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Skank mescla ‘Os Três Primeiros’ com hits recentes em show gratuito, em Santos

VINICIUS HOLANDA

Atualmente em férias, o Skank interrompe o período de descanso para vir… à praia. O grupo se apresenta domingo (27), na Praia do Gonzaga, às 20 horas, dentro das comemorações pelos 473 anos de Santos. Antes, no sábado, toca no Baile da Cidade. E é bom mesmo os mineiros recobrarem as forças: em fevereiro, retomam a turnê Os Três Primeiros.

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Como o próprio nome indica, o repertório dos shows foca nos três álbuns iniciais da banda: Skank (1993), Calango (1994) e O Samba Poconé (1996) – trilogia que trouxe hits como Homem que Sabia Demais, Jackie Tequila e Garota Nacional, entre outros.

Mas, pelo caráter comemorativo do evento santista, o grupo pretende mesclar sucessos daquele período a outros posteriores. “É o tipo de evento em que as pessoas comparecem esperando cantar e participar. Será um apanhado da carreira”, avisa o tecladista Henrique Portugal. A abertura da noite será feita pela banda santista Aliados, às 17 horas.

Inéditas
A atual turnê resultou no CD e DVD Os Três Primeiros (2018), gravado ao vivo no Circo Voador (Rio de Janeiro). Como atrativo, o grupo incluiu duas faixas inéditas – Algo Parecido e Beijo na Guanabara, segunda canção de trabalho do disco, composta na primeira fase da banda.

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“Rever esse repertório foi um ótimo exercício de memória”, diz o tecladista. “Algumas canções, que foram importantes para nossa carreira, acabaram ficando um pouco esquecidas e para uma nova geração são praticamente novas”.

Essência
E lá se vão 26 anos desde o lançamento do primeiro álbum. O músico afirma, no entanto, que o espírito continua o mesmo. “O tempo acabou nos levando para novas experiências musicais, mas mantivemos a nossa assinatura sonora”.

É fato: do reggae e dancehall do início, o grupo incorporou elementos do rock (notadamente do Britpop) e, mais tarde, se aproximou da MPB, em parcerias com artistas como Nando Reis e Lô Borges. “Nosso público já se acostumou com as mudanças constantes. Isto nos dá liberdade de criação”.

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Henrique não arrisca uma definição para o som que o Skank faz. Mas dá pistas do que considera um álbum revelador nesse quesito. “O Velócia (lançado em 2014) acabou sendo um resumo de todas as misturas que havíamos feito nos anteriores. O desafio é descobrir novos formatos que sejam coerentes com as nossas referências musicais”.

União
Formado em 1991, o Skank manteve a mesma formação ao longo de sua trajetória: além de Henrique, Samuel Rosa (guitarra e voz), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria) seguem tocando o barco. Mas qual o segredo para a longevidade? “Lógico que a música é nosso elo mais forte, mas acredito também em coerência de valores, estágios de vida parecidos e, principalmente, um respeito mútuo”.

Passadas mais de duas décadas e meia, o Skank assistiu do olho do furacão o modo de se consumir música mudar. Segundo o tecladista, nada que cause sobressaltos – basta seguir o fluxo.

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“Começamos na era do vinil e, agora, assistimos à chegada das plataformas de streaming. São novas estratégias, um novo jeito de as pessoas escutarem música”, analisa. “Mas uma coisa nunca vai mudar: o mais importante é a música ser boa e fazer sentido para a vida das pessoas”.

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