Sworn Enemy anuncia seu primeiro show no Brasil

Veterana do hardcore nova-iorquino, a banda Sworn Enemy desembarca pela primeira vez no Brasil em outubro para um show único em São Paulo. A apresentação será no dia 19, um domingo, na tradicional casa Burning House, no bairro da Água Branca. Os ingressos já estão à venda pelo site Fastix, com valores promocionais a partir de R$ 120. Na ativa desde 1997, o Sworn Enemy mistura a brutalidade do hardcore com riffs cortantes que flertam com o thrash metal e o crossover. A formação atual conta com Sal Lococo (vocal e único membro original), Jeff Cummings (guitarra), Matt Garzilli (guitarra), Mike Pucciarelli (baixo) e Jackson (bateria). Reconhecidos pelas performances explosivas, a banda alcançou projeção mundial com o disco As Real As It Gets (2003), que os levou a dividir turnês com nomes como Anthrax, Sepultura e Biohazard. O disco mais recente, Gamechanger (2019), marcou uma fase de renovação criativa. Produzido por Robb Flynn (Machine Head), o álbum foi comparado ao clássico Urban Discipline, do Biohazard, em resenha da Metal Insider. Com groove pesado e breakdowns certeiros, o trabalho reafirma a essência crua e combativa da banda. A produção do show é da New Direction Productions, que encerra o mês de julho com seu sexto e último anúncio de turnê internacional. O evento ainda contará com bandas nacionais de abertura, que serão divulgadas em breve. SERVIÇOSworn Enemy (Nova Iorque – EUA) em São Paulo Data: 19 de outubro de 2025 (domingo)Horário: a partir das 16hLocal: Burning House (Avenida Santa Marina, 247 – Água Branca – São Paulo/SP)Venda online: fastix.com.br/events/sworn-enemy-eua-em-sao-paulo Ingressos em Lote Promocional:R$ 120,00 (Meia Entrada / Solidária)R$ 240,00 (Inteira)

Billy Idol deve anunciar turnê pela América do Sul com datas no Brasil

O ícone do punk e do rock oitentista, Billy Idol, deve retornar ao Brasil em novembro deste ano como parte de uma nova turnê pela América do Sul. O anúncio oficial está previsto para o dia 5 de agosto, mas fontes ligadas à produção local já apontam shows confirmados em território brasileiro, além de datas na Argentina, Chile, Colômbia e Peru. Caso a confirmação se concretize, essa será a segunda visita do cantor ao país em menos de três anos. Em 2022, Billy Idol se apresentou no Rock in Rio, com um show elogiado por sua energia e hits nostálgicos. Ele também passou por São Paulo, em um sideshow que antecedeu o festival. A nova turnê faz parte da sequência de shows comemorativos que Billy tem feito desde o retorno definitivo aos palcos na última década. O repertório deve incluir clássicos como Rebel Yell, White Wedding, Dancing with Myself e Eyes Without a Face, além de faixas de seus projetos mais recentes. Com mais de quatro décadas de carreira, Billy Idol se consagrou como uma das vozes mais marcantes do rock mundial. Surgiu na cena punk britânica com o Generation X antes de embarcar em carreira solo nos anos 80, onde conquistou o sucesso global com sua mistura de atitude rebelde, visual icônico e uma sequência de hits que o tornaram um símbolo daquela geração. Joan Jett Joan Jett pode ser a grande surpresa na turnê sul-americana de Billy Idol. A roqueira está em negociações para ser a atração de abertura dos shows no Brasil e em outros países da região. Caso o acordo não se concretize, a equipe da cantora já estuda um retorno solo ao país em 2026, com um show próprio celebrando seus maiores sucessos. Ícone absoluto do rock desde os anos 70, Joan Jett ficou conhecida como fundadora da banda The Runaways e, depois, à frente do Joan Jett & The Blackhearts, emplacou hits como I Love Rock ‘n Roll, Bad Reputation e Crimson and Clover. Com atitude punk, voz marcante e presença de palco lendária, ela se mantém como um dos nomes mais influentes da história do gênero.

Entrevista | Late Night Drive Home – “É uma carta de amor à internet”

Com uma sonoridade que flerta com o indie rock, o garage e até o lo-fi de quarto, o Late Night Drive Home vem chamando atenção com letras que refletem as contradições de uma geração moldada pela internet. Formada em El Paso, no Texas, a banda ganhou destaque após o sucesso de Stress Relief em 2021 e agora estreia com o primeiro álbum completo da carreira, As I Watch My Life Online, um trabalho conceitual e maduro que mira diretamente na vida digital. O disco nasceu da vontade de aprofundar o discurso artístico em um mundo que prioriza os singles e os vídeos virais. Com produção iniciada há mais de dois anos, As I Watch My Life Online é uma espécie de “carta de amor crítica” à internet, nas palavras do grupo. As faixas exploram a presença digital, a busca por conexão real e a constante fusão entre o mundo online e a experiência física. Destaque do álbum, a faixa day 2 fala sobre a tentativa de desconectar dos celulares e recuperar um senso de humanidade — um tema que a banda conhece de perto, já que boa parte das conexões e amizades mais profundas dos integrantes surgiu justamente no ambiente virtual. Essa dualidade permeia todo o disco, que equilibra produção analógica e digital como um reflexo sonoro da vida contemporânea. Nesta entrevista ao Blog n’ Roll, Andre Portillo (vocalista e guitarrista), Freddy Baca (baixista) e Brian Dolan (baterista) falaram sobre o conceito do novo álbum, o impacto das redes sociais, as influências que moldaram sua trajetória, entre outros assuntos. Confira a íntegra abaixo. * As I Watch My Life Online é o primeiro álbum de vocês. Como foi o processo de criar um disco de estreia em um mundo onde quase tudo acontece pela internet e as bandas preferem focar em singles ao invés de álbum cheio? Andre – Bem, pensamos muito durante o processo de produção deste álbum. Ele está em produção há uns dois anos, acho que três. E foi bem fácil chegar à conclusão de que queríamos lançar um álbum. E com base em tudo o que estávamos vivenciando na época, tudo online e a presença da nossa banda online, achamos que era um conceito muito legal e seguimos em frente. O disco é descrito como uma coletânea de “perspectivas meta sobre a vida online”. Como vocês definiriam a mensagem central do álbum? Andre – Acho que a mensagem central do álbum é como uma crítica sobre como as pessoas interagem online e como é crescer na internet. Sim, gosto de interpretar como uma carta de amor à internet. A faixa day 2 fala sobre se desconectar dos celulares para viver uma conexão real. Essa experiência já aconteceu com vocês? De onde veio a inspiração para essa música em específico?  Andre – Sim. Acho que todos nós já passamos por isso de alguma forma. Quer dizer, é principalmente uma música sobre se conectar com pessoas online e experimentar um senso de comunidade e uma sensação de recuperar as pessoas online te ajudando a recuperar aquela autoimagem de si mesmo. Mas sim, nós já passamos por isso também. Fizemos muitos amigos online nessa época, e até mesmo muitos bons amigos online também, o que é bem interessante porque você pode simplesmente pular a parte em que se conhece pessoalmente e se conectar com alguém instantaneamente. Desde o primeiro EP até agora, com turnês importantes e contrato com a Epitaph, como vocês enxergam a evolução do Late Night Drive Home?  Andre – O que você acha, Brian? Brian – Não sei. Começou como um som meio lo-fi de quarto e, com o tempo, acho, especialmente neste álbum, nós realmente mostramos o quão longe chegamos como músicos. Definitivamente, passamos por muitas fases em nosso som. E ficou no rock alternativo e indie. Mas sinto que naquela época tínhamos muito mais sintetizadores e elementos eletrônicos, mas meio que nos afastamos disso à medida que fomos apresentados aos estúdios e técnicas de gravação mais profissionais e coisas do tipo. E tínhamos um som mais de garage rock. Então, à medida que exploramos mais nossa música, aprendemos que é legal combinar os dois e ter sons profissionais de estúdio com sons analógicos que são meio estranhos e cheios de bugs e coisas assim. E mudar nosso som e meio que mesclar esses dois sons. Acho isso legal porque é uma espécie de testemunho da mensagem do álbum, que é como a vida real e a internet se fundindo e se tornando quase uma coisa só, indistinguíveis uma da outra. Realmente antecipo que nosso som mudará o tempo todo, a cada momento. É só uma questão de capturar aquele momento sonoramente e compartilhar com o mundo o que estávamos pensando naquele momento específico. O sucesso de Stress Relief em 2021 trouxe bastante atenção para o Late Night Drive Home. Como lidaram com a pressão e as expectativas depois desse hit?  Andre – Especialmente da nossa parte, fomos quase colocados sob essa luz, por todas as pessoas que ouvem nossa música. E é como se houvesse uma pequena pressão quando você está sob essa luz, um pouco de incerteza sobre o que as pessoas pensariam da sua jornada como músico. Porque, como dissemos antes, nossos sons estão sempre evoluindo. E até mesmo a maneira como tocamos no palco, sinto que evolui a cada turnê. Foi meio difícil imaginar as expectativas dos ouvintes e dos nossos fãs. Mas acho que, com isso, aprendemos a aceitar o fato de que somos músicos em constante evolução. E se as pessoas gostam da nossa música, elas sempre vão gostar, não importa como as toquemos. A turnê do novo álbum vai passar por 22 cidades e termina em El Paso, cidade natal o Late Night Drive Home. Tem planos de trazer essa turnê para o Brasil?  Brian – Ah, para o Brasil? Ah, espero que sim. No momento, não tenho ideia, mas sei que já tocamos no assunto de talvez fazer uma turnê por diferentes partes do mundo também.