Sleaford Mods e Hot Chip lançam as faixas Nom Nom Nom e Cat Burglar

Sleaford Mods e Hot Chip se uniram para um single colaborativo com as novas faixas Nom Nom Nom e Cat Burglar, que foram gravadas no Abbey Road Studios. As músicas foram lançadas pela gravadora e loja de discos Friendly Records, de Bristol, para ajudar a instituição de caridade War Child. A arte desse lançamento exclusivo foi criada especialmente para o projeto pelo aclamado artista britânico David Shrigley. A colaboração surgiu quando a banda londrina convidou a dupla de Nottingham para participar de uma das inovadoras e revolucionárias Lock In Sessions de Abbey Road. Convidando talentos a se unirem para criar algo novo dentro das paredes do icônico estúdio, cada sessão é totalmente documentada e um curta-metragem capturando os “Hot Mods” – como as bandas se apelidaram. A faixa principal, Nom Nom Nom, combina as melhores características de ambas as bandas, criando um groove suave, porém ousado, que é tão feliz na pista de dança quanto no mosh-pit. “No dia, entramos frios e simplesmente nos entregamos a ele. Nom Nom Nom é uma continuação lírica do nosso álbum UK GRIM sobre o riff do teclado de Andrew, construído por Hot Chip e terminando com um excelente refrão de Alexis”, explica Jason Williamson, do Sleaford Mods. “Cat Burglar é uma jam estranha de rock progressivo e B52s que explora os corredores estreitos da experiência humana moderna.” Hot Chip acrescenta que as sessões representam os resultados de uma troca de ideias e músicas verdadeiramente livre e encorajadora entre os dois grupos, o que significa que ambas as músicas foram escritas e gravadas em Abbey Road em apenas algumas horas. “Fazer essas músicas em um dia em Abbey Road foi uma experiência incrível”, explica a banda. “Chegamos sem um plano, mas rapidamente começamos a trabalhar juntos de forma harmoniosa, com muita improvisação e muito pouco ego. Somos muito gratos ao Sleaford Mods por ter se juntado a nós e estamos muito orgulhosos do resultado.” Percebendo que haviam feito algo especial juntos, o Sleaford Mods decidiu que as faixas seriam perfeitas quando a Friendly Records abordou a dupla para participar de seu projeto com a War Child, proporcionando a Nom Nom Nom e Cat Burglar o lar perfeito. “A arte da capa, criada pelo grande David Shrigley, é a cereja do bolo, pois representa perfeitamente a música e a letra”, continua Jason Williamson, do Sleaford Mods. “Deixando toda a criatividade de lado, e o mais importante, doamos as músicas para a War Child. Eles estão fazendo um trabalho importante em uma época em que o mundo está um caos e, embora não possamos consertar o caos, podemos fazer um pouco para ajudar.” A Abbey Road Lock In Session, que serviu de trampolim para o projeto, é a mais recente de um projeto contínuo organizado pelos estúdios londrinos, que não apenas reúne diferentes talentos em suas salas lendárias, mas também oferece aos fãs uma visão única do processo criativo, já que cada sessão é documentada e filmada. “Ao reunir Hot Chip e Sleaford Mods pela primeira vez, as duas bandas usaram o estúdio como uma sala de jogos criativa sem limites. Foi um dia incrível de criatividade e colaboração”, diz Mark Robertson, diretor de marca da Abbey Road, sobre a sessão, que se seguiu ao fato de o estúdio ter recebido bandas como Fontaines D.C., Porridge Radio, Hak Baker e Bernard Butler para colaborações semelhantes. “A música resultante é algo raro – algo verdadeiramente único que, de alguma forma, mistura as assinaturas de ambas as bandas, criando algo novo, vibrante e essencial”, acrescenta Robertson. O single conjunto resultante está sendo lançado como parte da série da Friendly Records para a War Child, que já lançou anteriormente faixas de bandas como Portishead e Idles. Sleaford Mods são Jason Williamson e Andrew Fearn. Hot Chip é formado por Alexis Taylor, Joe Goddard, Al Doyle, Owen Clarke e Felix Martin.

The Exploited será headliner da segunda edição do Upfront Festival em SP

The Exploited, uma das bandas mais importantes e influentes do cenário punk britânico e mundial, colocou o Brasil em maio de 2025 na rota da The Final Tour. Em São Paulo, o The Exploited será a atração principal da segunda edição do Upfront Festival, dia 11 de maio, no Carioca Club. Os ingressos já estão à venda. A segunda edição do Upfront Festival também terá outra lenda do punk, Ratos de Porão, com a incansável turnê que tanto celebra os mais de 40 anos de atividade como divulga o feroz álbum Necropolítica. A realização é da Agência Sobcontrole. Mais cinco bandas completam o diversificado e único lineup da segunda edição do Upfront Festival: The Chisel, Fang, Escalpo, Urutu e Punho de Mahin. Fang é uma banda americana de hardcore punk, com um som direto e empolgante, do início da cena punk rock da Califórnia, nos Estados Unidos, nos anos 1980. O carismático vocalista Sammytown é sempre um show à parte! Da Inglaterra, The Chisel é mais uma representante do punk rock e está na ativa desde 2020, formada por músicos que tocaram na Violent Reaction, Arms Race e Chubby & The Gang. O último álbum é What A F*cking Nightmare, que lembra os ouvintes de todas as coisas que são tão impactantes e duradouras sobre a música punk: há uma vitalidade, suor tangível, sangue e pegadas de botas que deixam uma marca muito tempo depois de serem feitas. O Urutu é a personificação do metal punk paulista, com riffs poderosos, letras em português e uma energia devastadora, principalmente ao vivo. Já o Escalpo vem com seu d-Beat metálico diretamente do interior paulista com passagem explosiva pela Europa. O quinteto divulga o debut Unnus, a mistura única entre a urgência do punk e o peso do metal, sempre com agressividade sonora e lírica, com críticas contundentes e ferozes contra governos opressores e excludentes. Punho de Mahin completa o lineup. Desde sua fundação em 2018, tem sido uma voz essencial na luta contra o racismo estrutural, machismo e outras mazelas sociais. Com um som contundente que mistura punk rock, hardcore e D-beat, suas letras profundas ecoam as experiências e resistências da população negra. A edição de estreia do Upfront, com Bad Manners, que aconteceria em 2024, foi transferida para 26 de janeiro de 2025, também no Carioca Club. SERVIÇO Upfront Festival com The Exploited Data: 11 de maio de 2025 Local: Carioca Club (rua Cardeal Arcoverde, 2899, Pinheiro, São Paulo/SP Horário: 14h às 21h Ingressos Valores 1º lote – Pista: R$150,00 2º lote – Pista: R$180,00 1° lote – Camarote: R$220,00 2° lote – Camarote: R$250,00

Maturidade do 5 a seco surge em Sentido, primeiro álbum após hiato

“O novo é o velho e o velho é o novo.” Quinto álbum na discografia do 5 a seco, Sentido encontra o quinteto paulistano em um diálogo com o tempo – ou, tantas vezes, com O Tempo, aquele ser maiúsculo que descongela tudo. Ele é o elemento constante nas 15 faixas, implícito ou nomeado, “mordendo o próprio rabo”. Vem vestido de “os anos”, “o futuro e o passado”, “o antes”, “o hoje e o ontem”, “os momentos”. E em “ponteiros”, “agoras”, “lembranças desbotadas na memória”. Após hiato de cinco anos, o grupo anunciou o retorno às atividades em setembro passado, durante histórica apresentação no festival Coala. São 15 anos do grupo desde a estreia. E o amadurecimento – musical e poético – é flagrante nesse novo trabalho de estúdio. Com participação especial de Chico Buarque, o álbum foi produzido por Tó Brandileone e gravado entre fevereiro e julho deste ano. Sentido traz o conjunto de canções mais plural da história do 5 a seco. Esse repertório inclui desde temas compostos para peças de teatro até baladas de amor. De canções existenciais complexas a delicadezas autobiográficas, como uma canção escrita para esperar a chegada de um bebê. O amadurecimento individual e o adensamento das vidas pessoais dos cinco integrantes estão à frente de tudo. E a volta do grupo só foi possível porque a pausa foi feita no tempo certo. Retomando. O 5 a seco fez seu hiato logo após o lançamento de Pausa (2019), o álbum anterior. E essa interrupção teve que acontecer por uma questão prática: para além do trabalho coletivo, todos os integrantes sempre mantiveram suas carreiras individuais. E elas foram tomando espaço cada vez maior nas vidas de cada um. Leo Bianchini foi inventar nova vida em Portugal; Pedro Altério e Pedro Viáfora seguiram com seus projetos solo – incluindo aí o duo Pedros, que une ambos; Tó Brandileone se tornou um produtor requisitado em diversos gêneros; e Vinicius Calderoni tem se dedicado cada vez mais ao teatro, dirigindo e escrevendo espetáculos. Tornaram-se adultos, portanto. E bandas requerem a disponibilidade da pós-adolescência. A conta não estava fechando. Para a reconfiguração atual, fizeram as devidas adaptações para que o 5 a seco voltasse a caber na vida adulta de todos. Isso significou fechar um período para a gravação do álbum e, logo em seguida, guardar mais alguns pares de meses para a turnê. Passado esse tempo pré-definido, todos voltam para as suas vidas e o 5 a seco entra em novo hiato. É talvez o melhor caminho para manter uma banda depois de chegada a vida adulta. Originalmente, 5 a seco era o nome de um show criado em 2009 que reuniria cinco artistas emergentes da cena musical paulistana, cada um com sua carreira solo. Seriam apenas quatro apresentações na Sala Crisantempo, espaço alternativo na Vila Madalena. Mas o poder do encontro se impôs e, logo após a estreia, a demanda brotou, gerando mais e mais apresentações em quinteto. Acabaram se tornando eles mesmos o 5 a seco. E o grupo logo tomou maior proporção do que os trabalhos individuais. Ainda assim, os cinco integrantes não queriam admitir a ideia de banda. Chamavam-se de um “coletivo de compositores”, mas involuntariamente se tornaram uma coisa só. Que agora se recria. Dos tempos da Sala Crisantempo, está de volta em Sentido o protagonismo do piano, elemento presente na origem do quinteto, antes de os violões dominarem a cena e o som. Outros instrumentos, como clarinete e bandolim, que também estão de volta agora, remetem àquele período inicial.

Yohan lança clipe intimista para Teu Jogo e revela mistério; assista!

O cantor e compositor Yohan apresenta o videoclipe de Teu Jogo, primeiro single do novo EP e sequência da trilogia iniciada com Flores. Recém chegada ao Youtube, a produção intimista traz um olhar cru sobre a vulnerabilidade de um relacionamento tóxico, capturado em um cenário minimalista: o apartamento do cantor em São Paulo. A direção do clipe aposta na simplicidade para intensificar a mensagem emocional da música. O ambiente, uma obra inacabada, simboliza a sensação de abandono e estagnação emocional. Yohan explica a escolha do local: “O cenário reflete o caos interno e a tentativa de consertar algo que nunca está completo. É uma representação fiel do que vivi naquela relação.” Esse contraste entre a força da letra e a estética visual crua cria um impacto que reforça a mensagem da música, uma combinação de vulnerabilidade e desejo de libertação. Além do cenário e da mensagem impactante, um detalhe intrigante chamou a atenção dos fãs: a presença de uma mulher misteriosa que interage com Yohan em momentos-chave do clipe. Embora sua identidade não tenha sido revelada, especula-se que ela tenha um papel importante nos próximos capítulos da trilogia. “A presença dela não é por acaso. Ela carrega um peso especial para a narrativa, e o público vai começar a juntar as peças em breve”, comentou o artista, mantendo o suspense. A trilogia, que começou com o EP Flores e explorou temas de manipulação e toxicidade, segue agora com Teu Jogo, aprofundando-se em dinâmicas emocionais e desafios pessoais. A história será concluída em 2025, com o terceiro EP e um quarto álbum de estúdio que unirá todas as fases da narrativa. Produzida por Zain, conhecido por seu trabalho com Anitta e MC Zaac, e co-escrita por Deko, compositor de Maneva, Teu Jogo combina a sonoridade do pop rock dos anos 2000 com uma letra visceral e carregada de emoção. A música reflete o momento de perceber a necessidade de romper com ciclos destrutivos. “Essa faixa é um grito de dor e libertação. É honesta e intensa, representando o momento em que você decide sair de algo que te prende e faz mal”, compartilha Yohan. Com Teu Jogo, Yohan dá o pontapé inicial no segundo EP da trilogia, cuja conclusão está prevista para o início de 2025, antes do Carnaval. O projeto segue a linha emocionalmente densa de Flores, que incluiu faixas como Round 6 e Amor Quebrado. A jornada culminará em um álbum de estúdio que promete fechar o ciclo com uma narrativa coesa, representando as diversas fases e emoções da vida e das relações do artista.

Sonora Fantasma reflete conexão do homem com a terra em Vida no Campo

Sonora Fantasma é um duo formado pelo cineasta Diego da Costa e pela designer Miichs Oliveira. Explorando sonoridades que transitam entre o rock alternativo, folk, shoegaze e indie, a dupla se conecta com suas raízes artísticas por meio do single Vida no Campo, uma música potente em que resgatam memórias e registros de mais de duas décadas para celebrar um momento de transformação criativa. Vida no Campo, a primeira música do Sonora Fantasma desde o debut Adeus Mundo Véio (2021) reflete sobre a conexão humana com a terra, preservação ambiental e redução da jornada de trabalho. Inspirada em uma experiência pessoal, a música transporta o ouvinte a um cenário rural com arranjos que unem o indie ao folk alternativo, resultando em um som orgânico e imersivo. A história de Vida no Campo começa no início dos anos 2000, quando Diego, então integrante da banda Lazo Black, ensaiava no sítio do baterista Hiro (Sorry for All), cujos pais eram agricultores. Inspirada pelo contato com a lida no campo, a música nasceu como um retrato da vida rural. Anos depois, a canção foi resgatada pela Sonora Fantasma e reimaginada como um hino colaborativo, onde as vozes de Diego e Miichs soam em uníssono, evocando trabalhadores cantando juntos durante o serviço. Gravada e mixada no Estúdio RBS de Rafael Sartori, que também produziu o primeiro álbum da Sonora Fantasma e masterizada por Diego Fadul, a faixa une viola caipira, sintetizadores e guitarras em uma mistura singular. Vida no Campo é uma colagem de influências que vão do rock rural de Sá, Rodrix e Guarabyra ao folk e western de Colter Wall, passando pela intensidade melódica de Elza Soares e pela pluralidade de estilos do álbum 13 do Blur. As referências criam uma paisagem sonora rica e orgânica, cativante em sua singularidade.