Quem também esteve no palco Balaclava, inaugurando os trabalhos do mesmo, foi o contemporâneo Geordie Greep. Ex-vocalista da extinta Black Midi, o britânico, que lançou um dos melhores discos de 2024 (The New Sound), levou sua banda brasileira para apresentações no país, incluindo outro show em São Paulo durante a semana.
De pouca conversa, mas muita musicalidade, Greep expôs seu art-rock jazzístico, mas com o peso do indie-rock que já o acompanhava na sua antiga banda. A diferença agora é que se notam camadas de outras influências, como da música brasileira e latina como um todo. Talvez tenha vindo daí a decisão de Greep em seguir voos solos e incorporar novas possibilidades para seu som, sem precisar da aprovação de seus antigos companheiros.

E é aí que sua banda brasileira de apoio enriquece essa exploração sonora. Além de Greep na guitarra e na voz, os sons de teclado, baixo, bateria e percussão tornaram a experiência no Tokio Marine um show de improvisos e espontaneidade musical, em que o repertório alternava entre faixas puramente instrumentais e outras que se desdobravam em extensas jam sessions.
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Fica difícil enumerar ou definir os gêneros explorados durante a apresentação, já que a mistura, de alguma forma, soava agradável e única para os presentes no festival. Greep mostra, também ao vivo e solo, que continua sendo um grande expoente do rock atual, e que tem muito o que mostrar mesmo sem o restante do Black Midi.