalooza), Flávio Freitas (bateria) e Felipe Valderrama (percussão e beats eletrônicos). Neste registro, o Shiron the Iron ainda conta com a participação do músico e produtor Leonardo Marques no sintetizador, piano – ele, que já venceu um Gramy Latino e tem duas nomeações, é ainda o responsável pela mix e master de Whatever. Junto ao EP, a Shiron the Iron lança o despretensioso videoclipe para Bored as Me, escrito e dirigido pela banda, e gravado no interior de Belo Horizonte. Quem assistir vai ver muita influência da estética torta e divertida do western spaguetti. Whatever marca uma fase mais punk e experimental, com adição forte de percussão, que traz outros ritmos à sonoridade do sempre ousado da banda. O humor, uma marca constante da banda, também marca presença, a exemplo da faixa Anitta vs Iggy Pop, que remete a um duelo entre o funk e o punk – além de ser uma faixa com uma inusitada mistura entre os citados estilos. Já Bored as Me, uma música sobre tédio, é a primeira música na história da banda com violão, aqui em um dueto com a gaita (tocada por Digô, da banda Moons, como convidado especial). “O nome do disco vem de uma preocupação, de uma inquietude de pisar em novos territórios, sem esquecer da cigar box, com muito slides e blues. Mas tem o funk e letras questionadoras com ironia. É tudo brincadeira, mas enfiando o dedo na ferida, uma marca registrada da Shiron the Iron”, conta Shairon.