Uma das atrações nacionais do Balaclava Fest, festival que aconteceu no Tokio Marine Hall, em São Paulo, no último domingo (10), Ana Frango Elétrico (nome artístico de Ana Faria Fainguelernt) vem cada vez mais chamando a atenção na cena nacional. Seu último disco, Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua, figurou em listas de melhores discos lançados em 2023, no território nacional.
Ao vivo, Ana confirma o talento que percebemos em suas gravações. Acompanhada de uma competente banda, que consegue dar a base necessária para a miscelânea de gêneros do som da cantora, é possível encontrar familiaridades na forma dela cantar; mas seria impreciso nomear suas influências. Isso porque Ana também imprime uma estética moderna, que talvez a gabarite para categorizar seu som dentro da pós-MPB, como prefere chamar seu estilo sonoro.
Tocando no finalzinho da tarde do Balaclava Fest, já vendo a casa de espetáculos Tokio Marine Hall encher, Ana entrou e saiu segura do palco. Seja quando explorou o indie-pop de canções como Coisa Maluca, seja quando remeteu mais à MPB clássica, como fez em Camelo Azul, ou mesmo quando a banda que a acompanhava trouxe percussão e samples que deixavam seu som mais lisérgico. O público presente intercalou entre danças, aplausos e coros, mostrando que Ana já está construindo uma base de fãs que reconhece seu talento.
Ana Frango Elétrico, além de performar uma gostosa apresentação, aquecendo o público que ainda chegava ao festival, fez jus aos elogios que recebe no presente e deixou a sensação de que o futuro é ainda mais promissor: seja por saber conversar com o contemporâneo, em suas letras e na sonoridade de suas músicas, atraindo os jovens ouvintes à música nacional, seja por respeitar e aproveitar o passado, usando-o como combustível para o novo.