AL9 lança single “I Promise You That” em parceria com vocalista do Magic!

A banda AL9 deu mais um passo na sua trajetória internacional com o lançamento de I Promise You That, single em parceria com o cantor e compositor Nasri, vocalista da banda canadense Magic!. A faixa chegou a todos os aplicativos de música e veio acompanhada de um videoclipe oficial. A canção, escrita por Matheus Khouri, Thiago Khouri e Nasri, fala sobre amor e entrega incondicional, trazendo uma mensagem de apoio e companheirismo. “É uma música de amor, que fala sobre momentos difíceis da pessoa e que você sempre estará lá por ela”, explica a banda. O processo de criação aconteceu de forma intensa e muito rápida: “Nos juntamos com o Nasri em um estúdio e começamos a compor e gravar. A melodia foi saindo com os três cantando e tocando juntos, cada um trouxe ideias de letra e, em menos de duas horas, a música já estava pronta”, recordam os irmãos. O convite para trabalhar com Nasri surgiu quando o artista viu um vídeo da AL9 no Instagram e entrou em contato. Ao descobrir que os irmãos eram do Brasil, decidiu encontrá-los durante a passagem da turnê do MAGIC! por São Paulo. O encontro resultou na criação de I Promise You That, uma faixa que combina influências distintas e representa um momento especial na trajetória criativa da AL9. A sonoridade mistura elementos do pop moderno, pela influência de Nasri, e do rock n’ roll característico da AL9. O resultado é uma canção de amor, com nuances que remetem a uma atmosfera old school dos anos 60 e 70: “Primeiro veio uma melodia bem romântica, e a letra fluiu de forma muito natural. Queríamos trazer esse clima old school, mas com uma pegada atual”, acrescentam. O videoclipe oficial foi registrado em dois momentos distintos. O primeiro mostra a banda e Nasri em estúdio, compondo e gravando a faixa. O segundo apresenta a performance ao vivo durante o show do Magic! no Tokio Marine Hall, em São Paulo, no dia 2 de agosto de 2025. Na ocasião, AL9 foi convidada a subir ao palco para cantar duas músicas, entre elas I Promise You That, em um momento que emocionou o público e marcou a estreia mundial da parceria. “Foi muito emocionante viver essa experiência ao lado de um dos grandes nomes do pop mundial. Nossa expectativa para o lançamento é altíssima, principalmente porque nosso público internacional vem crescendo muito”, afirma a banda. Formada pelos irmãos Matheus Khouri (vocal e guitarra) e Thiago Khouri (vocal e baixo), a AL9 começou em 2017 postando vídeos acústicos nas redes sociais e, no ano seguinte, passou a investir em músicas autorais, lançando canções como Quando Te Conheci, Amo Te Amar e Suas Loucuras. Em 2019, lançou o EP Isso É AL9, que trouxe sete faixas, incluindo o sucesso Ela Me Ligou. Com o passar dos anos, a banda conquistou ainda mais espaço, viralizando no TikTok, alcançando milhões de visualizações e lançando trabalhos como o álbum Amor É A Lei, que rendeu participações em programas de televisão de destaque no Brasil, e o álbum O Nono Rei, cujo single Califórnia alcançou grande repercussão nas redes sociais. *
Entrevista | Yo La Tengo – “Eu amo a cultura brasileira e quero conhecer coisas novas”

Após mais de uma década longe dos palcos brasileiros, o Yo La Tengo retorna ao país em novembro de 2025 para dois shows em São Paulo. O trio norte-americano se apresenta no Balaclava Fest no dia 9 de novembro, no Tokio Marine Hall, em sua formação elétrica, e faz no dia seguinte, 10 de novembro, um show acústico especial no Cine Joia. A passagem faz parte da nova fase da banda, que segue divulgando o elogiado álbum This Stupid World (2023). Com mais de 40 anos de carreira, o grupo formado por Ira Kaplan, Georgia Hubley e James McNew é uma das formações mais queridas e respeitadas do indie rock mundial. Sempre transitando entre o barulho experimental e a delicadeza melódica, o Yo La Tengo construiu uma discografia marcada pela liberdade criativa e pela constante reinvenção, mantendo sua essência mesmo após quase quatro décadas de estrada. Em entrevista ao Blog n’ Roll, o baixista James McNew falou sobre o reencontro com o público brasileiro, o processo artesanal do último álbum, a parceria com Jad Fair e a química de tocar ao lado de um casal que forma a base da banda desde 1984. Faz quase uma década desde a última vinda de vocês ao Brasil. O que os fãs podem esperar dos dois shows de novembro? Um deles será em um festival, então será um show elétrico, mais reduzido, com cerca de uma hora ou um pouco mais. O outro será apenas nós, tocando de forma mais calma, mas por muito mais tempo, com muito mais músicas. Eu nem sei exatamente o que esperar desse show, mas acho que os dois serão muito divertidos, cada um à sua maneira. E como você sente a conexão do público brasileiro com a música do Yo La Tengo? Eu me sinto ótimo em relação a isso. Eu amo a música e a cultura brasileira. Faz muito tempo desde que estivemos aí, e é um lugar muito especial para nós. Não conseguimos visitar com frequência, é difícil fazer isso acontecer. Então, quando finalmente conseguimos, ficamos realmente animados. Mal podemos esperar para voltar e reviver as experiências que tivemos, além de descobrir coisas novas também. O álbum This Stupid World recebeu uma ótima recepção da crítica. Como tem sido tocar essas músicas ao vivo? Tem sido muito divertido. Tocamos bastante esse repertório em turnês por vários lugares, mas ainda não na América do Sul. Então, agora é a hora de vir para cá. Esse é um álbum pós-pandemia. O processo de gravação foi diferente dos anteriores? Totalmente. Todos os nossos discos anteriores foram feitos em estúdios, com engenheiros e produtores brilhantes. Desta vez, fizemos tudo em um cômodo onde ensaiamos, só nós três. Cometemos muitos erros, aprendemos a resolver problemas e fomos muito criativos. Trabalhar em casa foi libertador e podíamos testar ideias o tempo que quiséssemos, sem pressão. Foi um processo muito divertido. O disco foi descrito como um dos mais intensos da carreira recente da banda. Vocês buscaram essa energia mais crua de propósito? Acho que foi apenas o que estávamos sentindo. Fizemos o disco sozinhos, sem produtores ou engenheiros externos, apenas nós três. Não tínhamos ninguém para nos dizer se algo era uma boa ideia, então seguimos nossos instintos. Como vocês equilibram faixas longas e atmosféricas com músicas mais curtas e agitadas dentro do mesmo álbum? Isso acontece naturalmente. É como expressar sentimentos. O ritmo de um álbum inteiro tem que fazer sentido emocionalmente. Gostamos muito de fazer as duas coisas. Como surgiu a parceria recente com Jad Fair que entrou recentemente no streaming? Essa não é uma música nova. Gravamos esse disco há uns 30 anos, foi uma das primeiras coisas que fizemos com o Jad. O selo com o qual o Jad trabalha perguntou se gostaríamos de relançar o disco que fizemos juntos em 1996, que estava fora de catálogo há muito tempo. Nós dissemos sim. Éramos grandes fãs dele e da banda dele. Quando ele nos convidou para gravar juntos, tudo foi improvisado. Não sabíamos nem o que ele estava cantando, só seguíamos quando ele dava o sinal. Essa experiência teve uma grande influência sobre nós, especialmente em relação à espontaneidade. Até hoje, quando escrevemos músicas novas, eu penso naquele processo e em como foi divertido. E recentemente foi lançado também o registro Live in New York nas plataformas. Como foi revisitar esse show acústico de 1992? Olha, na verdade, isso foi lançado sem que soubéssemos (risos). Falando em setlists, vocês costumam incluir covers de artistas como Neil Young e The Beach Boys. Como escolhem essas músicas? Nosso setlist muda a cada show. É sempre uma questão de espontaneidade, do que parece certo naquele momento. Tocar covers é divertido. Acho interessante o contexto de incluir uma música de outro artista em meio às nossas. Dá para aprender muito sobre a personalidade de uma banda pela escolha de um cover, tanto quanto pelas músicas próprias. Existe alguma música antiga que os fãs pedem muito, mas que vocês raramente tocam? Sim, há uma música de I Can Hear the Heart Beating as One, chamada The Lie. Nós a gravamos em 1997 e só a tocamos ao vivo pela primeira vez em 2024. E como é fazer parte de um trio em que os outros dois integrantes são casados? É ótimo, eu recomendo totalmente (risos). Você sempre sabe onde os outros dois estão. Isso torna as viagens bem práticas. E o melhor é que eu não preciso dividir o quarto com eles nas turnês. Não tenho do que reclamar. Deixe uma mensagem para os fãs brasileiros que estão ansiosos para o show. Brasil, ficamos muito tempo longe de vocês, e estamos realmente animados para voltar. Não vejo a hora.