Banda goiana Synx lança Calmaria, novo single do EP Desaguar

Uma das bandas mais interessantes da música alternativa produzida em Goiânia, a Synx lançou o single Calmaria, segunda faixa revelada do novo EP Desaguar. A música já está disponível em todas as plataformas de streaming e marca um momento importante do grupo, que vem consolidando sua identidade dentro do dream pop e do shoegaze brasileiro. Formada por Renata Servato (voz, sintetizador e guitarra), Pedro Mendes (guitarra), Matheus Campos (baixo e voz) e Lucas Radí (bateria), a Synx nasceu de encontros musicais e jam sessions que rapidamente se transformaram em uma proposta autoral madura e sensível. Desde o primeiro álbum, Inventário das Palavras Ausentes (2023), a banda chamou atenção da crítica e do público com suas atmosferas etéreas, guitarras reverberadas e letras introspectivas — características que se destacam dentro da cena independente goiana. O novo single apresenta um lado diferente da Synx. Calmaria nasceu inicialmente de uma composição do baixista Matheus Campos, sendo a primeira letra escrita por ele para o grupo. A partir de um arranjo-base, a faixa evoluiu em um processo colaborativo entre os integrantes, que buscaram uma sonoridade mais direta, crua e visceral, sem perder a sensibilidade que marca o EP. A música passou por várias transformações desde sua concepção inicial. As camadas de vozes com efeitos e os acordes abertos no violão deram lugar a um arranjo mais pulsante, guiado por guitarras distorcidas, baixo saturado e um refrão marcante. A distorção no baixo, inclusive, aparece como novidade no som da banda, abrindo a faixa e definindo o clima intenso que conduz a música até o fim. Assim como as outras faixas do EP Desaguar, Calmaria foi gravada, produzida, mixada e masterizada no Fusion Studio, por Alex Moura e Vinícius Oliveira Rocha. O processo se destacou pelo cuidado com timbres orgânicos e densos, utilizando equipamentos analógicos para trazer profundidade e textura à canção. Entre os recursos usados, está o Maletomp, compressor artesanal criado por Lisciel Franco, aplicado em bateria, vocais e guitarras. A mixagem híbrida combinou plugins digitais, pedais externos, equipamentos analógicos e microfones de fita da Oldbox, imprimindo um resultado vintage, mas ainda assim etéreo e contemporâneo, marca registrada da Synx. Dream pop Com influências do dream pop e do shoegaze, a Synx se destaca pela capacidade de criar atmosferas carregadas de emoção, combinando delicadeza e ruído. Em Goiânia, a banda vem ganhando público e conquistando espaço em festivais, palcos e playlists voltadas ao indie nacional. O lançamento de Calmaria reforça a maturidade do grupo e prepara o terreno para o lançamento completo de Desaguar. Para quem ainda não conhece a banda, o novo single serve como porta de entrada perfeita: é intenso, sensível, melancólico e cheio de identidade.
Adi Oasis retorna ainda mais ousada no lançamento do EP Silver Lining

Adi Oasis apresenta seu novo EP Silver Lining, lançado pela Unity Records, e abre um capítulo de renovação na própria trajetória musical. O projeto reúne neo-soul, grooves modernos e uma entrega vocal mais ousada, marcando a parceria inédita com o produtor Carrtoons, referência em sonoridades que misturam jazz, funk contemporâneo e texturas experimentais. Conhecida pelas linhas de baixo marcantes e pela presença de palco magnética, a artista franco-caribenha explora força interior, expansão criativa e novas nuances estéticas sem perder a identidade que conquistou público ao redor do mundo. Silver Lining chega após o impacto global de Lotus Glow, álbum que ultrapassou 180 milhões de streams e levou Adi Oasis a uma turnê internacional esgotada. O novo EP se abre com “Stuck In My Head”, faixa que combina energia dançante, influência de divas clássicas e uma estética futurista. A artista também aprofunda sua fase de conexão com o público por meio da série Bathrobe Confessions no Instagram, além de reforçar sua relação com o Brasil, segundo país que mais consome sua música. Na última passagem pelo país, ela gravou “Cheirinho” com o duo carioca YOÙN, sua primeira faixa cantada em português e parte da tracklist do novo projeto. Com sensibilidade, groove e autenticidade, Silver Lining consolida Adi Oasis como um dos nomes mais importantes da nova cena soul contemporânea. Tracklist We Gon Win Silver Lining In The Sunrise Stuck In My Head Separate Ways Cheirinho (ft. YOÙN)
Após anúncio de nove shows no Brasil, Guns n’ Roses lança singles Nothin’ e Atlas; ouça!

O Guns N’ Roses retornou hoje com dois novos singles. Marcando seu primeiro lançamento desde 2023, Nothin’ e Atlas mostram que a banda, que está ativa há décadas, continua no auge, apresentando dois lados diferentes de sua personalidade. Atlas mostra o Guns n’ Roses em seu modo rock clássico cheio de energia, enquanto Nothin’ se torna mais introspectiva, com teclados etéreos e guitarra emocionante. Ambas as músicas estão disponíveis via Interscope Records. Nos últimos anos, o Guns N’ Roses tem lançado material novo de forma constante e feito turnês com shows para plateias lotadas mundo afora. Após The General e Perhaps, lançadas em 2023, Atlas e Nothin’ chegam como adições essenciais ao setlist, que já conta com todos os clássicos e as deep cuts (faixas de sucesso menos evidente) favoritas dos fãs do catálogo inicial do GNR. Mais recentemente, o Guns N’ Roses anunciou que sairá em turnê na primavera e verão (do hemisfério norte) de 2026 em uma excursão mundial que levará a banda ao México e ao Brasil antes de seguir para outros mercados europeus, assim como estádios pelos EUA e Canadá. A turnê incluirá uma performance especial no Rose Bowl, em Los Angeles, marcando um retorno histórico ao local pela primeira vez em mais de 30 anos. Esta turnê de 2026 vem logo após a gigantesca turnê mundial de 2025, que trouxe o tão aguardado retorno da banda à Europa, Oriente Médio, Ásia e América Latina. Ouça Atlas e Nothin’, do Guns n’ Roses, abaixo Quarta, 1 de abril de 2026 – Porto Alegre, Brasil // Estádio Beira-Rio Sábado, 4 de abril de 2026 – São Paulo, Brasil // Monsters Of Rock Terça, 7 de abril de 2026 – São José do Rio Preto, Brasil // Alberto Bertelli Lucatto Sexta, 10 de abril de 2026 – Rio de Janeiro, Brasil // Engenhão Domingo, 12 de abril de 2026 – Cariacica, Brasil // Estádio Estadual Kleber José de Andrade Quarta, 15 de abril de 2026 – Salvador, Brasil // Arena Fonte Nova Sábado, 18 de abril de 2026 – Fortaleza, Brasil // Arena Castelão Terça, 21 de abril de 2026 – São Luís, Brasil // Estádio Governador João Castelo “Castelão” Sábado, 25 de abril de 2026 – Belém do Pará, Brasil // Estádio Olímpico do Pará “Mangueirão”
Matchola lança Zero Bala: “um disco pra abraçar todos aqueles que se consideram deslocados”

*Matéria feita por Denis Araujo Se na Bahia a gíria que dá nome ao álbum remete a algo novo ou renovado, para Matchola, o buraco é mais embaixo. O lançamento de Zero Bala, que chegou às plataformas nesta quarta-feira (3), marca um estado de espírito. “Eu considero Zero Bala um termo que remete ao bem-estar, a estar tranquilo, a estar ZERO BALA”, explica o artista. Saindo da densidade de seu projeto anterior, Ok Tchola, o cantor agora mira na luz. “É uma parada solar/summer vibes, e mais importante, uma parada latina e baiana”, define ele, complementando sobre o momento atual: “Eu ‘tô’ numa fase onde eu quero que as pessoas saibam da onde eu vim e o que eu represento”. A “esquizofrenia musical” e o toque orgânico de Matchola Musicalmente, Matchola não economiza nas definições e assume o caos criativo. “Zero bala não foge da esquizofrenia musical que eu faço, não”, brinca. O álbum é uma verdadeira montanha-russa que vai do pagodão com rap ao reggae, passando por bossa nova, MPB e indie rock. Mas há um fio condutor nessa mistura. “A cola que une todos os sons são os elementos latinos. Muita percussão latina, muito bolero, muita guitarra, parada ‘caliente’”, detalha. Diferente de trabalhos puramente eletrônicos, aqui a pegada é instrumentada. “É um disco que foi arranjado mais do que sampleado, então tudo que você ouve ali tem um ser humano tocando”, diz Matchola, citando as contribuições de Denovaro (flauta e baixo) e João Mendes (guitarra). Autenticidade “Cringe” de Matchola e a morte do ego O conceito do álbum vai além da sonoridade; é um convite à autoaceitação. Matchola descreve o disco como um “refúgio pra galera que se sente ‘cringe’ querendo ser autêntico”. Para ilustrar essa liberdade, surge a figura de Seu Bala, interpretado por Jorge Mauadie (Jota). “É o primeiro álbum que eu introduzo um personagem de forma explícita mesmo (…) Que é a representação da morte do ego. Ele é a personificação da falta de vergonha, da aceitação e do sentimento de querer se soltar”, revela o artista. Sem clichês turísticos No single Barril Dobrado, a estética soteropolitana aparece crua e real, fugindo do óbvio. Matchola é enfático sobre evitar estereótipos: “Em Barril Dobrado mesmo, eu podia citar várias coisas clichês da Bahia, falar axé até umas horas, acarajé e dendê, mas eu não curto isso, acho muito básico”. A ideia foi trazer a vivência real da rua. “Preferi contar um ponto de vista muito específico de quem desce pro carnaval Barra-Ondina, a referência de se trombar na CopyArt ou da galera deitada no Cristo passando mal”, conta ele, rindo de situações que quem é de Salvador conhece bem. Colaborações e o selo OGEF O álbum marca também a consolidação do selo OGEF, sendo o primeiro disco distribuído pela label. A parceria com OGermano, fundamental para o amadurecimento de Matchola no “business” da música independente, abriu portas para feats de peso na cena alternativa. Nomes como Tangolo Mangos, Luiz Barata, 2ZDINIZZ, Enow e Thalin marcam presença nas faixas. “Aprendi a me levar a sério”, reflete o artista sobre sua evolução desde 2024, destacando a importância do planejamento estratégico que antecedeu este lançamento. Zero Bala está disponível em todas as plataformas digitais. Como diria o próprio Matchola: a salvação é individual, mas a música é para todo mundo se soltar.