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Romper Stomper #12 – Diretores de videoclipes – Jonas Akerlund

Todo diretor de cinema acaba sendo conhecido por suas características. No mundo do videoclipe, não é diferente. Você pode ser fanfarrão como Spike Jonze, ser lisérgico como Michel Gondry, mas cadenciar entre o gótico, o polêmico e o pop, só Jonas Akerlund consegue.

Jonas Akerlund nasceu em Estocolmo, Suécia, e devido à crescente do doom e black metal na região, fez parte do Báthory, banda que é considerada uma das percursoras do estilo, e responsáveis por criarem o viking metal. Jonas foi baterista da banda entre 1983 e 1984, e gravou o primeiro disco da banda, o homônimo de 1984.

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Em 1985, Akerlund deixou a banda para estudar cinema, e após se formar começou a dirigir clipes para as bandas de black metal que era amigo, entre elas o Candlemass. Por seu estilo obscuro, Jonas começou a ganhar notoriedade em clipes na Suécia, o que chamou a atenção do Roxette para contratá-lo. Akerlund produziu ao todo cinco clipes para o duo, o que fez com que seu nome rodasse a Europa na metade dos anos 1990. Mas antes de sair da Suécia o diretor lançou seu primeiro sucesso videoclíptico.

Esse clipe do Cardigans se tornou um verdadeiro hit, e foi importantíssimo tanto para Jonas quanto para a banda, que fez um grande sucesso na época.

As portas se abriram para Jonas, artistas como Moby, Prodigy, Metallica Madonna se interessaram pelo trabalho do sueco. O primeiro trabalho com a Rainha do Pop foi Ray Of Light, clipe que Akerlund ganhou seu primeiro Grammy por melhor vídeoclipe em 1998, além sete VMA’s na MTV americana.

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Jonas Akerlund participou também de uma fase muito importante na carreira do U2. Após os fracassos de ZooropaPop, a banda gostaria de uma identidade visual remodelada para All That You Can’t Leave Behind, e o cara mostrou serviço em belíssimos clipes de Beautiful DayWalk On.

Com a virada do milênio, a carreira de Jonas decolou. Artistas como Paul McCartneyChristina Aguilera Lenny Kravitz turbinaram seu currículo, e mais uma vez Madonna o procurou.

Em meio ao “boom” da guerra do Iraque a impopularidade do presidente americano George W. Bush foi lançado o clipe de American Life, um verdadeiro tapa na cara da sociedade americana e como a cultura de guerra estava prejudicando o mundo. Infelizmente o vídeo foi exibido uma única vez, de forma simultânea nas MTV’s de todo o mundo, depois disso foi censurado por ser considerado “ofensivo”.

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Essa não foi a primeira vez que Jonas Akerlund aproveitou sua obra para criticar assuntos relacionados à cultura e o modus operandi da sociedade em geral. Com Christina Aguilera e o emocionante clipe de Beautiful, Jonas abordou as pessoas que sofrem rejeição dos padrões estéticos, posicionamentos sexuais e preconceitos em geral.

A polêmica voltou à carreira de Jonas quando o mesmo foi convidado pelo Rammstein a produzir seu novo clipe. Para o vídeo de Pussy, o roteiro foi baseado em um filme pornô. Muita gente pensou que seria algo que incitasse, ou que fizesse lembrar, mas se tratando de Jonas Akerlund e Rammstein, você pode se esperar o contrário, e foi feito um filme pornô real em que a banda atuou.

Obviamente, a ideia foi considerada de extremo mal gosto e o vídeo nunca se quer foi exibido em nenhum lugar, nem no YouTube, porém você consegue encontrar o clipe em sites especializados na categoria.

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Diferente dos outros diretores de videoclipe que partem para o cinema em determinado ponto de sua carreira, Jonas Akerlund preferiu continuar dirigindo clipes. Sua ótica obscura e controversa se fazem necessária e quebra os paradigmas do que se é considerado normal nos tabus do mundo do vídeoclipe.

Não esqueça de conferir outros clipes feitos por Jonas Akerlund.

 

Moby – James Bond Theme:

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Metallica – Whiskey In The Jar:

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Jamiroquai – Canned Heat:

The Smashing Pumpkns – Everlasting Gaze:

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Blink – 182 – I Miss You:

 

 

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