Érika Martins e Penélope celebram 25 anos com apresentações em unidades do Sesc

Após o elogiado show no Palco Sunset na última edição do Rock in Rio, Érika Martins comemora os 25 anos do lançamento de Mi Casa, Su Casa – álbum de estreia da banda Penélope – com uma série de shows por unidades do Sesc no interior e capital paulista. As apresentações acontecem no dia 11 de julho (sexta-feira) no Sesc Birigui, e no dia 12 (sábado) no Sesc Catanduva, como parte da programação do festival de rock Catandupedras. Já no dia 18 de julho (sexta-feira) o Sesc Pinheiros, em São Paulo, recebe um show especial com as participações especiais de Otto, Erika Nande e Vanessa, da banda Ludov. Com uma sonoridade marcante, letras que abordam o universo feminino e muita atitude, a banda – ícone do pop rock dos anos 2000 – revisita o repertório do disco de estreia, lançado em 1999, com faixas como “Holiday” e “Namorinho de Portão”, além de outras composições que marcaram sua trajetória. Com performances contagiantes, esse reencontro com o público é um convite para cantar junto e promete mexer com a memória afetiva dos fãs, além de conquistar novas gerações. * Serviço Érika Martins e Penélope celebram 25 anos Sesc Birigui Data: 11 de julho (sexta-feira) Horário: 20h Local: Área de Convivência do Sesc Birgui Ingressos: Grátis Mais informações * Sesc Catanduva Data: 12 de julho (sábado) Horário: 20h30 Local: Sesc Catanduva Ingressos: a partir de R$18,00 (disponível para compra online a partir de 24/06 às 17h) Mais informações * Sesc Pinheiros Data: 18 de julho (sexta-feira) Horário: 21h Local: Teatro Paulo Autran Ingressos: a partir de R$18,00 (disponível para compra online a partir de 08/07 às 17h) Mais informações

Entrevista | Eu Galhardo – “A ideia era colocar essas composições para fora”

Rafael Galhardo, o Eu Galhardo, estreia em carreira solo com o álbum Eu. O trabalho marca um ponto de virada na trajetória do cantor, músico e produtor, que já colaborou com nomes como Elza Soares, Cidade Negra e Ponto de Equilíbrio. O disco reúne composições acumuladas ao longo dos anos e mergulha em temas como identidade, propósito e sensibilidade artística, em um processo de autoconhecimento. Com uma sonoridade que mescla rock pop, reggae e nova MPB, Eu Galhardo apresenta 11 faixas autorais, que nasceram no violão e ganharam arranjos em estúdio com a colaboração de músicos convidados. O repertório passeia por reflexões existenciais, afetos, espiritualidade e críticas. Ao longo do álbum, o artista convida o ouvinte a percorrer o mesmo caminho que trilhou para chegar até o produto final. Em entrevista ao Blog n’ Roll, Rafael Galhardo falou sobre o processo de criação do álbum, o desejo de promover conexões por meio da música e sua visão crítica sobre o cenário atual dos shows ao vivo. Por que agora foi o momento certo para lançar seu primeiro álbum solo? Estou no universo da música há muitos anos, já tive banda e trabalhei com produção. Compus essas músicas ao longo da minha vida e, com a pandemia, pensei: “cara, vou gravar minhas músicas, vou fazer um disco.” Talvez um pouco antes disso. A ideia era colocar essas composições para fora, tornar público algo que sempre foi muito íntimo. Tanto que o seu álbum se chama “Eu”, né? O que esse título representa para você? Exatamente! As músicas são sobre mim, são leituras de como vejo a vida, de como sinto as relações entre as pessoas e tudo o que nos cerca. É a maneira como enxergo o amor, como percebo o outro na minha vida, tudo a partir da minha perspectiva. São músicas que venho compondo há muitos anos. Algumas têm mais de 20 anos. Eu as tocava em casa, no violão e tudo mais. Como foi revisitar composições antigas e transformá-las em um álbum com cara de presente? Na verdade, elas existiam apenas em voz e violão. Então, a construção do álbum começou com a gravação dessas versões simples, como elas sempre foram. A partir disso, comecei a adicionar elementos: uma guitarra aqui, chamei um amigo para gravar a bateria, na verdade, dois amigos participaram, aí vieram os beats… Mas toda a estrutura se manteve exatamente como há 20 anos, do jeito que foram criadas. A estrutura, a métrica, a maneira como elas acontecem. Todas as músicas seguiram esse mesmo caminho. Tem alguma delas que você considera especial? Que tenha um carinho maior ou considere mais íntima e reveladora? Eu considero a última faixa do disco uma música mais introspectiva, que fala de um momento difícil, de solidão, de reflexão. É a faixa que mais retrata isso, é um pouco mais densa, talvez. Cada música tem uma história especial pra mim. Eram composições que sempre ficaram ali, só pra mim, nesse universo “eu”, e acabaram virando o foco, o tema deste álbum, que é o primeiro.Quero fazer mais, quero criar outras coisas. Gostei da ideia. E você tem uma longa trajetória como produtor. Depois desse projeto tão pessoal, pensa em continuar solo ou quer voltar a produzir para outros artistas? Trabalho com várias vertentes da música. Também sou engenheiro de áudio, mixo alguns artistas ao vivo e toco com outros. Então, a música acaba estando presente em vários setores da minha vida. A ideia é conciliar, fazer o que tiver vontade naquele momento. Agora, estou curtindo a ideia de tocar essas músicas, tentar fazer alguns shows, criar novas canções. Esse momento está sendo super especial, e novas músicas também estão surgindo. Então, nesse instante, estou priorizando essas composições em especial. O disco mistura pop, rock, reggae e MPB. Foi uma escolha consciente ou natural? Eu acho que essas influências que você mencionou estão todas presentes. Tem até um xote no meio de um reggae. Elas surgiram de forma espontânea, são coisas que vão te atravessando, que conquistam um lugar no seu imaginário. As músicas acabaram nascendo assim. Não existiu uma busca por seguir uma tendência. Foi do jeito que elas foram surgindo, como eu imaginava que cada uma deveria soar. O balanço de cada faixa teve muito dessas influências, mas tudo aconteceu de forma natural. Não teve essa coisa de: “vou fazer um reggae”, “vou fazer isso ou aquilo”. Falando em influências, você trabalhou com artistas grandes. Mas você, Rafael como artista: que artistas e músicas te influenciaram na sua carreira? Muita coisa. Tenho um fascínio por aquele som do início dos anos 1980. Quando penso em bandas brasileiras, lembro de Paralamas do Sucesso, do Lulu Santos daquela fase inicial… Beatles, que é um clássico para todo mundo. Novos Baianos também é algo que me chama muita atenção, me intriga bastante pela diversidade que acontece ali. Sempre ouvi de tudo. Nunca fui de me prender a um estilo só. Ouvir as músicas, entender… claro, tem coisas que você gosta mais, outras menos, mas nunca me impede de escutar algo por ser diferente. Então, tem muita coisa que me atravessou nesse meio do caminho também. Teve algum artista que você admirava muito e já conseguiu trabalhar com ele? A Blitz foi uma artista bacana com quem tive a oportunidade de fazer a mixagem de um show. Eu era guri e via a Blitz rolando, então trabalhar com eles foi incrível. Depois de um tempo, comecei a entender o artista de uma outra forma. Isso é até uma discussão que precisa existir hoje: sobre a vida do artista e tudo mais. Quando a gente é mais novo, acha que é uma vida como qualquer outra, e, com o tempo, essa visão foi mudando pra mim. Aquela vontade de “ser aquilo ali” já não é mais tão presente. É porque é uma imagem irreal, que hoje acaba sendo reforçada por essa cultura dos influencers, como se vendessem uma vida perfeita. Tem umas frases do Pedro Cardoso que falam muito bem disso. No