Resenha – The Modern Art of Setting Ablaze – Mantar


CLÁUDIO AZEVEDO

Ahh, a boa e velha Alemanha continua nos presenteando com metal da mais alta qualidade. E tem para todos os gostos. De fato, não resta a menor dúvida de que é uma das mecas não só do heavy, mas do rock em geral. Pois é de lá, mais precisamente de Hamburgo, que vem o duo Mantar (“cogumelo” em turco), que liberou agora em 2018 seu terceiro álbum, The Modern Art of Setting Ablaze, sucessor dos fortes Death By Burning (2014) e Ode to The Flame (2016). E, parafraseando seus títulos, o som da dupla é realmente incendiário!

Para quem nunca ouviu, o Mantar  executa um sludge metal visceral, incômodo, barulhento e muito, muito pesado. Uma espécie de encontro entre Crowbar, Black Sabbath, Asphyx e Pentagram. Ou seja, a massa sonora explode em riffs extremamente potentes, grunhidos lentos e a bateria de aço de Erinc. O que não impede que os caras pisem no acelerador em diversas passagens do álbum. Há até um quê de death metal em The Modern Art of Setting Ablaze, cortesia dos vocais do insano Hanno, implacáveis em sua sujeira e agressividade.

Com tudo isso, nós passamos a acreditar que “menos é mais”, e que apenas dois músicos são capazes de produzir o material de extrema eficácia que podemos conferir em faixas como Seek + Forget, Taurus, Dynasty of Nails e Anti Eternia, apesar de todas as 12 músicas funcionarem perfeitamente. Mais pesados que uma mala de martelos e mais sujos do que um pântano europeu, o Mantar merece ser ouvido.

The Modern Art of Setting Ablaze
Ano de Lançamento: 2018
Gravadora: Nuclear Blast

Faixas:
1-The Knowing
2-Age of The Absurd
3-Seek + Forget
4-Taurus
5-Midgard Serpent (Seasons of Failure)
6-Dynasty of Nails
7-Eternal Return
8-Obey The Obscene
9-Anti Eternia
10-The Formation of Night
11-Teeth of The Sea
12-The Funeral