O que você está procurando?

Crédito: Renan Yudi

BR

Entrevista | Eu Galhardo – “Todas as músicas que faço são autobiográficas”

Rafael Galhardo, músico da banda de reggae Ponto de Equilíbrio, lançou o single Olhe Só, que marca uma nova fase na carreira. Em entrevista ao Blog n’ Roll, ele falou sobre a produção da faixa, Ponto de Equilíbrio e os planos para a carreira solo.

Cantor, guitarrista, compositor e proprietário dos estúdios Vila Musical, no Rio de Janeiro, Galhardo tomou conta de todo o processo de produção do single, que compõe um disco completo a ser lançado em 2024.

“Esse primeiro single passa pela necessidade desse disco como um todo que vou lançar no ano que vem, em abril. Esse é o primeiro single de um disco cheio, ele passa pela necessidade de colocar minhas composições na rua”.

Continua depois da publicidade

De acordo com Galhardo, o disco cheio contará com 11 canções. “Vou lançar o single aos poucos, em novembro lançarei outro, depois janeiro, depois fevereiro, e em abril lanço o disco”.

Para o músico, a experiência com a área de produção e os 20 anos como músico ajudaram a encontrar os atalhos e caminhos certos para “fazer a melhor música possível”.

“Vivendo a música como vivi nos últimos 20 anos, isso acaba contribuindo de algumas formas em alguns caminhos, principalmente na parte artística quanto na parte de produção, então você vai entendendo como fazer e não fazer algumas coisas, isso vai auxiliando na trajetória”.

Eu Galhardo, como o compositor é conhecido, detalhou também sua inspiração para o single. De acordo com ele, todas as composições são de coisas que aconteceram com ele e que o fizeram ser quem ele é hoje em dia.

Continua depois da publicidade

“Todas as músicas que faço são autobiográficas, são algumas experiências que vivi, ou a maneira como eu vejo o mundo, como me entendo. Essa música tem quase 20 anos e foi uma experiência amorosa de idas e vindas”.

Olhe Só ganhou um videoclipe com roteiro assinado pelo próprio Galhardo e dirigido por Renan Yudi. A produção conta a história de um indivíduo, interpretado por Eric Brandão, que tem uma vida pseudo padrão que possui uma relação de amor por uma TV de tubo 14″. O que torna mais estranho é que o personagem tem uma namorada, interpretada por Ticeane Bento Farah, e por quem ele não demonstra muito interesse, mas o seu mundo fica completo e feliz quando se encontra apenas ele e a TV.

A ideia do clipe é fazer uma crítica do quanto deixamos de viver com o que já temos para sempre ir atrás de coisas que não estão ao nosso alcance, deixando de valorizar o que já é nosso.

Nova fase de Galhardo

Algo que surpreendeu os fãs de Galhardo foi o novo estilo de música implantado na sua carreira solo, o cantor que sempre trabalhou mais no reggae na banda Ponto de Equilíbrio, trouxe algo muito diferente.

Continua depois da publicidade

“O reggae faz parte da minha vida, mas outros estilos e outras formas de expressão musical também, então ficar só no reggae seria limitar a minha criatividade. Tive um pouco mais de liberdade de fazer este trabalho como um todo, a liberdade de me expor sem fronteira. Qual é o estilo? Ah, sei lá, é música. É uma música pra relaxar, pra fechar o olho, pra pensar, tem outras nuances que não são de um estilo definido. Tentei abranger ao máximo tudo que vinha como inspiração, sem criar muitas limitações ou fronteiras”.

Conhecido por tocar com muitos artistas consagrados no Brasil, Galhardo guarda com carinho as lembranças dos shows com Elza Soares.

“Fiz alguns shows com a Elza e foi muito massa, ela era muito simples, muito bacana, muito humana. Lembro de um ensaio na sala da casa dela que participei de uns shows com ela que era eu na guitarra, Elza na voz e dois DJs, A Voz e a Máquina. Ela super simples, super tranquila, amorosa e cuidadora. Foi muito bacana, uma potência muito grande, como mulher, como pessoa”.

Galhardo também citou os três álbuns mais importantes para ele em sua formação como músico e citou duas bandas brasileiras na resposta.

Continua depois da publicidade

“Os álbuns que mudaram minha vida na década de 90 foram o (What’s The Story) Morning Glory?, do Oasis, que acho incrível, O Passo do Lui, do Paralamas do Sucesso, que é muito bom, além do Ventura, do Los Hermanos.

COLUNAS

Advertisement

Posts relacionados

Entrevistas

Antes do show da Black Mantra com BNegão, que vai revisitar a fase Racional, de Tim Maia, Vitor Cabral Septeto & Thalma de Freitas...

Publicidade

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados

Desenvolvimento: Fika Projetos