Para os fãs mais apurados de blues, o nome de King Solomon Hicks já chegou aos ouvidos. Para os não tão próximos da cena, o novo álbum do guitarrista será uma bela porta de entrada ao blues moderno.
Dono de um currículo invejável, Hicks começou a tocar aos seis anos. Seu som traz um frescor dançante, harmonioso e de sentimentos fortes.
Com vocês, King Solomon Hicks. Aumente o som e confira a entrevista que fizemos com a nova cara do blues.
Carreira
Com três álbuns já lançados, Hicks teve destaques gigantes, logo no início da carreira. Em 2017, se apresentou no KISS Kruise V e no Joe Bonamassa Blues Cruise.
Recebeu destaque no Festival de Blues de Bejar,Blues Cazorla-San Javier na Espanha e também no Jazz Marciac e no Cotton Club em Tóquio.
Além disso, já esteve ao lado de nomes como Tony Bennett, Lee Ritenour, Bruce Springsteen, Savoy Brown, BB King e Elvin Bishop.
Em 2018, abriu para Ringo Starr e Jeff Beck no Holland Internation Blues Festival.
Harlem, o novo álbum
Seu último trabalho de estúdio, o terceiro da carreira, une blues e jazz. Em entrevista dada ao Blog n’ Roll, Solomon conta que foi a primeira vez que trabalhou com um produtor no estúdio.
“Foi uma experiência surpreendente, pois trabalhei com um elenco muito bom. Ryan Zoidis (Alface), Roger Earl (Foghat) e Jeff Simon (George Thorogood) foram alguns dos grandes artistas convidados no álbum”.
Com uma grande carga de sentimento, Harlem surpreende. Como diz o músico, o foco “sempre foi o blues e soul. Mesmo quando comecei a tocar guitarra, sempre fui atraído por músicas com sentimento, coragem e atitude. Isso influenciou muito no álbum”.
Nós trabalhamos muito nos arranjos do álbum. As músicas vieram naturalmente, mas, é claro, houve um tempo de paciência e consistência para aperfeiçoá-las. King Solomon Hicks
Sobre música pop
Solomon destaca que as melhores músicas tem certos elementos de rock e blues. “Gosto de muita música que tocam hoje em dia como Post Malone, Travis Scott, mas também adoro B.B. King, Albert King e Freddy King”.
“Quero ser um dos artistas que preenche a lacuna entre o blues raiz e o soul, fundindo com a música pop. Isso conecta a geração atual com sons do passado”, complementa o artista.
A fúria e sentimento fazem da guitarra a sua linguagem, e Solomon chega a ser impecável ao passar essa mensagem. Um álbum de fácil entendimento, porém forte ao mesmo tempo.
Solomon está de braços abertos, pronto para subir as escadas do Panteon do Blues. E se estivessem vivos, B.B. King, Stevie Ray Vaughan e Albert Johnson estariam de pé, batendo palmas com suas guitarras encostadas nas paredes.