Após alguns EPs, singles e umas dezenove mil lives, Henrique Badke lançou o seu primeiro disco full length, intitulado Máquina de Moer Fantasmas, na última sexta-feira (5). Permanecem as melodias chicletudas e a simplicidade que são suas marcas registradas desde os primórdios no Barneys e mais frequentemente no Carbona.
A sonoridade do disco é baseada no folk com bastante violões, alguns slides de guitarra e uns órgãos aqui e acolá que colaboram muito com os sentimentos às vezes nostálgicos de algumas letras.
Aliás, no quesito letras, outra grata surpresa são os temas mais sérios e introspectivos de algumas faixas, como por exemplo, Estamos Juntos, Dando as Cartas (uma deliciosa parceria com o Oneide Diedrich dos lendários Pelebrói Não Sei?) e a autocrítica Bem Sendo Ninguém.
Nas faixas mais leves e descompromissadas, como na divertida Loja de Discos e a romântica Eu Escrevi Seu Nome no Meu Coração, ainda é possível identificar aquela leve inocência que sempre agradou em cheio os fãs do Carbona.
Em Máquina de Moer Fantasmas, Badke apresenta o seu trabalho mais confessional e emocionante, compartilhando com os ouvintes as reflexões de um velho roqueiro que nunca abandonou o posto e segue embalando, agora em formato mais acústico, mas não menos empolgante.