Um dos principais compositores de sua geração, o baiano Teago Oliveira é mais conhecido por liderar a banda de rock Maglore, com quem gravou cinco álbuns de estúdio, um ao vivo e um acústico. No último dia 10 de outubro, o artista, que já foi interpretado por nomes como Gal Costa, Erasmo Carlos e Pitty, lançou ao mundo a sua segunda aventura solo, o disco Canções do Velho Mundo, sucessor de Boa Sorte, de 2019.
Gravado em um home studio com o mínimo de computadores possível, o trabalho tem coprodução do próprio Teago em parceria com Otávio Bonazzi. Contando com uma variedade de ritmos e influências que vão desde o indie rock até a MPB, o disco também tem faixas com participações especiais de Eric Slick, baterista da banda norte-americana Dr. Dog, e da artista carioca Silvia Machete.
Em entrevista ao Blog n’ Roll, o cantor falou sobre o processo de composição do álbum e das suas letras. Ele também bateu um papo sobre a sua carreira, Gilberto Gil, a busca pela felicidade, entre outros.
O que motivou você a voltar agora para um trabalho solo?
É a vida mesmo. Tem uma quantidade de músicas que me sinto seguro de lançar, que eu enxergo que estão fora da banda também. A banda é o meu primeiro trabalho, vamos dizer, né? Tô nela há 16 anos já. Às vezes até parece que o meu trabalho solo é a banda, porque, enfim, compus a maior parte dos discos.
Eu sempre fui apaixonado por ter banda, sempre quis ter banda, o sonho da minha vida era ter uma banda de rock um dia, né? E eu realizei esse sonho com a Maglore, que é uma conjunção de identidades que forma uma identidade só. Ao longo dos anos, eu sempre compus, mas o som da banda não é necessariamente exatamente o meu som. Lógico que tem muito a ver, tem muita coisa a ver, mas eu preciso deixar também a banda ter a cara dela, sabe?
Então tem muita coisa que é dos caras ali, e o meu trabalho solo vem de uma vontade de explorar outras coisas. Outras linguagens que eu também tenho enquanto compositor e a vontade, também, de produzir discos, que é uma coisa que eu já faço há muito tempo, mas não assino produção. Essa foi a primeira vez que eu assinei mesmo a produção junto com o [Otávio] Bonazzi. Eu sempre coproduzi discos, mas dessa vez eu me senti seguro pra assinar, e aí eu juntei essas músicas ao longo desses últimos dois anos e quando eu senti que estava pronto o esquema da composição, eu fui gravar elas.
E as músicas estavam prontas quando você começou a gravar ou você foi fazendo durante?
Quando eu comecei a gravar eu tinha basicamente 80% das coisas prontas, tanto de melodia como letra, tava 80% do caminho andado. Durante o processo, acabou surgindo Não Se Demore, que foi uma música que eu fiz porque eu precisava testar um microfone novo, que eu tinha pego o violão e aí começou a vir a música e aí eu parei de testar o microfone e fui fazer a música, e depois voltei pra testar o microfone.
Tematicamente, o disco fala bastante da passagem do tempo, né? Desde a primeira música, Minha Juventude Acabou, até o final, só que não necessariamente de um jeito negativo. Mais como alguém que pensa no futuro enquanto olha pro passado. É viagem minha ou é isso mesmo?
É um pouco assim, cara, música é um negócio muito… né? Tipo, como é que eu vou dizer que a interpretação da pessoa não tá certa? Se você colocar uma música minha numa questão de vestibular, muito provavelmente eu vou errar também, eu não vou saber.
Muitas vezes a galera acha que a gente é dono da obra, mas, na verdade, a gente não é, a gente só escreveu e, enfim, existem várias interpretações. Essa é uma delas e eu acho válida também. Eu acho que o disco tem uma veia cômica assim, sabe? Que é algo que eu venho desenvolvendo já há algum tempo, que é coisa da idade mesmo.
Ele fala sobre uma passagem do tempo, mas ele não fala do envelhecimento em si. Ele fala do tempo como curso das coisas. Não é linear esse tempo, ele fica indo pra vários tempos assim, o disco, né? E é isso, eu falo com humor sobre, não necessariamente só sobre a passagem do tempo, mas sobre diversos momentos de vida. Eu acho que eu falo mais sobre o mundo do que sobre o tempo, talvez, neste disco. Falo mais sobre o que tá fora do que o que tá dentro da minha vida.
Óbvio que eu, como sou muito fã de compositores que escrevem cotidiano e que escrevem coisas e que criam mundos a partir de situações e experiências vividas, experiências próprias da vida, confessionais, como, sei lá, Bob Dylan, John Lennon, enfim, Caetano, Gil — eu não tô me comparando com esses caras, não, só tô falando que eles são uma referência, obviamente. São compositores que eu sempre escutei e que me agradam mais do que alguns outros e tal — óbvio que tem alguma coisa ou outra mais confessional que fica misturada com a narrativa de cada canção.
Tem passagem do tempo, tem a forma de falar de amor fraterno, tem a forma de falar de amor entre duas pessoas, o amor carnal, o amor espiritual também, enfim, fala de mundo, fala de algoritmo, fala de uma porrada de coisas.
E você pode falar um pouco das participações especiais também? Tem o Eric Slick [em Spaceships] e a Silvia Machete [em Vida de Casal] em duas músicas que, inclusive, você canta em outras línguas. Como foi esse processo?
Eu acho que foi, até um ponto… eu não gosto muito de feat, não, eu não gosto de feat em disco. Geralmente, quando tem feat em disco, eu nem escuto, pulo, sempre ouvi disco sem feat, né? E nesse disco eu acabei tendo duas participações. Eu acho que é uma forma de me sentir mais seguro também, cantando em outras línguas, chamando alguém pra dividir comigo, mas, na verdade, não foi premeditado demais, não. Foi uma questão de necessidade.
O lance do Eric é que, tipo assim, eu sou muito fã do Eric Slick, o som dele de bateria é um dos sons que eu gosto mais, assim, eu acompanho a carreira dele há muito tempo como baterista do Dr. Dog, ele tem uma carreira solo também, onde é muito feliz nas músicas. É um cara que escreve muito bem, as letras são boas, são bem humoradas, ele é um cara cômico.
Ele já gravou com a Taylor Swift, enfim, é um baterista muito requisitado nos Estados Unidos e eu conheci ele através da internet mesmo, Instagram e tal, e aí a gente começou a conversar ali e ele falou que gosta muito de música brasileira, que ele gosta muito de Gal Costa, que ele ia no show de Gal Costa e ela acabou falecendo, e eu falei “ah, então, deixa eu te contar uma parada, Gal Costa já gravou música minha”, ele falou, “pô, que é isso”, e não sei o que.
Aí eu falei pra ele que eu era da Maglore, uma banda do “meio stream”, que a gente chama. Não é mainstream, nem é underground, é tipo o meio do caminho. Aí eu expliquei pra ele tudo, eu falei, inclusive, “eu tô fazendo disco, tô até compondo uma música em inglês”. Ele falou assim: “deixa eu ouvir”, e aí ele ouviu e falou “ah, vamos colaborar, vamos fazer um feat nessa música”.
A música não é em inglês por causa do feat? Ela já era em inglês antes?
Ela já era em inglês antes, eu compus em inglês. Eu compus essa música já tem um tempo, e a letra eu ficava revisitando, porque eu ficava com insegurança, né? Mas a minha primeira banda foi uma banda grunge onde eu compunha em inglês, assim, com uns 13, 14 anos. Era uma banda de rock, eu vim do grunge, depois é que eu fui ficando almofadinha, com um negócio de MPB e bossa, etecetera, que é um negócio que me encanta também, mas a minha formação é no grunjão, assim, sabe?
Acabou que, tipo, escrevi a música e foi uma forma, também, de chamar ele. Chamar não, que é ele que se chamou (risos), e aí eu falei “pô, eu não vou negar um feat de um cara que fala inglês, canta em inglês, é meu ídolo e só vai somar aqui”, né? E aí foi massa pra caralho!
E com a Silvia Machete foi parecido?
Com a Silvia Machete foi mais ou menos parecido. Eu comecei a escrever em espanhol porque eu achei que é uma letra meio pomposa, assim, a parte em espanhol. Mas é porque em português estava mais ainda. Eu ficava meio… tipo, não tá indo pro lugar que eu quero em português, o fonema não fica bonito, a palavra da harmonia não tá… não tô me encantando com isso ainda, e aí eu comecei a escrever em espanhol. Mas a música tem dois tons diferentes de voz, né? Tanto é que, quando eu comecei a fazer ela e a ensaiar pra gravar, eu fazia a voz mais aguda e a voz mais grave e em determinado momento eu comecei a achar um pouco esquizofrênica a coisa, sabe?
Como se estivesse cênica demais a música. Eu estava fazendo duas vozes muito distintas, né? Ainda mais uma voz que você pode simular, entender, interpretar que é uma mulher ali, e aí, porra, é esquisito.
Aí eu vou chamar a Silvia, porque Silvia já tinha feito aqui comigo um feat de um disco em homenagem a Gilberto Gil, vai sair agora, semana que vem [O disco Raça Humana – Reloaded, em que vários artistas recriam o álbum de 1984 de Gil]. Aí eu falei: “pô, Silvinha, já que você tá aqui, vamos fazer esse feat, vamos fazer esse disco, essa participação comigo, você canta espanhol?” Ela fala que canta, mas na verdade não cantava espanhol, ninguém fala espanhol, nem eu, nem ela, nenhum dos dois fala espanhol, e aí mandamos um espanholzão lá!
Você falou essa questão da língua, de ser mais pomposo e tal. A música em inglês, Spaceships, a letra dela é uma das mais melancólicas do disco. Isso tem a ver com a língua também ou não?
Não… eu não sei. Nesse disco rolou umas coisas meio… tipo, eu comecei escrevendo sobre um tema e, durante o próprio tema, eu fugi dele, durante a própria canção, e eu obedeci a isso aí, eu não forcei. Eu nasci pra você foi uma música que começou acidentalmente assim, depois eu percebi que eu estava fazendo uma música utilizando muita metalinguagem, para descer o pau na sociedade enquanto eu entrego um refrão pra galera ouvir, aí eu fui curtindo isso aí.
Em Spaceships também aconteceu isso. Era uma música que falava sobre a pressa mesmo, tecnológica, de a gente estar almejando alcançar Marte enquanto o mundo tá acabando ao mesmo tempo, eu fiz um paralelo disso com o final de um relacionamento, de você ir tão longe com alguém e ao mesmo tempo estar dizendo um adeus, sabe?
Aí ela ficou com essa carga meio tristonha mesmo, ela tem essa vibe mais deprê, né? Até a harmonia dela, se você colocar, essa harmonia clássica, várias músicas têm essa harmonia, né? Creep, do Radiohead, tem também. Creep é uma das músicas mais tristes do mundo, né?
O refrão me lembrou bastante Oasis também, um Oasis com bossa nova, não sei.
É, tem, tem também, tem o Oasis, tem um Radiohead ali, a progressão é um Radiohead, mas o Radiohead também roubou de outros artistas, então é isso!
Bom, a gente falou bastante da colaboração, né? Você citou a Gal Costa, muita gente já cantou músicas suas. Tem algum artista vivo que ainda não cantou uma música sua e você queria que acontecesse?
Rapaz, tem vários, se é pra sonhar, tem!
Mas tem algum que você possa citar?
Ah, tem Caetano, Gil, tem muito artista. Mas é porque Caetano e Gil cantarem uma música minha não faz muito sentido, já que os caras são os maiores compositores do mundo. Bom, mas o Erasmo também cantou uma música minha, então é possível, vamos ser sinceros, o Erasmo é… [um grande compositor]. Sei lá, o Paul McCartney (risos), se é pra ir longe, vamos o mais longe possível!
[A música] Coisa Boa, desse disco, tem bastante de Gil, né?
Ah, com certeza. Não tem como fazer um disco sem colocar um pouco de influência de coisas da Bahia, né? Eu sou de lá e Gil tem… Coisa Boa é uma música que é muito Expresso 2222, sabe? Que é um disco de rock do Gil, né? É um rock brasileiro.
Muitas vezes, quando as pessoas imaginam o rock, sempre vai na mente muito americanizado, o público brasileiro tem esse problema de reconhecer o que é rock brasileiro, porque, geralmente, só aceita mais o rock quando ele é mais americanizado, né?
O Brasil é um dos pouquíssimos países onde a linguagem musical é dominante. Eu tenho essa visão, posso estar sendo extremamente equivocado, mas a musicalidade brasileira é dominante, as referências que vêm de fora não dominam a cultura, a forma de se fazer música, como, por exemplo, nos outros países. Quando você escuta uma banda de rock alemã, ou francesa, ou italiana, você não vê tanto a cultura, só o idioma, mas você não vê a identidade musical ali misturada com o rock and roll. Você não vê uma fusão de coisas ali.
A mesma coisa o rock coreano, etecetera e tal, de outros países, até mesmo o argentino, apesar de ter uma linguagem muito foda também, o rock argentino, mas é porque o Brasil é musicalmente muito distinto pelo tamanho do país, né? Então, obviamente você mistura. Mas eu não sei nem porque eu tô falando isso, viu? Porque não tem nada a ver [com a pergunta].
(Risos) Rendeu bastante, isso que importa! E falando sobre a sua carreira, como você vê essa evolução musical que você passou? Cada vez você foi incorporando mais elementos brasileiros, né? Eu já vi você falando que não gosta muito do primeiro disco da banda [Veroz], como você enxerga isso hoje?
É, não é que eu não goste, é que não é mais eu, né? Então ele tá cada vez mais distante, você vai se tornando outra coisa e o som do disco é muito diferente do que costumo fazer e costumo ouvir hoje.
As músicas são músicas que fiz quando tinha uns 15, 16 anos, para mim elas soam ingênuas, só que, ao mesmo tempo, foi o disco que me jogou no mundo, que me ajudou e ajudou as pessoas a me ajudarem, a me ouvirem. Então sou agradecido, às vezes, mais pelo primeiro disco do que pelos outros.
Teve um lance também dessa coisa do primeiro disco que foi uma ruptura muito grande para mim. A gente era muito criticado na época em Salvador, né? “Casa de ferreiro, espeto de pau”. Então você tinha que provar muita coisa ali, e eu acabei ouvindo muito as críticas, assim, da galera, e do segundo disco [Vamos pra Rua] em diante eu… enfim, eu não quis repetir nada do que tinha no primeiro. Eu não me arrependo, não, mas demorei de amadurecer esse lance de ouvir crítica, assim, sabe?
Eu deixei o negócio me abater ali no segundo disco, talvez algumas coisas do segundo disco eu até forcei para ficar mais anticomercial, mas, ao mesmo tempo, o segundo disco me deu uma música que a Gal regravou anos depois [Motor], então, tipo assim, tudo acontece por algum motivo nessa porra mesmo, né? Enfim, é isso.
E esse novo disco vai gerar uma turnê? Eu vi que tem um show marcado em São Paulo já, vai para outras cidades ou não?
Cara, é necessária uma demanda suficiente, porque assim, uma coisa é banda, outra coisa é solo. Eu não sou rico e é difícil bancar tudo de forma independente, como eu já banquei no disco. Então a gente vive hoje em um mercado difícil de lidar com shows e eu gosto de fazer as coisas com um certo padrãozinho de qualidade, fazer direito, ter um bom som, tem essas coisas. Você vai ficando velho e vai ficando chato.
Quero muito chegar nas outras cidades, mas vai depender da galera ouvir esse disco mesmo e pedir esse disco nos lugares, os contratantes toparem e haver lucro das duas partes, não só do lado deles, mas da minha parte também. O ingresso não pode ser muito caro, bom, estamos idealizando aqui o cenário perfeito, mas enfim, é isso.
Falando do ao vivo, a gente aqui do Blog n’ Roll é de Santos. No caso, você passou com a Maglore em Santos uma vez, que eu me lembre foi uma vez só, não? [ERRATA: Na verdade a Maglore tocou duas vezes na cidade, uma em 2023, no Sesc Santos, e outra em 2019, no Boteco do Valongo].
É, foi pouco.
Tem alguma lembrança desse show, ou não?
Não lembro muito dele não, viu? Quando é muito tarde assim tenho dificuldade de lembrar, acho que foi 1h30 da manhã esse show, e aí, tipo, não faço ideia do que ocorreu nesse dia em Santos. Mas lembro de ter gostado muito, tipo, a gente deu um rolezão na cidade antes, é cidade com praia, né? Então já me leva um pouco mais pra Salvador.
Mas tenho uma relação ótima com a galera de Santos também, o Bola do Zimbra é um cara que a gente conversa bastante, um cara muito gente boa, que é… tipo assim, ali também é na raça, né, velho? Ganhando a vida ali, com as músicas bonitas pra caramba, tocando bastante, rodando o Brasil e fazendo eles por eles mesmos, não tem ninguém por trás, não tem ninguém ajudando. É foda, a galera às vezes não percebe que esse caminho é praticamente impossível e os caras realizam também, né? É massa.
Bom, Teago, eu tenho mais uma pergunta, um pouco mais filosófica. Você termina esse disco falando que a felicidade é um caminho e que vai morrer tentando ser feliz. Quão importante é essa tentativa de ser feliz e quão difícil é achar esse caminho em 2025?
Cara, eu acho que o mundo tá foda, né? Vamos ser muito sinceros, o mundo já foi melhor do que agora, e se você falar que foi melhor há muito tempo atrás, eu vou até discordar, porque até uma década atrás estava melhor, sabe? O mundo deu uma degringolada e essa música não fala necessariamente desse tempo, de agora, mas também se encaixa, né?
Acho que “vou morrer tentando”, o ser feliz eu enfatizo no final que vou, porque acho que o grande desafio hoje do ser humano é se sentir feliz, né? Porque ser feliz é difícil mesmo. Você ser feliz, você só pode falar isso quando você tiver vivido a vida quase toda, tipo assim, “sou feliz”, sabe? Porque felicidade é o percurso mesmo, sacou? Não é tipo assim: “agora eu sou feliz”, não, amanhã você não é mais, né? Felicidade é um grande percurso da vida e esse caminho é que tem que te deixar feliz.
É por isso que eu fiz essa música, porque é um estado de espírito que você tem que construir ao longo da vida. O mundo vai te apertando a partir do momento que você vai envelhecendo, é óbvio que quando a gente tem 20 e poucos anos, a gente tá cagando pra isso, né? Porque, enfim, não dói ainda, né? O mundo dói menos quando você tem 22, 23 anos, e você acaba não prestando atenção.
À medida que o tempo vai passando, você vai vendo que você tem que se defender do mundo de alguma forma, e a melhor forma de se defender do mundo é buscando ser feliz, sabe, ser feliz nas suas escolhas.
Não é questão de ser impossível, mas é… enfim, é papo de doidão da porra, né? (Risos).