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Microfonia #19 – Conheça o skapunk d’O Leopardo

Falar rock independente, da cena underground, das bandas novas e de tudo o que “você ainda não ouviu” pode parecer uma tarefa simples, afinal: “Olha quanta banda tem aqui nessa cidade!”. Mas quando a gente se propõe de fato a entender o cenário musical da nossa época, é preciso pensar fora da caixa e, consequentemente, cruzar algumas fronteiras e pedágios. Por isso, nesta semana, saio (mesmo que virtualmente) do Rio de Janeiro e vou para Belo Horizonte falar de ska.

Recentemente conheci o trabalho d’O Leopardo, banda relativamente nova da capital mineira que faz um resgate bem interessante do clássico ska punk. O gênero, pra você que mora debaixo da pedra igual o Patrick Estrela e ainda não ouviu, é uma fusão de um dos pais do reagge, o suingado ska, com o som cru, objetivo e minimalista do punk.

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Foto: Rafael Lanna

Na verdade, vale lembrar que no fim dos anos 70, a chegada dos ritmos jamaicanos na Europa fez com que todo mundo quisesse colocar um pouquinho daquele som ensolarado na sua própria banda. Desde Rolling Stones, ao caso clássico do nascimento do The Police, até mesmo as bandas punks como Sex Pistols e o The Clash.  Nos Estados Unidos, a onda deu origem a uma galera mais bem humorada, irreverente… mas nem por isso menos crítica. Alguns dos nomes mais famosos são o Reel Big Fish e o Rancid.

Aí você me pergunta: “Mas porque toda essa aula, Isabela?”. Porque eu acho que O Leopardo tem um pouco de todas essas fases. É muito inspirado na sonoridade californiana, tem o “carisma popular” do Police, mas é sujo e cru como a primeira fase lá dos tempos do The Clash. O que, inclusive, justificaria o sucesso da banda entre os punks de hoje!

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Fotos: Rafael Lanna

Mesmo com toda essa bagagem, ao ouvir seu primeiro EP, que recentemente completou 1 ano, a gente sente que a banda é muito atual. Com 6 faixas autorais cantadas em português, grito exaltado do vocalista Bruno Moreno, também responsável pelos solos de guitarra, se soma ao baixo dançante de Filipe Otacílio, à levada de guitarra ska de Tomaz Petrillo tudo em total sintonia com a bateria de Lucas Moura. O resultado é eletrizante! Particularmente, recomendo a faixa de abertura, “Diamante Negro”, a divertida “Dança da Dislexia” e a nova melô do seu verão, “A Festa Na Piscina”.

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Claro que tem muito a oferecer, progredir e criar. E esse é o bom de conhecer a banda no início: A gente sempre fica na expectativa do que vem a seguir!

Se assim como eu, você também não quer perder esses caras de vista, fica ligado no facebook, no twitter ou no site da banda pra saber das novidades, da agenda de shows, e dos lançamentos. Ahh, e pode ficar tranquilo que esse EP está disponível para streaming em todos os apps possíveis e imagináveis!

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Agora é só cruzar os dedos e torcer pra que eles cruzem o pedágio (literalmente) e venham tocar aqui no Rio de Janeiro!

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