Entrevista | Stars Go Dim – “Se consigo ser honesto nas canções, outras pessoas podem se identificar”

O projeto musical Stars Go Dim, liderado pelo cantor e compositor Chris Cleveland, acaba de lançar Roses, descrito pelo próprio artista como seu trabalho mais pessoal até agora. Com influências de soul e R&B dos anos 1970, o álbum busca transmitir esperança e beleza nas pequenas coisas do cotidiano, trazendo canções que equilibram emoção, espiritualidade e pop contemporâneo. Em entrevista ao Blog n’ Roll, Cleveland falou sobre o processo criativo, suas colaborações com grandes nomes da música e a possibilidade de visitar o Brasil em breve. Seu novo álbum, Roses, foi descrito como o mais pessoal da sua carreira. O que o torna diferente dos anteriores? A principal razão é que produzi o álbum inteiro sozinho. Sempre escrevi ou co-escrevi minhas músicas com outras pessoas, mas, desta vez, assumi o projeto de forma completa, da criação à produção. Claro, colaborei com amigos, músicos e compositores, mas toda a essência veio de mim. Isso tornou o resultado mais autêntico e verdadeiro ao que sou, tanto como pessoa quanto como artista. Sinto que é a música mais genuína que já fiz em 30 anos de carreira. Você disse que Roses representam o sagrado em lugares inesperados. Como essa metáfora se conecta à sua vida pessoal e espiritualidade? Acredito que Deus se manifesta em momentos pequenos e cotidianos. Muitas vezes, as pessoas imaginam a fé como algo distante, ligado apenas a grandes acontecimentos. Para mim, as experiências mais marcantes foram simples: conversas com minha esposa, brincar com meus filhos, momentos comuns do dia a dia. Ao compor, perguntei a outras pessoas como elas percebiam essa presença, e as respostas foram semelhantes: é nos detalhes, nas situações corriqueiras, que podemos enxergar fragmentos do divino. Esse conceito inspirou várias canções do disco. O álbum traz fortes influências do soul e do R&B dos anos 1970. Como foi incorporar essa sonoridade vintage ao pop contemporâneo do Stars Go Dim? Foi extremamente divertido. Sempre gostei de pop e soul, além de ser pianista, e buscava, acima de tudo, uma sensação. Quando chegamos a esse clima mais funky e soulful, percebi que a música transmitia alegria e leveza. Pensei: “Se isso me faz feliz, talvez também desperte o mesmo sentimento em outras pessoas”. Você já colaborou com grandes nomes como Elton John, Justin Bieber e John Mayer. O que aprendeu nessas experiências que ainda carrega consigo? Esses artistas, e tantos outros com quem já toquei, sempre se apresentaram da forma mais autêntica possível. Elton, Justin, John… cada um deles soube se reinventar sem perder a essência. Acho que a grande lição é não ter medo de seguir o coração e a intuição ao fazer música. Em Roses, procurei exatamente isso. Seu single You Are Loved foi um marco e até tocou nas rádios dos Estados Unidos. Como você enxerga esse período hoje? Com muito carinho. Essa música me conectou a inúmeras pessoas. Apesar da simplicidade da mensagem, ela toca em algo essencial: todos queremos ser vistos, valorizados e amados. Dez anos depois do lançamento, continuo gostando de tocá-la e de compartilhar esse sentimento com o público. A espiritualidade aparece de forma sutil, mas constante nas suas composições. Isso é intencional ou algo natural no processo criativo? Um pouco dos dois. Escrevo para mim e também para outros artistas, de estilos variados, já fiz country, dance music, músicas para igreja. Em qualquer gênero, tento ser autêntico. Vivo uma jornada de fé, mas também escrevo sobre amor, família e vida. Se consigo ser honesto nas canções, outras pessoas podem se identificar e pensar: “eu também sinto isso”. Roses transmite mensagens de esperança e beleza na vida cotidiana. Como você gostaria que o público se sentisse ao ouvir o álbum? Nossa intenção foi clara: que cada música provoque uma emoção imediata, seja vontade de dançar ou de refletir. Se o ouvinte dedicar 36 minutos para escutar o disco de ponta a ponta, espero que termine a experiência se sentindo melhor, mais esperançoso e capaz de enxergar o lado positivo da vida. O que os fãs podem esperar do Stars Go Dim nos próximos meses? Estamos preparando turnês nos Estados Unidos e, quem sabe, em outros países. Também sigo compondo para outros artistas, mas a prioridade no momento é apresentar Roses ao maior número de pessoas possível. Existe a possibilidade de vir ao Brasil para divulgar o novo álbum? Sim, adoraria. Inclusive já comecei a pesquisar artistas e a me preparar para conhecer melhor a cena local. Também quero experimentar a culinária daí. Seria incrível poder levar o Roses ao público brasileiro.

“Nada Vai Durar” é o single de estreia da Fatigati, banda que ‘nasce sem pressa, mas com intensidade’

Formada em Poços de Caldas, Minas Gerais, pelo vocalista e guitarrista paulista Michel Angelo, a banda de hardcore melódico Fatigati lançou nesta segunda-feira (15) o single Nada Vai Durar. A música, que mistura elementos do punk e de post-hardcore marca a estreia da banda, composta ainda por Luciano “Shan” no baixo e Elvis Vitório na bateria. De acordo com Michel Angelo, Nada Vai Durar, assinada pelo selo independente Tapebox Records, é um mergulho no luto e na impermanência. “A faixa nasceu da morte repentina de um primo muito jovem e traduz em versos crus a dor de lembrar de quem não volta mais, a raiva diante da finitude e a crítica ao apego a divindades e promessas de salvação que tantas vezes revelam mais hipocrisia do que consolo”, revela o vocalista. “A música reflete a fragilidade da vida como um diálogo interno em colapso, vários eus tentando suportar a ideia de que no fim nada permanece. Ao mesmo tempo, deixa uma reflexão otimista: é justamente porque nada dura, seja dor, sofrimento, alegria, prazer, nascimento ou morte, que vale viver intensamente o agora”. Com mixagem e masterização de Anderson Kabula, da banda Ordinals, de Aracaju (SE), Nada Vai Durar foi produzida pelo próprio Michel Angelo no home studio da banda. Já as vozes foram registradas no Jam Studio com a colaboração de Christian Lago. O vocalista diz que a banda Fatigati nasce sem pressa, mas com intensidade. “A Fatigati não busca seguir fórmulas ou revolucionar a música, mas criar algo honesto, intenso e emocional. O objetivo não é buscar mercado ou números, e sim manter viva a chama da cena underground. Queremos tocar onde fizer sentido, mesmo que poucas vezes ou para poucas pessoas, lançar materiais físicos em pequena escala e inspirar novas bandas”. Confira o vídeo de Nada Vai Durar abaixo

Toda Vez, Primeira Vez é o terceiro single da banda paulistana Walfredo em Busca da Simbiose

Toda Vez, Primeira Vez é o terceiro single da banda paulistana Walfredo em Busca da Simbiose, que antecede a chegada do tão aguardado terceiro disco do projeto, intitulado como Mágico Imagético Circular, produzido por Lou Alves, e que será lançado ainda este ano em parceria com o selo independente Balaclava Records. Entre versos e ecolalias, a banda nos apresenta a nova faixa com uma roupagem atípica das anteriores, ritmos mancos e timbres aparentemente incomuns, ruídos fluidos, barulhinhos, mas misturados a melodias coloridas, saborosas, fáceis de cantar. Cuidado! A música pode ser viciante como vídeo game, e nos convida a fechar os olhos e sentir todo um universo gamificado dos anos 80/90 a nossa volta. Meio nintendo, meio mega drive, não importa, a faixa conduz há um universo meio “16/ 8-bits.” Com um refrão marcante; Que toda vez, seja a primeira vez podemos cantar sem medo de sermos felizes. “Arranjei essa canção pra ser divertida, embora fale de amor próprio, e abandono. Eu gosto do contraste e de todo enigmatismo que envolve. Quem tem medo do abandono, geralmente nos abandona. Mas nós não, nós não vamos nos abandonar”, pontua Lou Alves, vocalista e idealizador do projeto. A arte da capa foi feita pela designer e ilustradora Lis Ayrosa, o single e todo disco que está por vir foi produzido e mixado por Lou Alves, baterias gravadas por João Lopes, captadas por Fernando Rischbieter e Masterizado por Pedro Vince na Matraca Records. Walfredo em Busca da Simbiose nasceu em 2016, e é idealizado por Lou Alves (Guitarrista, Compositor e produtor) , que atualmente conta com os melhores músicos do mundo, Uiu Lopes (baixo), João Lopes (bateria) e Dizzy Vargas (sintetizadores).

Massive Attack e Cavalera farão show no Espaço Unimed, em São Paulo

O Massive Attack será a atração principal de um show exclusivo no dia 13 de novembro – em colaboração com os artistas brasileiros Cavalera (co-fundadores do Sepultura, Max e Iggor Cavalera) – com o intuito de apoiar e dar visibilidade aos esforços dos povos indígenas do Brasil e do G9 da Amazônia (organizações indígenas de nove países amazônicos) em alcançar justiça climática, reconhecimento e proteção imediatos das terras indígenas no país. Realizado pela 30e,o espetáculo é chamado de A Resposta Somos Nós e acontece em São Paulo, no Espaço Unimed, com ingressos disponíveis a partir desta terça-feira (16), ao meio-dia, no site da Eventim. Este show singularmente diverso será executado enquanto líderes mundiais, corporações globais e o movimento climático em geral chegam ao Brasil para a cúpula da COP 30, sediada na região amazônica de Belém. Enquanto outros eventos culturais serão promovidos por marcas transnacionais e ONGs ocidentais, o Massive Attack e o Cavalera projetaram este evento em São Paulo com intervenções em coordenação direta com grupos indígenas, em apoio às demandas urgentes dessa comunidade. Representantes desses povos estarão presentes no show e as duas bandas ainda promoverão esforços no Brasil para apoiar demandas do movimento indígena da Amazônia, acomodadas e engajadas no mais alto nível político. Mais anúncios sobre essa atuação serão feitos em breve. “É uma honra para nós colaborar com Iggor e Max em apoio à extraordinária integridade e ao papel vital dos povos indígenas do Brasil e de toda a região amazônica. Isso é mais do que uma simples troca de palavras. É uma oportunidade de ouvir o conhecimento, a autoridade moral e a sabedoria das alianças indígenas e ajudar a garantir que sejam ouvidas nas salas de negociação da COP30. Nunca precisamos tanto da presença deles nesse espaço político distorcido quanto agora”, comenta Robert Del Naja (3D), que forma o Massive Attack ao lado de Grant “Daddy G”. “Nós, povos indígenas, subiremos ao palco como quem acende um fogo antigo no coração da noite. Ao lado de Massive Attack e Cavalera, transformaremos o som em levante. Nossas vozes – vivas, ancestrais, indomáveis – vão rasgar o ar, atravessar fronteiras e unir povos, da Amazônia ao Pacífico. Somos raíz que resiste, futuro que insiste. Nunca deixamos de estar aqui. Viemos lembrar que a Terra tem memória. E, por nós, ela pede: o desmonte da máquina que a devora. A resposta já está entre nós – ela brota do chão que pisamos coletivamente. A Resposta Somos Nós. Todos nós. Avançaremos”, comentam os movimentos COIAB, APIB & G9. “Em tempos de polarização tão presente, quando as pessoas se sentem divididas e distraídas, temos a honra de unir forças com o Massive Attack e os Povos Indígenas do Brasil e da Amazônia para tecer uma narrativa de positividade e mudança. Estamos muito animados para trabalhar ao lado de uma banda como o Massive Attack e somos fãs há muitos anos. Cultivamos uma relação próxima com os povos indígenas e trabalhamos ao lado deles há muitos anos. É um privilégio dividir o palco com ambos”, declaram Max e Iggor Cavalera. A apresentação do Massive Attack em São Paulo é parte de ÍNDIGO, ecossistema de curadoria musical da 30e, que tem como objetivo (re)unir comunidades a partir de uma label curatorial com foco em sons indie, do underground ao mainstream.

De férias na Europa: Gibby Haynes toca Butthole Surfers com adolescentes em uma igreja

Matheus Degásperi OjeaPoucos textos que começam com a frase “eu estava de férias na Europa”, ou alguma variação dela, realmente valem a pena. Acontece que em agosto deste ano eu realmente estava de férias na Europa e meio que vai ser sobre isso mesmo, então não tenho muito pra onde correr. Claro que estaria escrevendo para o blog errado se fosse só a viagem, mas aproveitei a minha estadia por aquelas bandas para ver alguns shows e é disso que eu pretendo falar nesse e em mais uns quatro ou cinco textos que devem começar de maneira menos estranha. Inicialmente planejando realizar um sonho antigo e casar o rolê com um dos grandes festivais do verão europeu, fui impulsionado pelo mantra ‘só se vive uma vez’ e pelo mesmo tipo de irresponsabilidade financeira que deu origem à viagem e acabei vendo dois festivais e alguns shows solo em três países pelo caminho, incluindo aí artistas que devem vir para o Brasil (eu vi a Chappell Roan, mas só estou adiantando o nome dela pra gerar interesse pros próximos posts), outros que provavelmente não vão vir, como o desse texto, e um que era pra ter vindo mas que não rolou por conta de uma hérnia. Tudo isso aconteceu há quase um mês, mas eu não ia escrever na hora, afinal, estava de férias. Como foi à meio mundo de distância, como diria o Oasis (que eu ainda não vi), tomei a liberdade de violar o imediatismo jornalístico, bem como algumas outras regras, e acreditar que ainda assim exista algum interesse no que eu tenho a dizer. Sem mais delongas, o primeiro show que eu vi foi do Gibby Haynes, vocalista do Butthole Surfers, lá em Amsterdam, na lendária casa de shows Paradiso, no dia 12 de agosto. Paradiso A Paradiso é a melhor casa de shows do mundo. Se a Terra funcionasse de acordo com a minha vontade, ela ficaria em Santos e todos os shows do planeta seriam feitos lá (obviamente eu resolveria algumas outras coisas antes disso). O local funciona há décadas no que era uma antiga igreja perto de um dos canais de Amsterdam. Por dentro, os vitrais ficam atrás de onde hoje é o palco, dando um visual único para qualquer apresentação ou festa. Além disso, a acústica combinada com o equipamento do lugar e, claro, os profissionais envolvidos, produzem um dos sons mais perfeitos que eu já ouvi ao vivo, capaz de fazer estudantes de conservatório parecerem a melhor banda do mundo. Eu não tô exagerando, eu vi uma banda de conservatório tocando lá, mas já vamos chegar nisso, assim que eu terminar de elogiar a Paradiso. Além de mundialmente famosa, a casa é motivo de orgulho para os holandeses. Um dia depois do show, enquanto eu fazia a coisa mais de turista possível na cidade – das que não envolvem o café que vendem lá – e andava de barco pelos canais, o timoneiro, nascido e criado em Amsterdam, nos conduziu pela frente do lugar e o apresentou dizendo que “praticamente todas as bandas do mundo já tocaram aí”. A guia que acompanhava, uma italiana que vive na cidade há alguns anos, complementou dizendo que as bandas maiores costumam tocar no Ziggo Dome, outro espaço da cidade que comporta a capacidade de uma arena, ao que o timoneiro prontamente retrucou dizendo que “não, as bandas grandes também tocam aí porque eles gostam”. E ele tem razão. A casa, que tem capacidade pra umas 1.500 pessoas, até hoje conta com uma programação bem variada e, só nesse ano, já recebeu artistas como Lucy Dacus, The Wombats, Franz Ferdinand, Nação Zumbi e Liniker (sim, os ‘nossos’ Nação Zumbi e Liniker). Mesmo as bandas grandes que não têm a vontade de ‘encolher’ por uma ou duas noites para tocar no local têm grandes chances de terem passado por lá antes de ficarem maiores. Provavelmente esse longo preambulo já deixou clara a minha empolgação para ver um show na Paradiso. A minha estadia em Amsterdam coincidiu com a apresentação do Gibby Haynes. Apesar de gostar do som da antiga banda dele – que não toca desde 2016 – e me divertir com grande parte das entrevistas que ele já deu, eu não sabia bem o que esperar de um show solo e o local do evento com certeza pesou na hora de comprar o ingresso. O resultado foi uma noite de algumas surpresas, a começar antes do show principal. Scott Thunes Institution of Musical Excellence Pouco depois de eu entrar na Paradiso e comprar uma Heineken – o local não aceita dinheiro em espécie e o cartão de débito que fiz pra viagem não passava lá (e nem na principal rede de mercados da cidade, que também não aceita dinheiro em espécie, então na dúvida é bom levar mais de um tipo de cartão, coisa que eu não fiz, apesar dos vários avisos como o que eu acabei de dar que eu recebi), mas a casa disponibiliza um cartão próprio para carregar com euros físicos na bilheteria – o primeiro show de abertura começou. A já citada banda de conservatório era do norte-americano Scott Thunes Institution of Musical Excellence, formada por músicos de 16 a 24 anos, que apresentou um repertório de covers predominantemente de punk rock, com bandas como Minutemen e Dead Kennedys. Os membros se revezavam entre os instrumentos e, apesar de não ser a escolha mais empolgante para abrir um show, a apresentação foi honesta e a presença deles ali seria ainda seria justificada. Evischen rouba a noite Depois da primeira apresentação, a mesa de DJ mais estranha que eu já vi na vida foi colocada no meio da pista da casa. O que se seguiu foi tão bizarro quanto a mesa, pelo menos eu nunca vi ao vivo nada como o set da norte-americana Victoria Shen, mais conhecida como evischen. Com um trabalho completamente experimental, a DJ parecia capaz de fazer música estranha – ou, como muitos vão preferir chamar, não sem razão,

Damiano David lança versão estendida do álbum solo Funny Little Fears Dreams

Damiano David, vocalista da Måneskin, lançou uma versão estendida de Funny Little Fears Dreams. A nova edição traz cinco faixas inéditas como presente especial para os fãs antes de sua grande turnê mundial. Ao anunciar o lançamento surpresa em suas redes sociais na última semana, Damiano disse: “Transformei meus medos em sonhos. Este é meu presente para vocês e para todos que vão me acompanhar na turnê.” A nova versão abre com o single Talk to Me, em colaboração com a sensação sul-africana e vencedora do Grammy Tyla, além do lendário Nile Rodgers. A faixa une o estilo vocal marcante de Tyla ao groove inconfundível de Nile Rodgers. “Damiano me enviou essa música e eu me apaixonei instantaneamente pela sensação nostálgica que ela traz. Me imaginei nela logo de cara. Estou animada com o quanto isso soa novo para mim, meus tygrs vão amar muito”, comentou Tyla. “Quando recebi a música de Damiano e Tyla, adorei a vibe e quis que minha guitarra fosse a terceira voz. Talk To Me foi muito divertido de trabalhar!”, completou Nile Rodgers. O álbum continua com Cinnamon, em parceria com Albert Hammond Jr (The Strokes). Uma faixa vibrante, guiada pela guitarra, em que os riffs característicos de Hammond Jr se entrelaçam à intensidade melódica de Damiano, trazendo uma energia contagiante à coleção. Em Naked, Damiano apresenta uma balada íntima e minimalista, explorando vulnerabilidade e honestidade emocional. Mysterious Girl traz uma atmosfera de dark-pop cinematográfico e envolvente, com um refrão irresistível, mostrando a habilidade de Damiano em criar intriga através da música. A última faixa inédita da versão estendida é Over, uma canção catártica e arrebatadora em que a dor da desilusão se transforma em esperança, encapsulando perfeitamente a jornada do álbum do medo ao sonho. Damiano David se apresenta em 7 de novembro, no Tokio Marine Hall, em São Paulo. Os ingressos já estão esgotados, assim como em boa parte da turnê.

Emmano saúda Iemanjá e mergulha em nova fase com o single Rainha do Mar

Entre marés e melodias, um novo ciclo nasce para Emmano. Batizado na umbanda, o cantor entrega ao mundo Rainha do Mar, um canto sagrado que reverencia Iemanjá, a grande mãe das águas, guardiã dos mistérios e acolhimento. “Poder transformar minha fé e minha entrega espiritual em música, reverenciando a energia, proteção e o acolhimento de Iemanjá é uma realização pessoal e um convite para sentir a vibração, mergulhar nas ondas da fé e celebrar a religião com respeito e devoção”, compartilha o artista, que tem raízes musicais fincadas no reggae. Com 156 mil seguidores em seu Instagram e mais de 11 mil ouvintes mensais no Spotify, Emmano carrega o legado do pai, Vagner Beraldo (Água de Coco), mas agora sua voz se ergue como prece. O novo momento tem viralizado nas redes sociais e atingiu um novo público ao mostrar sua fé e devoção pelo sagrado.  Gravada na Blessed Records, estúdio pioneiro e especializado em reggae, Rainha do Mar foi produzida por Thiago Jahbass — que já assinou obras ao lado de nomes como Armandinho e Hélio Bentes — e ganhou corpo com Bruno Chelles (3030) e Gabriel Gimenez. Juntos, deram forma a uma melodia que desliza como onda serena, evocando a leveza do axé e a imponência da ancestralidade.  O videoclipe, filmado nas praias do Rio de Janeiro sob a direção de Diego Barral (que também comandou o registro de “Mais que Desejo”, parceria das bandas Ponto de Equilíbrio e Maneva), é um ritual imagético. As águas, o horizonte e o corpo do cantor em comunhão revelam um elo profundo entre natureza e religiosidade afro-brasileira. “Reverencio a energia, a proteção e o acolhimento da grande Orixá das águas salgadas diretamente do lugar que sinto essa comunicação e conexão fluindo com ela”, afirma Emmano, em entrega plena. Não se trata apenas de mais um lançamento. É o anúncio de uma nova fase: o artista agora assume sua caminhada espiritual como parte inseparável da sua arte. E prepara, ainda para este ano, um álbum que trará sonoridade brasileira, ritmos afro-brasileiros e a força de um chamado ancestral.