O que você está procurando?

Mundo Extremo - Cláudio Azevedo

Resenha – Firepower – Judas Priest


CLÁUDIO AZEVEDO

E os monstros britânicos do heavy metal estão de volta, 4 anos após o ótimo Reedemer of Souls (2014). Firepower, nova pedrada dos rapazes – o segundo com o guitarrista Richie Faulkner, substituto do eterno KK Downing – chega como o melhor lançamento de 2018 até aqui. O que, convenhamos, não é nenhuma novidade em se tratando do Padre Judas. Afinal, fora um ou outro trabalho que divide as opiniões de seus seguidores,  é uma banda que possui uma discografia irreprensível, acima de qualquer suspeita. Mesmo a fase com Ripper Owens tem seus bons momentos, bem como o controverso Turbo (1986).

A exemplo da capa, que é apenas a de Screaming For Vengeance (1982) atualizada, todo o conteúdo do álbum pode ser encarado como uma viagem no tempo, isto é, o ouvinte encontrará elementos de todo o extenso catálogo dos ingleses. O ritmo talvez tenha dado uma diminuída, seja pela idade ou o que for, assim como o “Metal God” Rob Halford está um pouco mais contido naqueles potentíssimos agudos do passado, mas isso se trata de um mero detalhe, pois todas as músicas de Firepower são de fácil digestão, auxiliadas pela excepcional produção de Andy Sneap, que aliás sairá em turnê com a banda no lugar do adoecido Glen Tipton. O quão estranho será ver o Judas no palco sem uma das mais incendiárias duplas de guitarristas da história da música?

Continua depois da publicidade

Em suas 14 faixas, a máquina inglesa nos brinda com hinos do porte de Lightning Strike – seu refrão não sairá da mente do ouvinte por muito tempo -, Never The Heroes, calcada num andamento que lembra Worth Dying For, de Angel of Retribution (2005), as belíssimas baladas heavy Rising From Ruins e Sea of Red, a rápida faixa título, as  tradicionais Flame Thrower e Traitors Gate, e a mais “diferente” do álbum, a “sabbathiana” Lone Wolf. Todas excepcionais canções, que em muito acrescentarão na nova turnê do grupo. Para se ouvir de novo e de novo, e esperar que não seja o último ato da carreira dos sacerdotes. E não poderíamos deixar de mencionar a espetacular atuação de Glen Tipton, que talvez não volte mais ao seu posto de guitarrista do Judas, mas que em Firepower mostrou mais uma vez do que é capaz, assim como Faulkner, que realmente trouxe um novo fôlego ao conjunto. Matador!

Firepower
Ano de lançamento: 2018
Gravadora: Sony Music

Formação:
Rob Halford (voz)
Glen Tipton (Guitarra)
Richie Faulkner (Guitarra)
Ian Hill (Baixo)
Scott Travis (Bateria)

Faixas:
1-Firepower
2-Lightning Strike
3-Evil Never Dies
4-Never The Heroes
5-Necromancer
6-Children of The Sun
7-Guardians
8-Rising From Ruins
9-Flame Thrower
10-Spectre
11-Traitors Gate
12-No Surrender
13-Lone Wolf
14-Sea of Red

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

COLUNAS

Advertisement

Posts relacionados

Mundo Extremo - Cláudio Azevedo

Pareceu uma eternidade desde o lançamento de Gods of Violence (2017), último álbum do Kreator. De lá para cá, o mundo passou por diversas...

Mundo Extremo - Cláudio Azevedo

Os gregos do Septicflesh podem ser considerados uma das mais bandas originais do cenário extremo. Sua precisa mistura de death com partes atmosféricas e...

Mundo Extremo - Cláudio Azevedo

Os americanos do Misery Index podem não ser tão populares aqui no Brasil, mas é uma das melhores bandas podronas do mundo atualmente. Exagero?...

Brasil Extremo

Quem acompanhou o cenário nacional no final dos anos 1980 e início dos 1990, com certeza lembra dos mineiros do The Mist, banda liderada...

Publicidade

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados

Desenvolvimento: Fika Projetos