The Lemonheads libera single duplo Deep End / Sad Cinderella; ouça!

The Lemonheads está de volta com seu primeiro álbum inédito em quase duas décadas. Previsto para o outono no hemisfério norte, Love Chant marca um retorno ao pop quase perfeito que consagrou a banda, trazendo luz e sombra em igual medida. Antecipando o novo trabalho, o grupo lançou o single duplo Deep End / Sad Cinderella, acompanhado de um videoclipe produzido pela Surreal Hotel Arts. A faixa também ganhará uma edição limitada em vinil 12”, com apenas 500 cópias, disponível a partir de 13 de junho. Deep End é um turbilhão de riffs, com solos incendiários de J Mascis (Dinosaur Jr), em uma peça de punk pop atemporal que parece feita sob medida para pedir um cigarro emprestado. Coescrita com o parceiro australiano Tom Morgan (Smudge) e com participação de Juliana Hatfield, a música antecipa a volta dos Lemonheads à Austrália, com shows marcados ainda este mês. >> CONFIRA ENTREVISTA COM EVAN DANDO “Estou empolgado demais para voltar à Austrália, justo no momento do lançamento de músicas novas que venho preparando, incluindo um single escrito com o talentoso Tom Morgan. A Austrália sempre foi uma grande fonte de inspiração pra mim, e poder lançar novas faixas enquanto encerramos a celebração dos 30 anos de It’s a Shame About Ray e Come On Feel The Lemonheads parece um sonho. Encerrar esse ciclo em um lugar que considero como uma segunda casa é como ser abençoado para iniciar um novo momento”, comenta Evan Dando em comunicado enviado à imprensa. No lado B do single, uma releitura comovente de Sad Cinderella, do saudoso Townes Van Zandt, evoca a atmosfera dos duetos de Gram Parsons e Emmylou Harris. Com ecos de Harvest, de Neil Young, e do lirismo de George Jones, a faixa é um dueto frágil e dolorido entre Evan e a cantora Erin Rae — um tributo aos românticos incuráveis. Deep End e Sad Cinderella apresentam duas faces dos Lemonheads renascidos — um retorno maduro e comovente de uma banda lendária que ficou tempo demais longe dos holofotes.
Atração do Popload Festival, Laufey anuncia álbum com o single Tough Luck

Laufey, um dos fenômenos da música contemporânea, anunciou o aguardado álbum A Matter of Time com o intenso single Tough Luck. A artista, que será uma das principais atrações do Popload Festival em São Paulo neste mês, lançará o disco em 22 de agosto. “Cada novo álbum é como um caderno em branco para eu escrever novas histórias”, conta ela. “Tough Luck é uma música intensa sobre um amor que deu errado. Quis mostrar um lado mais raivoso — um lado que esse relacionamento infeliz despertou em mim”. Esse lado pessoal sempre foi um marco de Laufey. Ela fez de Everything I Know About Love (2022) um diário sobre o amadurecimento e o começo da vida adulta. Já no premiado Bewitched (2023), mergulhou profundamente nos amores da juventude. Agora, em A Matter of Time, ela cristaliza ainda mais sua sonoridade única com jazz, tons orquestrais e influência da bossa nova, com espaço para ousar e fugir de regras ou padrões rígidos. “Estou sempre pensando em música clássica e jazz, como preservá-los e prestar homenagem. Mas para este álbum, eu quis apenas deixar meu coração guiar”, diz Laufey. Para isso, ela trabalhou com dois co-produtores: Spencer Stewart, parceiro dos dois primeiros discos, e com o novo colaborador Aaron Dessner (conhecido por seu trabalho com Taylor Swift e The National). Essa liberdade sonora deu espaço para Laufey revelar novos lados de si, explorando temas mais densos. “As pessoas esperam uma fachada bonita, roupas delicadas, histórias fantasiosas e músicas românticas”, diz ela. “Desta vez, quis ver como poderia trazer à tona os lados mais falhos de mim mesma e encará-los de frente.” Incluindo a já lançada Silver Lining, A Matter of Time mostra Laufey em sua fase mais ousada — e também mais divertida — ao retratar amores reais em suas várias formas, e o que significa ser reduzida à sua versão mais vulnerável e ansiosa diante dele.
Entrevista | Tom Speight – “É um álbum pessoal que carrega muita emoção”

O cantor e compositor britânico Tom Speight inicia nesta quinta-feira (15) uma mini tour pelo Brasil. A primeira apresentação será no Blue Note São Paulo, a partir das 22h30. Na bagagem ele traz singles do álbum Perfect Strangers, que será lançado em 26 de setembro. Ainda há ingressos disponíveis para o show. Na sexta-feira (16), Tom Speight se apresenta no Hard Rock Café Curitiba, enquanto no sábado (17) o show será no Blue Note Rio de Janeiro. Em cada apresentação, Tom Speight levará ao palco a delicadeza de seu folk-pop acústico, conhecido por suas melodias cativantes e letras emocionantes. Ao seu lado, estará a renomada vocalista Lydia Clowes, que já trabalhou com artistas como U2, Fred Again e Amber Run, enriquecendo ainda mais a experiência musical com harmonias envolventes e interpretações memoráveis. Tom Speight conversou com o Blog n’ Roll sobre os shows no Brasil, identificação com o público brasileiro, além do álbum novo. Confira a íntegra abaixo. O que mais te empolga nesse reencontro com o público brasileiro? O Brasil é um lugar incrível para se apresentar. A energia é incomparável, e estou ansioso para me reconectar com os fãs daqui mais uma vez. O álbum Perfect Strangers é o foco da turnê. Como você descreveria esse trabalho em comparação com os seus lançamentos anteriores? Perfect Strangers provavelmente é o mais próximo de Collide no sentido acústico e nas vibrações cruas e honestas. É um álbum pessoal que carrega muita emoção. A faixa-título é um dueto com Lydia Clowes, que também estará na turnê. Como surgiu essa parceria e o que ela trouxe de novo para a sua música? Lydia e eu cantamos juntos há mais de dez anos, e ela é como uma irmã de canto para mim. A voz dela traz uma profundidade única à música, e cantar com ela é algo que acontece de forma muito natural. Quais músicas do novo álbum você está mais ansioso para tocar ao vivo nessa turnê pela América do Sul? Estou especialmente empolgado para tocar Perfect Strangers e Higher ao vivo pela primeira vez. Tem algo de muito especial em apresentar músicas novas — sempre parece fresco e empolgante. Seus shows no Blue Note (São Paulo e Rio de Janeiro) terão uma atmosfera mais intimista. Quais mudanças você costuma fazer quando o ambiente é mais acústico e próximo do público? Tudo gira em torno da conexão. Em um ambiente intimista, consigo me conectar melhor com o público, e realmente foco na emoção pura da apresentação. Suas letras costumam abordar emoções profundas e conexões humanas. Como foi o processo de composição de Perfect Strangers nesse sentido? O fio condutor do álbum é a conexão humana — seja em um término ou em uma história de amor, trata-se dessa ligação emocional com outra pessoa. É um álbum muito pessoal para mim. Você costuma lançar EPs e álbuns com bastante frequência. De onde vem essa consistência criativa? Existe alguma rotina ou hábito que te ajuda a manter a inspiração? Eu simplesmente amo compor. É tão simples quanto isso. Quanto mais eu escrevo, mais me inspiro — e isso vira um ciclo criativo. Para quem vai te ver ao vivo pela primeira vez no Brasil, o que você gostaria que levassem dessa experiência? Quero que sintam essa conexão. É isso que eu mais valorizo — criar um espaço onde todos possamos compartilhar juntos a música e a energia. Quais três álbuns mais influenciaram sua carreira? E por quê? (What’s the Story) Morning Glory?, do Oasis, teve uma enorme influência. Abbey Road, dos Beatles, pela sua atemporalidade. E O, do Damien Rice, pela emoção crua e composição das músicas.