Prêmio Rock Show anuncia vencedores nesta sexta-feira; Shows rolam no Portuários

Prêmio Rock Show anuncia vencedores nesta sexta-feira; Shows rolam no Portuários

Por Carlota Cafiero

O circo do rock está armado e vai pegar fogo! Com cenário e atrações inspirados na arte circense, hoje tem a sexta edição do Prêmio Rock Show, que deve atrair 8 mil pessoas para o seu picadeiro na Associação Atlética dos Portuários de Santos (Rua Joaquim Távora, 424), onde tocam as bandas Malta, Forfun, Haikaiss e Sugar Kane, a partir das 19 horas.

Também vão ser anunciados, no evento, os grupos vencedores entre os mais de 30 que concorrem nas categorias nacionais e regionais. Os ingressos (à venda no Compre Ingressos) vão de R$ 30,00 a R$ 100,00 e a meia-entrada é garantida a quem levar um quilo de alimento não perecível.

Uma novidade do processo de escolha das melhores bandas é que, além do Júri Popular, que votou pela internet, as candidatas passam pelo crivo de um Júri Oficial, formado por profissionais que selecionam entre aquelas mais votadas pelo público.

A ideia para a formação de um corpo de jurados partiu do repórter de A Tribuna e editor do Blog’n’roll, Lucas Krempel. “Dá mais credibilidade ao prêmio ter um júri formado por especialistas que podem apontar os melhores em cada categoria. Na votação apenas pela internet, o cara com mais tempo livre tem mais chance de ganhar, pois fica o dia inteiro votando”, diz o jornalista.

Os demais jurados são o produtor Tadeu Patolla (Charlie Brown Jr., Aliados, Strike e outras), o diretor artístico Marcelo Shida (Showlivre), a radialista e apresentadora Luka (Rádio Rock 89 FM), o diretor de redação Will Batera (do portal Rock de Verdade), o produtor de eventos Celso Bernardes (Rock Show e Zero 13 Produtora) e a empresária Samantha Jesus (Zero 13 Produtora).

Entre as bandas que concorrem nas categorias regionais estão: Cabana Jack (Reggae, Revelação e Clipe do Ano), Zimbra (Disco do Ano – EP), Bayside Kings (Independente) e Martin (Som Original).

Para Krempel, um dos destaques do prêmio é a diversidade sonora: “Há uma variedade bem grande de estilos. As bandas não seguem uma tendência só para o metal ou hardocore. Tem do pop rock da Zimbra ao hardcore pesado, estilo novaiorquino, do Bayside Kings. Isso é prova de que vivemos um momento rico da cena roqueira na Baixada. Lembro que, nos anos 90, só tinha banda de hardcore em Santos”.

Sem mediação
Will Batera compartilha da opinião de Krempel: “A cena de hoje está excelente porque, mesmo no movimento underground, uma banda boa tem chance de se destacar por causa da internet. As bandas independentes criam seus próprios canais de divulgação e o público segue, sem mídias tradicionais mediando essa relação”.

Porém, ele ressalta que também existe qualidade nas bandas mediadas pela televisão, e cita como exemplo a Malta (vencedora do programa Superstar, da Globo). “Isso é bom, porque é um grupo de rock’n’roll bem-sucedido”, considera.

Som original
A banda santista Martin concorre pela segunda vez ao prêmio, desta vez, na categoria Som Original. “Ficamos felizes com a indicação, ainda mais do que no ano passado, quando concorremos como Revelação, pois queremos soar originais”, diz Rafael Melo (voz e guitarras), que toca ao lado de Paulo Maluza (guitarras), Vinicius de Paula (contrabaixo e segunda voz) e Lucas Gonçalves (bateria).

O conjunto acaba de lançar o primeiro álbum, Valongo. “Além do bairro, é o nome com que ficou conhecida a primeira estação de trem do Estado de São Paulo”, conta Rafael.

(*Reportagem publicada em A Tribuna nesta sexta-feira, dia 21 de novembro de 2014)