Entrevista | Richie Faulkner (Judas Priest) – “Todos do Europe pareciam mulheres lindas”

Prestes a subir ao palco do Monsters of Rock neste sábado (19), no Allianz Parque, em São Paulo, o guitarrista Richie Faulkner conversou com o Blog n’ Roll sobre a expectativa de mais uma turnê do Judas Priest no Brasil, país que, segundo ele, sempre rende boas histórias e memórias inesquecíveis.  “O público brasileiro é apaixonado por música e heavy metal, e adora se divertir. Sempre sabemos que vamos ter uma plateia incrível”, comentou. Além de relembrar passagens marcantes pelo país, como shows ao lado de Kiss e Ozzy Osbourne, Faulkner adiantou o que os fãs podem esperar do show no festival. Segundo ele, a banda vai equilibrar as faixas do novo álbum Invincible Shield com clássicos e músicas mais profundas da carreira. “Tentamos cobrir tudo e, com sorte, deixar todo mundo feliz”, disse. A tour pelo Brasil teve início na última quarta-feira (16), em Brasília. Além do Monsters of Rock, a banda também fará um side show em São Paulo, no domingo (20), no Vibra. Ainda há ingressos para os dois shows na capital paulista. Confira a entrevista completa abaixo. O Judas Priest já veio ao Brasil várias vezes. O que você mais gosta no público brasileiro? O público brasileiro é louco, eles são apaixonados por música e heavy metal, e adoram se divertir, e nós adoramos isso quando viemos ao Brasil. Conhecemos as pessoas, a comida, o país. E quando tocamos no Brasil, seja no Rio, em São Paulo, em Belo Horizonte, em Brasília, onde quer que seja, sabemos que vamos ter uma plateia incrível. Estamos tão animados quanto vocês para esses shows.  Você tem boas lembranças do Judas Priest no Brasil?  Tenho milhões! Me lembro, acho que foi em 2014 ou 2015, viemos e tocamos duas noites, uma com o Kiss e outra com o Ozzy. E todas as noites havia uma festa no hotel, e era simplesmente fantástico rever alguns amigos, fazer novos amigos. Mas são sempre ótimas lembranças. Sempre que viemos ao Brasil há algo novo para ver ou fazer. É emocionante porque sempre criamos novas memórias.  O que você pode nos contar sobre o show no Monsters of Rock? Vocês vão priorizar o álbum mais recente da banda, Invincible Shield, ou vão se concentrar mais nos clássicos do Judas Priest?  Nós faremos as duas coisas, na verdade. Obviamente, é a turnê do Invincible Shield, então estamos apresentando algumas músicas do álbum. Mas sabemos que temos muitos fãs que estão na ativa há muito tempo com o Priest. Então, tentamos fazer um pouco de tudo, um pouco de coisas novas, um pouco de coisas antigas, um pouco de clássicos, um pouco de raridades. Tentamos cobrir tudo e, com sorte, deixar todo mundo feliz.  Quais são os planos para o resto do ano? Há algum álbum novo sendo preparado ou o foco será em turnê?  Nenhum álbum este ano, embora saiba que se lançássemos outro disco, seria o número 20 da banda. É um bom número. Entende o que quero dizer? 20 álbuns parece uma coisa boa, mas não este ano. Este ano estamos nos concentrando em turnê. Depois da América do Sul, voltamos para a Europa no verão para a turnê Shield of Pain, que é tanto o Invincible Shield quanto a celebração do Painkiller, que completa 35 anos em 2025. Depois, talvez mais algumas turnês. Mas talvez em um futuro próximo, façamos outro álbum.  Você se juntou ao Judas Priest no lugar de K.K. Doning. Imagino que tenha sido uma grande responsabilidade na época. Você conversa com ele? Vocês são amigos? Foi uma grande responsabilidade e ainda é. Acho que ainda é uma responsabilidade tocar as músicas dele e as minhas para representar o Priest da melhor maneira possível. Ainda acho que é uma responsabilidade por causa do legado que os caras, incluindo o Ken, deixaram. Então, é preciso honrar essa responsabilidade.Daqui para frente também.  Conversamos de vez em quando. A última vez que o vi foi há pouco tempo, no Rock & Roll Hall of Fame, em Los Angeles. E nos demos muito bem. Foi ótimo conhecê-lo. De vez em quando, conversamos por e-mail. E está tudo bem.  Eu e o Ken não temos problemas, na verdade. Sabemos que houve alguns problemas entre o Ken e a banda. Mas isso não é meu… Isso foi antes de eu chegar. Espero que possamos vê-lo no futuro.  Richie, você gostaria de jogar um joguinho rápido sobre as bandas de Monsters of Rock?  Claro! Eu digo os nomes do lineup e você os define em uma palavra.  Scorpions – Lendário Opeth – Eu ainda não vi o Opeth, mas estou ansioso para ver. A palavra seria animado. Animado para ver o Opeth. Europe – Quando era jovem, ouvi The Final Countdown no single de disquinho. Achava que elas eram lindas. Quer dizer, eles meio que pareciam mulheres na época. John Norum parecia uma mulher bonita, Joey Tempest também. Todos eles parecem mulheres lindas. Ficava um pouco confuso quando era jovem, mas estava focado na The Final Countdown. Quer dizer, The Final Countdown é enorme. Existe uma música de rock maior do que essa? Então resumiria o Europe como enorme.  Stratovarius – Ainda não vi o Stratovarius, mas a música é fantástica. Tocar guitarra nessa banda é coisa de outro mundo. Fenomenal cai bem para eles. Queensrÿche – Eles são bons amigos. Fizemos uma turnê com eles por algumas regiões do mundo em 2022. Amigos é uma boa palavra. Você gostaria de nos contar alguma história que tem com uma dessas bandas?  Tem algumas que não posso te contar. Se eu te contasse, teria que te matar. (risos) Quais são os três álbuns que mais te influenciaram na carreira? Essa é uma ótima pergunta. Diria que Iron Maiden – Somewhere in Time ou Live After Death pode ser um deles. O Live After Death foi meio que um cruzamento de músicas diferentes de álbuns diferentes, obviamente. Mas Somewhere in Time foi o primeiro álbum que comprei do Maiden. Então, diria Somewhere in Time, do Iron Maiden,