Grande expoente do indie nacional contemporâneo, a banda baiana Vivendo do Ócio será atração no palco do Boteco Valongo, em Santos, neste domingo (29). O evento tem previsão de início marcada para às 17h e contará, ainda, com a banda conterrânea Canto dos Malditos na Terra do Nunca – com abertura por conta da Supergrave e O Cubo.
O grupo chega ao litoral paulista com uma bagagem recente de dois singles lançados em julho, Il Tempo e Expurgo, canções que devem marcar presença no setlist.
Aproveitando a agenda em Santos, batemos um papo com o baterista Diego Reis, o Dieguito – e, de bônus, com o vocalista e guitarrista Jaja Cardoso.
É a primeira vez da banda aqui em Santos? Vocês têm alguma história/relação com a cidade?
Dieguito: Não é a primeira vez da banda em Santos. Se não me engano, a última vez que tocamos na cidade foi com a Zimbra e foi uma energia absurda. Lembro de ter conhecido eles nesse dia e, de lá pra cá, nossa relação só estreitou. Sempre que posso dou um pulo em Santos; a família da minha esposa é daí e não tem coisa melhor do que dar um rolê de bike na cidade.
Vocês lançaram dois singles recentemente, fato que aquece a expectativa dos fãs pelo quarto álbum. O que o público pode esperar?
Dieguito: Temos bastante músicas, porém ainda estamos em processo de arranjamento. Elas estão vindo numa pegada quente, rock baiano dançante… Acho que o que posso adiantar é isso. (Risos).
Ficar longe dos estúdios não foi uma realidade pra você, que se envolveu diretamente em vários projetos paralelos. Você enxerga alguma influência deles no processo criativo do novo trabalho?
Dieguito: A Vivendo do Ócio é uma banda bem aberta quando o assunto é dialogar com o novo; automaticamente, tudo o que os quatro integrantes vivem fora da banda acaba servindo como influencia também. É uma parada bem natural. O bom da música é isso: a gente nunca perde. Tudo o que a gente vai vivenciando dentro dela só acrescenta em ambos os projetos. Utilizo muito do que aprendi com a VDO em tudo o que faço também.
Vocês atingiram um nível de prestígio irrevogável no cenário nacional. Ainda assim, fugiram do conformismo e lançaram uma música em italiano (Il Tempo). Seria uma forma de pescar um público além dos horizontes brasileiros?
(Foi quando Jajá, subitamente, entrou na conversa).
Jajá: Temos uma ligação forte com a Itália. Os irmãos Davide e Luca têm pai italiano e nós tocamos em 2011 no Italia Wave Love Festival, e com essas conexões fizemos muitos amigos lá. Com certeza o lançamento dessa música pode atingir outros horizontes, mas ela foi feita de um jeito natural, e quando escrevi nem pensava que a gente a tocaria. Foi mais pela satisfação de escrever numa língua que tenho muito apreço. Tive a oportunidade de estudar um ano de italiano, então consegui executar uma ideia guardada há muito tempo.
Qual a expectativa de vocês para o show deste domingo?
Dieguito: Show quente! Ainda mais porque estamos bem acompanhados dessa vez, com o Canto dos Malditos na Terra do Nunca. Vai ser a invasão do rock baiano em Santos, cidade que dialoga com o nosso suingue em diversos sentidos e deve entrar na onda fácil fácil.
Os ingressos para o evento estão custando R$ 20,00 e você pode adquiri-los virtualmente (neste link) ou na portaria do Boteco Valongo.
Segue os dois singles lançados esse ano pelo grupo: