Grammy 2020 é marcado por protagonismo jovem

Grammy

Em uma noite marcada por homenagens ao jogador de basquete Kobe Bryant, um dos maiores da história da NBA, o Grammy consagrou a cantora Billie Eilish. Aos 18 anos, ela se tornou a primeira mulher a conquistar os quatro principais prêmios na mesma noite. Ao todo, foram cinco prêmios, incluindo Álbum do Ano, Gravação do Ano, Música do Ano e Revelação. Com show marcado no Allianz Parque, em São Paulo, a cantora despontou em 2019 com o hit Bad Guy. Ele está presente em seu álbum de estreia, When We All Fall Asleep, Where Do We Go? Em pouco tempo, viu grandes nomes da música pop e rock exaltando o seu trabalho. Não dá para dizer que foi injusto, mas a concorrência era forte. Lizzo, de 31 anos, que competiu nas mesmas categorias, me parece uma artista mais completa. No entanto, não saiu de mãos vazias. Faturou três troféus (Álbum Contemporâneo, Performance R&B Tradicional e Performance Solo Pop). Grammy dos jovens Mas o Grammy deste ano deixou outra marca louvável. Das 30 categorias mais concorridas (são 84 ao todo), 18 artistas foram premiados. Somente seis deles estão na faixa acima dos 40 anos de idade (Elvis Costello, Tool, The Chemical Brothers, Rodrigo y Gabriela, DJ Khaled e Patty Griffin). Willie Nelson venceu em Country, mas não entrou nessa lista das categorias mais badaladas. Assim como outros artistas experientes, mas em sessões sem tanto barulho. Além de rejuvenescido, o Grammy prova que existe muito artista novo e bom. E a falta de conhecimento sobre eles é sinal de ignorância de quem consome música. O Lollapalooza, que costuma ser alvo de piada sempre que divulga o lineup, viu muitos artistas sendo premiados. Entretanto, Cage The Elephant (Álbum de Rock, idade média dos integrantes é 36 anos) e Vampire Weekend (Álbum de Música Alternativa, idade média é 35 anos), presentes na próxima edição, comprovaram seus valores. Anderson. Paak (33 anos, Álbum e Performance R&B), Tyler, The Creator (28, Álbum de Rap) e Gary Clark Jr (35), atrações de edições recentes, também foram festejados. Gary, aliás, brilhou em território dominado por veteranos. Música de Rock, Performance de Rock e Álbum de Blues Contemporâneo foram seus troféus. Vale destacar também Lil Nas X (20 anos, Performance Duo/Grupo Pop), 21 Savage (27, Música de Rap), Koffee (19, Álbum Reggae) e Esperanza Spalding (35 anos, Álbum de Jazz Vocal). Todos superando artistas muito mais veteranos. Performances especiais Nas apresentações, os veteranos fizeram bonito. O grande destaque foi o reencontro do Aerosmith e Run DMC, tocando a clássica Walk This Way. Demi Lovato também retornou ao palco após um ano afastada. E Alicia Keys comandou a festa com várias improvisações e homenagens.

Karen O e Danger Mouse fazem cover de Lou Reed

Karen O e Danger Mouse

Os clássicos continuam tendo vez no pop contemporâneo. O cover da vez, feito por Karen O e Danger Mouse, foi de Perfect Day, canção de Lou Reed. A dupla prestou homenagem ao frontman do Velvet Underground com uma versão comovente de um de seus maiores sucessos. Eles já trabalharam juntos anteriormente. Na ocasião, gravaram o disco colaborativo Lux Prima. Uma das faixas do álbum, inclusive, foi indicada ao Grammy deste ano, mas perdeu para uma música de Gary Clark Jr. Ouça a versão de Perfect Day clicando aqui.

Yungblud faz show surpresa no Grammy com Third Eye Blind

Yungblud

Yungblud se uniu ao Third Eye Blind para uma apresentação surpresa no Grammy. A reunião no palco resultou em uma performance de Graduate, single de 1997 da banda. Confira um trecho: Os fãs tiveram uma suspeita da performance conjunta quando Yungblud apareceu no backstage da premiação. O artista aparece brevemente no Instagram, posando para câmeras. Ao mesmo tempo, o vídeo começou a circular por perfis de fã clubes. Yungblud já tem ingressos esgotados para a maioria de seus shows na turnê pela Europa. O jovem artista revelou na mesma ocasião seu desejo em ser o próximo “grande rockstar” dessa geração. Definitivamente, o músico leva jeito para assumir esse posto!

Grey Daze divulga curta sobre Chester Bennington

Chester Bennington

Chester Bennington, eterno frontman do Linkin Park, estava prestes a fazer uma tour comemorativa com sua primeira banda, Grey Daze. Mas infelizmente o músico não teve tempo de cumprir essa ideia. A banda então se propôs a lançar um álbum póstumo em homenagem ao vocalista. Somado à música, o grupo resolveu divulgar nesta quinta-feira (23) um curta-metragem sobre o tributo. O filme mostra o making of do disco, num estilo mini documentário, com imagens de Chester e depoimentos de pessoas próximas. O projeto póstumo, idealizado após a trágica morte do cantor em 2017, foi uma forma de expressar suas verdades. Em entrevista à Loudwire, Sean Dowdell, baterista da Grey Daze, sócio de Chester no Club Tattoo e amigo próximo do cantor, contou que a ideia era demonstrar emoções. “Assim que ele faleceu, foi tipo ‘Ah meu Deus eu perdi meu amigo’ e ‘Ah meu Deus, a esposa do meu amigo agora é viúva e seus filhos não têm pai’, e haviam todas essas emoções”. “Mas ainda havia uma parte de mim que pensava, ‘Ah meu Deus, nós não conseguimos finalizar o que começamos juntos”. Foram seis ou sete meses depois que a decisão de continuar um álbum sem Chester se tornou realidade. “Nós não vamos aceitar mediocridade. Nós vamos fazer nosso amigo orgulhoso. Nós vamos fazer Chester orgulhoso, pois vamos fazer algo que temos certeza de que ele estaria feliz em participar”. Participações no álbum Algumas personagens importantes da vida de Chester Bennington aparecem no vídeo. Entre eles, os pais de Chester, Susan Eubanks e Lee Bennington. Outros amigos próximos e ídolos de Bennington também contribuem no álbum. Brian “Head” Welch, do Korn, e Chris Traynor, do Bush, são alguns dos colaboradores nas guitarras. A participação de Jaime Bennington, filho do cantor, era incerta, pois eles nunca chegaram a gravar juntos. Para ele, a gravação do disco tem sido um processo catártico após o luto pelo pai. Confira o filme lançado pela Grey Daze:

John Dolmayan, do SOAD, lança cover de Radiohead

John Dolmayan

Um retorno do System of a Down parece ser um sonho cada vez mais distante. Depois de Shavo, agora foi a vez do baterista John Dolmayan lançar sua estreia solo, então acompanhado de grandes músicos. Mas uma participação nos faz manter a esperança do reencontro! These Grey Men, um LP de oito covers com vários convidados, teve sua primeira amostra divulgada. A canção escolhida para o debute foi Street Spirit, do Radiohead. Com vídeo oficial para o primeiro single, Dolmayan conta com o vocalista M. Shadows, do Avenged Sevenfold, e Tom Morello, do Rage Against the Machine. O combo então se completa com James Hazley, Tom Copossela e Danny Shamoun, respectivamente na guitarra base, baixo e teclados. As favoritas de John Dolmayan Dolmayan explicou à Rolling Stone sobre a escolha da canção. “Esta música em particular é muito tocante. Eu amo o clima, você-está-no-seu-quarto-e-está-chovendo-lá-fora, está frio e sua namorada te deu um pé na bunda”. “Quando eu a ouvi, pensei ‘mas eu meio que queria que a bateria entrasse antes’, ou ‘como John Bonham tocaria se esta fosse uma canção do Zeppelin?’. Porque eu sou tão fã da música que queria fazer uma versão do meu jeito”. Já M. Shadows ficou curioso com a escolha da faixa, mas acabou se envolvendo com a canção. “Quando John me disse que queria reimaginar algumas de suas canções favoritas em um álbum, fiquei intrigado. Eu sempre respeitei o Radiohead mas não estava familiarizado com seu catálogo”. “Quando John mandou Street Spirit, eu instantaneamente fui encantado pelos sons. Desde então, eu tenho estado em uma grande onda de Radiohead. Adicionar o Tom Morello à nossa versão foi a cereja do bolo”. O vocalista conclui afirmando que o projeto de John mantém-se verdadeiro às originais, mas sempre com o toque pessoal do baterista. Entre as covers no LP, constam faixas de Madonna, AFI, Eminem e David Bowie. Outro ponto interessante da jornada é a participação de Serj Tankian, membro de banda no SOAD, como vocalista na cover de Bowie. Podem estar longe de criar um novo álbum, mas pelo menos ainda dão uma palhinha juntos, não é? O LP completo será lançado em 28 de fevereiro, mas algumas prévias já estão em vista. Confira a versão de Street Spirit e o tracklist de These Grey Men: 01. Hung Up (MADONNA)02. Street Spirit (RADIOHEAD)03. Beautiful Thieves (AFI)04. Road To Nowhere (TALKING HEADS)05. Rock Bottom (EMINEM)06. Runaway (DEL SHANNON)07. Starman (DAVID BOWIE)08. What You Know (TWO DOOR CINEMA CLUB)

Stay ’97, novo capítulo do EP de David Bowie, é lançada

Stay '97

Mais uma faixa do EP Is It Any Wonder? está lançada. Stay ’97, lançada nesta sexta-feira (24), é próxima raridade de David Bowie revelada ao público. A canção origina do álbum Station to Station, gravado por Bowie em 1976. Onze anos após a gravação, o artista fez uma revisão do trabalho. Stay ’97 foi reformulada a partir de registros dos ensaios do artista. Na nova versão lançada, ganhou um arranjo diferente do original, mas sem perder sua essência. Station to Station foi o décimo álbum do músico. Ele é considerado até os dias atuais como uma de suas obras mais significativas. A obra marcou duas importantes transições artísticas de Bowie: foi o último disco de sua última grande persona, Thin White Duke, assim como o primeiro a integrar o uso de sintetizadores em suas composições. Desta forma, Stay ’97 revela os primeiros passos do músico em uma nova era pop. O personagem incorporado era muito elegante, mas evocava as piores energias do artista, que foi definido na época como um “aristocrata louco”. A tendência culminou especialmente na Trilogia de Berlim, ou Trilogia Eletrônica, isto é, no lançamento dos álbuns Low, Heroes e Lodger, de 1977 a 1979. Ouça a nova versão:

Mike Portnoy critica decisão do Aerosmith sobre Joey Kramer

Joey Kramer

Mike Portnoy deu sua opinião sobre a briga recente entre o Aerosmith e Joey Kramer. A banda proibiu que o baterista tocasse com na apresentação do grupo pelo 62º Grammy. O baterista do Dream Theater e Sons of Apollo chamou de “ridícula” a decisão do Aerosmith. “Onde está a lealdade? Talvez o Joey não esteja na mesma forma da juventude, mas ele parece estar dando conta do recado”. “Nós vimos a mesma coisa acontecer com Bill Ward sendo proibido de seguir tour com o Sabbath e Peter Criss com o KISS. Então, ok, é uma coisa quando a pessoa está fisicamente impossibilitada, mas Joey está dizendo que consegue”, continuou Portnoy. “Eles vão tocar só Walk This Way ou Dream On ou qualquer coisa parecida. Querem dizer que Joey não consegue tocar isso?”, questiona Portnoy, completando que “isso diz muito sobre lealdade a um membro original”. Desconforto divide o Aerosmith Nesta semana, Kramer processou seus colegas de banda, alegando estar sendo proibido de tocar no Grammy. Membro original do Aerosmith, a última performance de Kramer com o grupo foi em abril de 2019. Na ocasião, Kramer foi afastado devido a uma lesão no ombro. Pelos últimos oito meses, durante sua recuperação, a banda tem se apresentado com John Douglas como substituto nas baquetas. Kramer declarou em comunicado oficial que está sendo “removido de seu ‘lugar de direito no palco para celebrar o sucesso do Aerosmith”. No entanto, o Aerosmith não vê a separação como uma afronta direta a Kramer. Os membros da banda responderam ao baterista, em declaração à revista People. O argumento principal é que estariam “fazendo um desserviço a ele, a nós mesmos e aos fãs por deixá-lo tocar sem tempo adequado para ensaio”. Fontes próximas da banda afirmam que Joey Kramer chegou a fazer um “teste” para a apresentação, mas teria falhado, devido às suas condições médicas. O Aerosmith irá se apresentar no Grammy 2020 em 26 de janeiro, no Staples Center, em Los Angeles. A banda será homenageada nos 30 anos do baile beneficente de gala MusiCares.

Miss Americana: filme sobre Taylor Swift ganha prévia

Miss Americana

A Netflix divulgou o trailer oficial de seu documentário sobre Taylor Swift. Miss Americana mostra o outro lado da vida da estrela pop da década, que está nos holofotes há muito tempo por motivos nem sempre construtivos. Constantemente sob pressão pelo que faz ou deixa de fazer, Taylor Swift é uma das figuras mais queridas e também mais criticadas da música atual. Assim como celebridades rechaçadas em outras décadas, cada passo de Taylor é questionado pela mídia. Por isso, ela desconstruiu sua imagem de “boa moça”, mesmo retornando ao pop romântico em seu último álbum. Não foi só o álbum Reputation (2017) que soava diferente. Taylor estava diferente. Ela deixava de ser um fantoche da mídia para tornar-se quem queria ser. E é sobre isso que seu documentário ira tratar. A estreia no streaming está marcada para 31 de janeiro, mas o filme será exibido previamente no Festival de Sundance, em 23 de janeiro. O longa é assinado por Lana Wilson, diretora premiada por documentários independentes. No trailer, Taylor joga a verdade sobre as constantes pressões e críticas que sofreu em sua carreira, mas sem vitimismo. De boa moça do country à diva pop polarizada, esta é sua história pelo “lado certo da história”. Confira o trailer de Miss Americana: