Criado em 1995, o Goiânia Noise Festival não é apenas um dos mais velhos e importantes festivais do rock independente brasileiro. Ele é também uma das principais vitrines do rock produzido em Goiás.
Por exemplo, o tradicional festival goiano é o que mais abre espaço e dá oportunidades para as bandas locais. Assim como estimula a formação de novos grupos na cidade. Na edição deste ano não é diferente.
Na programação, nada menos que 23, das 37 atrações, são bandas goianas. Além disso, outras 12 farão parte da programação do Estúdio Astúria. Enquanto haverá dois palcos no Centro Cultural Martim Cererê, o espaço servirá como uma espécie de palco 3 do festival.
“O Noise sempre teve essa característica de difundir, fomentar e valorizar a produção musical local”, afirma Leo Bigode, organizador do evento. “Sempre elevando Goiânia à qualidade de um dos principais polos produtores e divulgadores de música independente do Brasil”.
“Quando criamos o festival, nosso maior objetivo era justamente dar foco às bandas daqui. E assim, mostrar que elas eram capazes de dialogar de igual para igual com as de outros lugares do País”, completa.
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25ª edição do Goiânia Noise conta com destaques nacionais
Ao longo desses 25 anos, diversas bandas goianas, das mais variadas linguagens, pesos e calibres já se apresentaram no festival. Entre os nomes locais que ganharam destaque nacional pode-se citar o Black Drawing Chalks, Violins, MQN, Overfuzz, Hang the Superstars, Heaven’s Guardian, Réu e Condenado.
Além disso, muitas outras surgiram a partir do próprio evento. “Como o Noise tem essa longa história, não é à toa encontrarmos bandas que hoje são formadas por meninos que antes eram frequentadores do festival como público e que se sentiram motivados a ter uma banda pra um dia tocar em eventos como o Goiânia Noise”, conta Bigode.
“Há sim, em muitos moleques, o sonho, o desejo de um dia tocar no Goiânia Noise e nós não apenas incentivamos isso, como também abrimos espaço para que eles um dia toquem”, garante o produtor.
Na seleção de artistas locais deste ano estão nomes bem veteranos como o Mechanics – única banda a tocar em todas as edições do Goiânia Noise -, Ressonância Mórfica, Murder, Rollin’ Chamas, Jukebox from Hell (banda nova, mas formada por velhos conhecidos da cena) e The Galo Power.
Enquanto os nomes de uma geração intermediária são Two Wolves, Sheena Ye, Armum, Templates e Sandoval Shakerman. Já a novíssima geração é formada por Sê Bastião, União Clandestina, Bad Distortion, Gregor, Guerrilha dos Coelhos Mutantes. Bem como Burning Rage, Cabaré de Eliete, Riso do Abismo e Desert Crows, que já vem ganhando destaque em todo o país.
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Centro do rock brasileiro
Em meio a medalhões do rock nacional como Ratos de Porão, Matanza Inc, Ação Direta e Odair José, as bandas goianas prometem dar o seu recado. E desta maneira mostrar porquê Goiânia já foi chamada de “Seattle brasileira”. Ou, como apontada pela revista Veja, “um dos principais centros do rock brasileiro da atualidade”.
O 25º Goiânia Noise Festival acontece entre os dias 9 e 11 de agosto, no Martim Cererê. Os ingressos já estão à venda pelo site lojamonstro.com.br/ingressos. E para mais informações acesse: goianianoisefestival.com.br