Já faz um certo tempo que redescobri o prazer de ouvir discos em vinil. A arte da capa é valorizada, o ritual de virar o lado, tudo isso cria uma aura que me cativa bastante. Hoje vou falar de um disco que está completando 20 anos, me influenciou muito como compositor e que foi relançado agora, no final de março, pela Pirate Press: Redlight, do The Slackers.
Antes de falar dessa obra prima do ska contemporâneo, gostaria de elogiar os serviços da gravadora que fez de tudo para que não tivesse meu produto taxado (e conseguiu)e ainda me enviou dois mini discos e um monte de mimos. Altamente recomendável.
Lançado em setembro de 1997 pela recém-criada Hellcat Records, o Slackers soltou um álbum que mais parece um ‘greatest hits’, tamanha a quantidade de músicas com refrões marcantes. Então chega de papo e vamos direto as minhas três favoritas… Só hoje, ouvi esse disco três vezes, então vou facilitar as coisas para vocês.
The Slackers – Married Girl
Talvez o maior hit do disco, Married Girl tem uma letra sacana e uma levada deliciosamente cafona, que te pega já ao primeiro acorde do Hammond, que vem aliado ao vocal rouco do Vic Ruggiero.
The Slackers – I Still Love You
Essa música abre com um ‘riff’ de metais que gruda na cabeça desde o primeiro compasso. Melodia redondinha, assoviável e de construção rítmica simples e eficiente. A letra é linda e ingênua e com certeza não faria feio em nenhum disco dos Beatles na fase Please Please Me.
The Slackers – Come Back Baby
Essa é a música que encerra o álbum. Uma das melhores músicas que já ouvi na vida. Violão, voz e uma leve percussão permeiam por toda a música. Destaque para o solo de saxofone do mestre David Hillyard, inspirado na bossa nova brasileira com cheiro de Garota de Ipanema.