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Som na Vitrola - Victor Persico

Som na Vitrola #15 – Pepe’s Top 5 Soundtrack 2016

E chegamos à publicação de número 15, a última de 2016. Este ano vai terminar, vou colocar a mão na cabeça e falar “Rapaaaaz…“, porque Ô ANOZINHO!

Mas esse ano do cacete teve muita coisa boa, bandas e artistas lançando discos a rodo. E claro, fui atrás de todos para ouvir, mas tem cinco que ficaram no coração e ainda dou aquela escutada de tempos em tempos para matar a abstinência.

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Obs: Não estão em ordem de preferência.

David Bowie – Blackstar

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2016 começou com um famoso “Eu dou com uma mão e tiro com a outra”. O Bowie lança Blackstar no dia de seu aniversário e logo em seguida, dois dias após o lançamento, entra dentro de sua espaçonave, para virar um cara das estrelas e ver se tem vida em marte.

O disco já abre com Blackstar, uma mistura de jazz, experimental, art rock. O clipe de dez minutos, com Bowie cantando, dançarinos e um crânio cravejado dentro de uma roupa de astronauta (uma alusão ao personagem Major Tom da música Space Oddity), chega a ser algo, para quem não está familiarizado com o movimento artístico que explodia no músico, difícil de interpretar.

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Lazarus também foi um dos destaques do álbum, pelo clipe lançado um dia antes de sua morte, mostrando um David Bowie envelhecido, maltratado pela doença, em uma cama de hospital e com um personagem novo: Button Eyes. O clip termina com o músico entrando dentro de um armário e fechando. Se retirando de cena. Na Bíblia diz que Lázaro ressuscitava em quatro dias. Esperei esses quatro dias, e nada. Eu ainda espero.

David se despediu de todos nós de um modo magnífico e digno de sua genialidade.

Elton John – Wonderful Crazy Night

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Fevereiro entrou e Elton John lançou novo disco. Todos sabem a minha idolatria pelo cara. Posso dizer que, dentro da barriga da minha mãe já estava ouvindo. E o cara continua dando uma lavada em muita bandinha que tem por aí.

Minha expectativa vendo as notícias foi gigantesca, com elas dizendo que “Ele voltou ao rock que ele fazia nos anos 80 e 70”. Mas não. Foi um pouco menor do que eu achava, mas continua sendo um álbum de rock. Ele não voltou exatamente ao que era na década de 70 ou 80, mas comparado ao seu último álbum, The Diving Board (2013), o rock n’ roll ainda incendeia em suas mãos.

E sim, Elton John é rock. Se está duvidando, vá ouvir os álbuns Captain Fantastic and The Brown Dirt Cowboy, Rock Of The Westies e Goodbye Yellow Brick Road.

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Ace Frehley – Origins. Vol 1

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Em abril, o Spaceman do KISS, lançou mais um álbum solo. Origins é uma homenagem para as bandas da década de 70, que acabaram sendo influência ao Ace Frehley.

Com covers de Thin Lizzy, Stones, Hendrix e Kiss e participações especiais de Lita Ford, Slash, John 5 e Paul Stanley. Sim, Paul Stanley! Os caras vivem se cutucando em entrevistas e resolvem cantar Fire and Water, do Free, e um clipe. Sabe o quanto isso acende as chamas no coração de toda a KISS Army por uma reunião? Ao mesmo tempo que é algo lindo e maravilhoso, acaba sendo uma chateação por não anunciarem algo novo.

Enquanto isso, pegamos esse álbum, que está melhor que o último do KISS, e aumentamos o volume !

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Eric Clapton – I Still Do

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Clapton is God. Sim, o cara continua sendo uma lenda, mesmo com todos os problemas de saúde que ele enfrentou durante o ano. Esse disco acabou entrando no coração, porque Clapton se mostrou um às na guitarra por fazer algo que muitos guitarristas não fazem: tocar devagar. É verdade! Miles Davis já falava que “Pouco é muito” e esse disco é assim.

Doze faixas na cara, com momentos altos e alguns até meio baixinhos que você acaba aprendendo a gostar. Catch The Blues, Spiral e I’ll Be Alright ficaram na minha playlist por seis meses.

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Sério, não tenho muito o que falar sobre esse álbum. Vão pro spotify e liguem, de preferência no final de tarde.

Sting – 57th & 9th

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Esse álbum me surpreendeu. Quando eu olhei que ele havia lançado o single e tava no spotify eu já pensei “AAAAAh, lá vem o Sting com aquelas músicas de elevador”. Dei o play. A música começou. E eu fiquei “AEEEHOOO, ELE VOLTOU CACETE!”. Sting é rock n’ roll, e não aquelas músicas feitas para dar uma sonequinha no meio da tarde – fiz bastante isso.

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57th & 9th foi o empurrão que fez todos os fãs do Police darem aquele sorrisão. E dia 6 de maio vai ter show do cara no Allianz Parque, em São Paulo. Então se preparem que a turnê deste álbum vai ser pra pular, gritar, cantar junto e curtir!

Um ótimo disco para começar o dia. Sting levanta a moral de qualquer pessoa.

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