O santista Lucas Rodrigues divulgou no último sábado (18) o álbum As Armas de Minha Milícia Não São Humanas. Em resumo, o disco é fruto de um trabalho realizado desde outubro de 2019, onde Lucas junto do artista Vinícius Fernandes e do poeta João Mostazo se organizam em um grupo de estudos chamado Pós-Brazil.
No projeto de dez canções, Lucas traz a sua construção crítica sobre o conceito de brasilidade na cidade de São Paulo. “É um olhar crítico sobre o resgate das manifestações culturais vistas como folclóricas brasileiras na forma que toma em São Paulo, então tem o resgate do maracatu, do carnaval, que aqui em São Paulo são vistos como expressões populares tradicionais”, conta.
Notável em quase todas as faixas, as referências ao cristianismo contemporâneo também são bem claras. Aliás, o artista também procurou influências no movimento No Wave, que moldou diversos segmentos da arte na década de 1970.
“O álbum tem muitas referências da iconografia católica e cristã por um viés torto – a própria capa, que foi feita pela artista visual Lídia Ganhito, é uma colagem que remete à cidade de Santos, de onde eu vim, através de imagens das igrejas católicas africanas, assim como há muitas outras referências a Santos. Na música Cinema Material há uma referencia ao Chorão, inclusive”, revelou.