Resenha – Shadows Became Flesh – Mass Infection

Resenha – Shadows Became Flesh – Mass Infection

CLÁUDIO AZEVEDO

Da Grécia vem essa autêntica máquina de matar, perfeita para abrir os trabalhos da Mundo Extremo em 2019. Em seu quarto álbum, Shadows Became Flesh, o quarteto grego promove um genocídio musical nesse que já é um dos destaques do ano. Em seu álbum anterior, For I Am Genocide (2014), parecia que a banda já tinha encontrado seu ponto de equilíbrio, e que estacionaria numa zona de conforto. Nada disso! Shadows Became... traz o Mass Infection mais impiedoso do que nunca.

Com influências descaradas do death metal americano como Deicide, Cannibal Corpse e Hate Eternal, Ominous Prevision inicia o massacre com riffs atmosféricos, criando certa apreensão no ar, de que a chapa vai esquentar em questão de segundos.

Dito e feito, logo a música explode em velocidade e precisão. E logo de cara já temos a chance de conferir as qualidades dos músicos, em especial o animalesco batera Giuliu Galati, que bate como uma locomotiva desenfreada. Os guitarristas George Stournaras (também responsável pelos potentes guturais) e Nick Lytras não economizam nas palhetadas abafadas e solos dissonantes.

Apontar destaques pode ser uma tarefa árdua, mas a já citada Ominous Prevision, a doente Demise of The Almighty, At One With Demons Dreams (que paulada) e Oath To Nothingness talvez sejam as que saltam aos olhos numa primeira ouvida. Altamente recomendável para amantes da podreira. E esperamos ver o grupo em solo brasileiro!

Shadows Became Flesh
Ano de Lançamento: 2018
Gravadora: Comatose Music

Faixas:

1-Ominous Prevision
2-Demise of The Almighty
3-To The Lords of Revulsion
4-Oath To Nothingness
5-Enduring Through The Apocalypse
6-At One With Demon Dreams
7-Spiritual Entropy
8-The Merging of Infinities
9-Shadows Became Flesh