Atração do primeiro Primavera Sound Brasil, Amaia lança terceiro disco de estúdio
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Atração da primeira edição do Primavera Sound Brasil, a cantora espanhola Amaia lançou o álbum Si Abro Los Ojos No Es Real, uma viagem ao universo onírico de sua mente. Terceiro álbum da carreira, Si Abro Los Ojos No Es Real é o primeiro da cantora desde Cuando no sé quién soy, de três anos atrás. Composto por 12 músicas inéditas, Amaia aborda temas como amor, família e amizade no novo álbum.
Johnny Monster lança single grandioso que antecipa álbum psicodélico
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O cantor e compositor paulista Johnny Monster lançou Automático, uma grandiosa e dramática canção de rock, guiada por violões e explodindo em um refrão intenso com guitarras distorcidas. O trabalho é a primeira amostra de Líquido Inflamável, seu próximo álbum de estúdio. O novo álbum, que será lançado no dia 14 de fevereiro, é o trabalho mais experimental e psicodélico de Johnny até hoje. Com faixas que percorrem diferentes atmosferas e dinâmicas, o álbum tem um peso que contrasta com a sonoridade folk de seu último álbum, A Nova Era Do Só Você, de 2023, mas ainda com o foco nas composições de Johnny. “Esse é de longe meu trabalho mais ousado, denso e arriscado. Não há concessões tanto no seu único single Automático, como no álbum todo”, conta Johnny. “Letras abstratas, por vezes surrealistas, paisagens sonoras lisérgicas e longas. Se o artista deve refletir seu tempo, creio que esse disco possui todo o peso, solitude e incerteza do nosso presente.” O projeto foi realizado com o produtor Paulo Grassia, que também gravou boa parte dos instrumentos. Automático é um lançamento do selo ForMusic Records.
Marcelo D2 lança segundo disco da quadrilogia Manual Prático do Novo Samba Tradicional
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O samba se reinventa mais uma vez pelas mãos de Marcelo D2, que transforma memória e inovação em música com o segundo volume de sua quadrilogia, o Manual Prático do Novo Samba Tradicional. Intitulado Volume 2: Tia Darci, o álbum é uma homenagem íntima e cheia de alma, onde os tambores do passado encontram a batida eletrônica do presente, e histórias pessoais se tornam versos que ecoam no coletivo. É uma celebração do samba como patrimônio vivo, carregado de ancestralidade e modernidade. O álbum é o segundo de quatro discos que serão lançados até o Carnaval de 2025. Cada volume do projeto busca aprofundar a relação e o olhar únicos de Marcelo D2 sobre o samba, refletindo tanto sua trajetória pessoal quanto o impacto coletivo do gênero. “Estou seguindo o meu caminho à serviço do samba, o que mais quero é me aproximar cada vez mais do público, deixar geral entrar e ficar por dentro do que rola durante o processo de criação, como chegamos até aqui. O público é grande parte do Novo Samba Tradicional, tem que chegar junto, eu sou uma ferramenta”. ”, destaca Marcelo D2. O Manual Prático do Novo Samba Tradicional é uma série de quatro discos idealizada por Marcelo D2 e Luiza Machado, com o objetivo de revisitar o samba sob uma ótica contemporânea. Cada volume da quadrilogia busca explorar diferentes nuances do gênero, integrando elementos tradicionais a novas experimentações sonoras. Volume 2: Tia Darci reforça o compromisso de Marcelo D2 com a valorização das raízes do samba de mãos dadas à inovação, trazendo ao público uma experiência musical rica em emoção e criatividade. O projeto também celebra as memórias e a influência cultural das pessoas que marcaram a vida do artista, como sua tia Darci, destacando a importância do legado familiar e comunitário no desenvolvimento do samba como expressão cultural brasileira. Os próximos volumes do Manual estão previstos para serem lançados ao longo de nos próximos meses, culminando no encerramento da série até o Carnaval de 2025, consolidando o projeto como uma das principais iniciativas de Marcelo D2 em sua jornada artística. Além do lançamento do álbum, Marcelo e Luiza Machado mantêm abertas as portas da exposição Manual Prático do Novo Samba Tradicional, na Ocupação IBORU, no Centro do Rio de Janeiro, onde o público pode conhecer o passo a passo do processo de criação do Manual Prático, através de 5 instalações artísticas. O projeto tem co-autoria da Cará Residência Artística e convida o público para um mergulho desde a concepção da obra, até a música chegar no streaming, com gravações e projeções de conteúdo audiovisual. A exposição apresenta cenários que traduzem a jornada criativa até o produto final (por isso, manual prático), incluindo dois lounges, instalações que modificam o espaço, ampliando o tamanho como fundo infinito e caixa de proporção, a reprodução de uma rua com portão de loja e banco de praça, no 2º andar, e até um banheiro estilizado com sacolas de feira. A idealização da exposição é de Marcelo D2 e Luiza Machado, com cenografia assinada por Sérgio Marimba e projeto de Mirella Lima.
Rael, Mano Brown e Filó homenageam Cassiano em single; ouça!
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Abrir espaço para o prazer, a celebração e a conexão entre pessoas pretas é o que Rael propõe no novo single Onda (Citação A Onda), que chega às plataformas de streaming de áudio pela Laboratório Fantasma e Altafonte. A faixa homenageia Cassiano — artista precursor dos bailes black nas décadas de 1970 e 1980 no Brasil — e conta com a participação de Mano Brown e Dom Filó. Assim como Na Pista Sem Lei, divulgada em novembro do ano passado, Onda (Citação A Onda) faz parte do próximo álbum do artista, com lançamento esperado para o primeiro trimestre do ano. Rael frequenta os bailes black em São Paulo desde a sua adolescência, enxergando nesses espaços um pertencimento que não encontrava em qualquer lugar. Mais do que encontros para dançar, esses bailes são um lugar de resistência e efervescência cultural. Sendo assim, ao escrever Onda (Citação A Onda), o artista carrega a memória dos grooves marcantes do soul, do funk e do R&B que ecoavam pelas caixas de som dos bailes para seu novo single, convidando o público para a pista de dança, através de uma batida envolvente e uma melodia cheia de nostalgia. “A capacidade de ‘tirar uma onda’ no meio do caos é uma herança ancestral, um código de sobrevivência. É uma arte que transcende gerações, desde o nego véio malandro sábio até as novas gerações, os repentistas nordestinos, os sambistas dos morros e os MCs da quebrada. Porque rir, cantar, dançar e celebrar, mesmo com pouco ou nada, sempre foi um grito de liberdade”, afirma Rael. Ao prestar atenção na letra de “Onda (Citação A Onda)”, percebe-se o lado curioso do cantor e compositor em se debruçar na história de Cassiano para homenageá-lo, como um ícone da música black dos anos 1970. A escolha de chamar Mano Brown para participar da canção surgiu durante a fase de produção, assinada em parceria com Nave Beatz. O início da trajetória de Rael foi muito marcado por seus covers do Racionais MC’s. Logo, chamar o Mano Brown para colaborar em um trabalho, foi natural. “A missão de todo MC brasileiro é ter uma parceria com o Mano Brown. E ele foi um dos principais artistas responsáveis por impulsionar o nome do Cassiano para o mundo”, afirma Rael. “Queremos sempre trazer a história dos artistas que vieram antes de nós, e que conquistaram espaços para a comunidade preta, como é o caso do Cassiano. Esse projeto veio para honrar nosso passado“, acrescenta Mano Brown. Mais do que uma homenagem a Cassiano, Rael reverência cantores que atravessaram gerações e ajudaram a fortalecer a cena dos bailes black no país, como Jorge Ben Jor, Djavan, Sandra de Sá, entre outros. Esses artistas carregam em suas composições um chamado para a população preta ocupar espaços de celebração, liberdade e alegria. Assim como eles, Rael reforça em Onda (Citação A Onda) a importância de sair para dançar e curtir, resgatando a essência dos bailes. “É sobre resistir e existir com dignidade, mesmo quando o mundo parece decidido a te sufocar”, finaliza Rael. A faixa também conta com a colaboração de Dom Filó, figura importante no cenário musical preto, sendo também um dos precursores dos bailes black. O jornalista e produtor cultural finaliza a faixa “mandando o papo”, como uma mensagem aos ouvintes. “Onda (Citação A Onda) já nasce como um clássico a ser eternizado no universo da música brasileira em homenagem a Cassiano, o esquecido gênio da MPB. É um grande prazer fazer parte dessa conexão ancestral junto ao Rael e Mano Brown. Sigamos!”, afirma Dom Filó.
BK’ lança álbum com participações de Djavan, Fat Family e mais
Como uma vitrine da música brasileira, BK’ apresenta seu mais novo álbum: Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer. Em um leque de 16 faixas inéditas, o premiado artista imprime o rap no samba, em uma colaboração com Pretinho da Serrinha; em solos de guitarra, num feat com FYE; até em um R&B com Fat Family; e no trap de MC Maneirinho, por exemplo. Assim, BK’ embala composições que atiçam o surgimento de um novo movimento. DLRE, as siglas do novo projeto, reúne ainda samples da joia nacional Milton Nascimento, participações de Luedji Luna, Evinha, além de Melly, Borges, Maui e Jenni Rocha – contando também com a benção de sua maior referência, Djavan, por meio do sample de Esquinas. Os novos sons chegaram às plataformas de streaming, pelo selo Gigantes, e têm toda sua carga criativa condensada no curta-metragem homônimo ao álbum, filmado na Etiópia e desenvolvido em parceria com o estúdio criativo AKQA Coala.Lab. “Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer é um retrato da riqueza da música brasileira. Este disco celebra as conexões que construímos ao longo do caminho, dando espaço para toda a nossa pluralidade. Cada colaboração é uma extensão da minha visão, um diálogo musical e cultural sobre o que somos enquanto movimento. Eu quis homenagear todos esses grandes artistas de diversas gerações”, afirma BK’. Memorável, enérgico e cheio de homenagens são algumas características que explicam o tão plural novo álbum de BK’, que tem como principal pilar o fator colaborativo – com uma mensagem que clama o desapego para alcançar o progresso. O rapper contou com as produções do duo de DJs Deekapz, Kolo, Paulo DK, Kizzy e Ruxn, Sango e Aidan Carroll, Theo Zagrae, JXNV$ e Nansy Silvvz. FYE, principal aposta do selo de BK’, Gigantes, também assinou uma das produções. Todo este time, guiado pelo olhar criativo de um dos principais nomes do rap nacional, apresentou então uma sequência de hits que impressionam os fãs em lugares diferentes. Você Pode Ir Além abre a tracklist com participação de FYE – colaboração dupla, presente também na faixa Te Devo Nada – com riffs de guitarra e muita bateria que costuram um rap ritmado, na trilha sonora para o filme que acompanha o disco. Só Eu Sei traz o sample da canção Esquinas (1984) de Djavan, um dos maiores ídolos de BK´, que celebra: “Ter minha obra revisitada por artistas de gerações mais jovens reafirma a diversidade da minha música e me deixa muito feliz. BK’ é um cronista da realidade brasileira e conecta Esquinas a sua escrita sempre precisa e autêntica. Gostei do resultado”. Tesouro nacional atemporal, o artista atribui a BK’ esta tarefa de historiador, narrando os fatos da época em que se vive. Na sequência, Não Adianta Chorar traz o samba de Pretinho da Serrinha. O leque de homenagens às lendas da música brasileira é completado em Só Quero Ver com a voz de Evinha, e então Ninguém Vai Tirar Minha Paz com Melly. O R&B melódico de Fat Family embala o rap de BK’ em Da Madrugada, e elas afirmam: “Nossa música sempre teve conexões com a cultura hip-hop, unindo o soul e R&B brasileiro às mensagens e influências do gênero. A homenagem do BK’ reafirma o impacto intergeracional do nosso som, celebrando nossas raízes e a força da música negra brasileira”. Enquanto Jenni Rocha colabora em Medo De Mim, Maui em Real, MC Maneirinho participa em Mandamentos; Luedji Luna e Borges completam a lista de feats em Abaixo Das Nuvens. O interlúdio Mostro marca a metade da imersão que o disco pede, enquanto as canções Quem Não Volta, Eu Consegui, Amém, Amém e Cacos De Vidro completam a tracklist. Presente em dois samples em DLRE, o cantor e compositor Milton Nascimento, o Bituca, destaca que “é uma alegria enorme saber que parte da minha obra está presente em duas faixas de um artista tão incrível, quanto o BK´. Acompanho e admiro o trabalho dele há um tempo, e me sinto honrado por estar, de alguma forma, junto nesse novo álbum”. Complementando toda a narrativa apresentada nas canções, o registro audiovisual de Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer chega como um chamado, convidando o público ao desapego. No fim do último ano, Abebe Bikila – nome inspirado no primeiro africano a conquistar uma medalha de ouro olímpica – desembarcou pela primeira vez na Etiópia, um dos poucos países africanos não colonizados, para a produção do curta. Idealizado pela AKQA Coala.Lab e produzido pela Anonymous Content, o filme constrói uma metáfora sobre o instinto de sobrevivência humano, remetendo à era das sociedades nômades na pré-História. Nessa metáfora, BK’ lidera um bando e protagoniza uma história que simboliza a necessidade de abandonar tudo o que impede nosso progresso, como antigas crenças, comodismo ou vínculos frágeis, por exemplo. Para que se alcance seus objetivos, o filme lembra a necessidade do desprendimento, da determinação e foco. Por meio de muito simbolismo, como o que é devorado pela hiena (um dos predadores mais ferozes da África e figura presente em Harar, cidade onde o filme foi produzido), DLRE: O Filme ressalta que tudo o que o atrasa deve ser deixado para trás – e já está disponível no canal de YouTube de BK’. “Diamantes, Lágrimas e Rostos para Esquecer não é apenas um título, é um lembrete de que acreditar no impossível é o que nos move. E estar na Etiópia foi também um marco pessoal e criativo, como voltar para casa de um jeito que nunca tinha imaginado. Esse projeto é sobre resistência, ancestralidade e a força que vem de quem somos”, finaliza o artista.
MARIANNA e NIZZ unem R&B e house no single “Queima-Roupa”
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MARIANNA e NIZZ, promessas do pop nacional, lançam Queima-Roupa, um R&B com influência do house. Mostrando a cumplicidade e química do casal de artistas, a parceria antecipa o novo EP da cantora. “Queima-Roupa faz parte de um trabalho que será lançado em março. Digamos que eu tenha amado produzir House e Garage”, se diverte MARIANNA, que no ano passado lançou singles como Por Uma Noite Só e Nada Vai Ser Como Antes com essa sonoridade. “Eu sou fã do NIZZ, não tem como. Ter esse feat para mim é uma realização profissional e pessoal enorme! Foi muito bom construir essa música com ele. Estou muito orgulhosa desse lançamento e de fato botando na rua uma música com um dos meus artistas favoritos”. No ano passado, o casal se apresentou na noite de estreia do projeto Música Boa Ao Vivo, em São Paulo, idealizado por NIZZ. Para ele, o sentimento da parceria foi recíproco. “Eu amo o trabalho da MARIANNA, desde a primeira vez que ouvi já entendi como ela é autêntica, e isso me chamou muita atenção. Tivemos o prazer de nos conhecer no show dela e ver ela ao vivo me deu mais a certeza de que queria gravar algo junto! Tentamos escrever várias músicas, mas nenhuma nos deu a sensação de realização como Queima-Roupa”. A faixa foi composta pelos artistas junto de Nara Barbezane, irmã de NIZZ e apresenta um pouco o modo como os dois se conheceram e se apaixonaram. “Escrever essa música com a Nara foi engraçado porque ela trouxe a perspectiva de uma pessoa que acompanhou todo o nosso encontro, mas de fora”, conta MARIANNA. Desde o EP de estreia Não Posso Te Esperar, lançado em setembro de 2022, MARIANNA se consolidou como um nome a se prestar atenção no cenário nacional, combinando pop, R&B e funk carioca com letras profundamente pessoais e uma produção visual sofisticada. Em 2024, ela passou a explorar novas sonoridades como house e jazz, além de ter lançado uma parceria com Sylvia Nazareth (Me Deixa Lembrar) e uma estreia nos palcos internacionais em uma noite dedicada a novos artistas no lendário The Dublin Castle, em Londres.
Sophia Chablau e Felipe Vaqueiro lançam single duplo; ouça!
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Após se conhecerem em 2023 na turnê que uniu as bandas Tangolo Mangos (BA) e Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo (SP), os compositores Felipe Vaqueiro e Sophia Chablau lançam um compacto de duas músicas inéditas lançado no país pelo selo RISCO e em Portugal pelo selo/coletivo Cuca Monga. A dupla conta com o baixista Marcelo Cabral e o baterista Biel Basile trazendo novas tonalidades para suas composições, explorando arranjos muito diferentes daqueles que os dois artistas trabalham com suas respectivas bandas. Gravado e co-produzido no Estúdio Canoa por Gui Jesus Toledo, é notável que os instrumentos que tomam força nas canções são teclados, órgãos e violões, mas sem abandonar a guitarra elétrica. Em OHAYO SARAVÁ (Felipe Vaqueiro) as referências sonoras se mesclam, assim como a letra da canção, que tem partes em diversas línguas e fala sobre a comunicação, cumprimentos e seu poder de encontro e desencontro, ao mesmo tempo que aborda poeticamente outras imagens unânimes entre todos: acordar, trabalhar, ver o sol, descansar e pensar sobre o fato de que estrelas se apagam (mesmo ainda tendo mais de mil horas até que isso aconteça). Neste fonograma, Felipe faz a voz principal e toca violão, enquanto Sophia faz os coros e toca sintetizador. “É curioso também porque eu estava animado com a ideia de mesclar inglês e português na época em que compus a música, justamente por ter ouvido Hello, de Sophia, antes de nos tornarmos amigos ou de sonharmos em lançar algo junto. Gravar uma versão dessa composição ao lado dela foi muito simbólico, quase profético”, comenta Vaqueiro. Em NOVA ERA (Sophia Chablau/João Barisbe), Sophia Chablau assume a voz principal e toca violão, enquanto Felipe Vaqueiro toca guitarra elétrica e faz coros. A composição tem um tom direto e frases fortes do diálogo entre duas pessoas, no qual só ouvimos uma, mas que parece responder a todo momento essa outra. Ao ser questionada sobre a composição, Sophia diz: “Quando eu fiz essa canção eu tava pensando muito sobre clichês que todo mundo já disse ou já ouviu do fim de um relacionamento, e em como, por mais que sejam clichês, continua sendo difícil rebatê-los. Escrevi essa música pra todo mundo que gostaria de sair desse ciclo e às vezes não sabe muito como.”. Apesar de inédito para os dois, que até então não tinham lançado nada enquanto artistas “solo”, o compacto não põe pausa e nem fim em seus projetos anteriores. Os dois enaltecem a nova parceria, que trará mais novidades em 2025.
Com produtor de Nx Zero, Expressão apresenta o single “Transcende”
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A banda Expressão lançou Transcende em todos os apps de música. O single dos ícones do reggae é composto por Rodrigo Castanho e Mastiga, o vocalista do grupo. Refletindo sobre um encontro de almas, um amor capaz de superar barreiras, fortalecido com o tempo, a faixa traduz um sentimento duradouro e ganha um clipe gravado ao vivo na Jai Club ao lado de Julies em um show especial para comemorar o lançamento de Uma Parada Diferente, EP do músico. O espetáculo acontece em São Paulo, em 21 de fevereiro. “A música além de falar de amor, coisa que gostamos muito, traz uma pegada do reggae do Expressão com o estilo peculiar do Rodrigo Castanho no pop nacional trazendo uma diversidade para a música bem interessante. Une com perfeição os elementos desses gêneros!”, destacou a banda. A fusão entre pop e reggae aparece como a principal característica da faixa. A banda aposta nessa mistura para trazer um som diversificado e reforçar sua identidade musical. Unidos a Castanho, a banda produziu um hit para os apaixonados com o estilo único do grupo. “Esse encontro de almas é de um amor que é forte e supera todas as adversidades. O som é perfeito para embalar essas grandes histórias de amor que se fortalecem, que são mágicas e eternas como um diamante.” Além do clipe, com direção de Mazza, da Área 51, alguns visualizers serão desenvolvidos como parte da estratégia de lançamento. O álbum novo chega com 12 faixas, ainda em 2025. Para Julies, a união dele com a Expressão é mais do que significativo. A noite promete ser cheia de amor, respeito e muitos hits antigos e novos. “Fazer isto com o Expressão, uma banda que eu ouvi na minha adolescência e continuo dando play neles é incrível. Posso contar com a amizade deles, fazer uma super festa e em um local que vai prevalecer a música, o respeito e o amor. Vai ser mágico! Estou ansioso demais”, revelou. Ouça Transcende, do Expressão
Tátio estreia disco solo Contrabandeado com participações de Zeca Baleiro e Juliana Linhares
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O que acontece na fusão da contradição? Qual o resultado do encontro entre o proibido e o desejado? Como expressar a dualidade das abstrações humanas? A ânsia pela liberdade sexual em meio a solidão nas metrópoles e o papel da utopia e da fé em contraponto ao desencanto da realidade moderna são algumas das questões que o cantor e compositor Tátio observou em viagens e transformou em seu primeiro álbum-solo, intitulado Contrabandeado. Com a participação de Zeca Baleiro e Juliana Linhares, e produção de Chico Neves, o disco já está disponível nas plataformas de streaming de áudio. Tátio é um artista mineiro que atua na música há mais de dez anos. Cantor do Carnaval de Belo Horizonte com o bloco Circuladô e com a Orquestra da Percussão Circular, ele foi o fundador da banda Caldêra e sua composição Longe de mim foi premiada, em 2020, com o primeiro lugar no Festival Nacional da Canção. Agora, a faixa integra seu novo álbum e se tornou um feat com Zeca Baleiro. Essa e outras letras foram construídas ao longo de três anos e meio, viajando de caminhão pelo Brasil e América Latina. “Muitas das canções foram feitas na estrada, com ideias erguidas nas vivências das andanças. A escolha do nome do álbum veio da vontade de expressar um contra fluxo de ideias que muitas vezes se esconde nos confrontos psicológicos e sociais que nos cerceiam”, explica o cantor. “O ‘contrabando’ está menos no sentido mercadológico e mais na transmissão de pensamentos e sensações que desejamos passar na poética e na musicalidade das canções”, complementa. Para além das composições, a sonoridade do disco, construída junto de Chico Neves, produtor conhecido por trabalhos com nomes como Los Hermanos, O Rappa e Os Paralamas do Sucesso, no Estúdio 304, traz um movimento antropofágico de unir arranjos de indie rock com uma “linguagem rítmica bem brasileira”. “Estamos fazendo uma experimentação estética, com canções muito brasileiras, mas com a utilização de sintetizadores e programações que dão essa cara mais ‘gringa’, mais associada ao indie rock”, descreve Tátio. “Contrabandeado é, com certeza, um dos melhores álbuns que já produzi e o Tátio é um artista nato, de uma voz potente, única, de fato. Foi lindo essa parceria ter acontecido e é um lindo disco, que todos merecem ouvir”, afirma Chico. Contrabandeado conta com nove músicas e começa com a canção Será que Eu Sou Louco, lançada como single em novembro de 2024. A letra, descrita pelo compositor como “um hino bissexual”, é também um registro utópico, onde todos têm acesso à terra e aos direitos fundamentais. Com uma sonoridade eletrônica, a faixa também reivindica uma reflexão irônica sobre as fronteiras entre o sonhar e a fantasia. Lançada em agosto do ano passado, Radar fala sobre a vivência em Belo Horizonte. Tátio faz uso de percussões programadas para criar um ritmo envolvente enquanto versa sobre vigilância e controle em uma cidade que tem olhos em todos os lugares, onde quase todos se conhecem. Longe de Mim, com Zeca Baleiro, vem na sequência. A música aborda o processo de desencanto com a pessoa amada e a vontade de se libertar de uma relação abusiva. Tátio e Zeca cantam sobre o desejo pelo fim e pelo distanciamento com uma abordagem melancólica, executada por um violão cadenciado e sintetizadores bem presentes no arranjo. Divulgada em setembro de 2024, Reza Milagreira, com participação de Juliana Linhares, foi escrita na divisa entre Paraguai e Bolívia. Tátio compôs sobre uma entidade que aparece no horizonte para anunciar o fim da tirania e da exploração sistêmica. “É como uma voz messiânica para anunciar o fim do terror naquela região”, segundo ele. Em seguida, Anhangabaú aborda de forma bem irônica e crítica a necessidade de estar sempre em evidência em um mundo teleguiado, de relações cada vez mais voláteis. Numa reflexão sobre a mercadorização do indivíduo na corrida pelo sucesso, a canção é construída em cima de linhas de flautas e sintetizadores. A atmosfera mística segue na faixa Seres Distantes, inspirada na relação do cantor com o esoterismo e com os estudos mediúnicos. “Fala sobre o lugar do invisível e espiritual, mas também sobre o medo de amar, se entregar, de reconhecer que o amor também está no ato de compartilhar as falhas”, afirma. Como Um Jogador é uma composição política sobre o poder de superação das adversidades da vida através da “ginga de um jogador”, reforçando a capacidade de se reinventar em ambientes hostis, preservando a utopia de um mundo justo, sem desigualdades. Sonho Antigo, a oitava canção, é autobiográfica. Tátio escreveu quando trabalhava como garçom em Belo Horizonte e sonhava trabalhar exclusivamente na sua própria música pelas estradas do país. A nona e última faixa leva o mesmo nome do disco e traz uma síntese estética do trabalho. Contrabandeado foi lançada em dezembro. A letra aborda a história de um jovem que, ao lado de seu melhor amigo, parte em busca de oportunidades, mas acaba confrontando a realidade brutal da marginalização e da exploração. Em um desabafo emocionante, a música é apresentada como uma carta do protagonista para sua mãe, expondo a solidão, o desespero e as memórias de um laço fraterno interrompido pela violência. “Contrabandeado é um disco irreverente, que prega uma revolução comportamental e questiona as relações líquidas na metrópole. O contrabandear, no sentido poético, é a reivindicação do risco, de entregar algo que não está tão disponível nas prateleiras da grande indústria. Na contra corrente, o disco é um experimento ousado, mas que não abandona a veia sensível e popular da canção”, conclui Tátio.