CLÁUDIO AZEVEDO
Que estrago fez o Carcass no cenário underground mundial. Capaz que nem os próprios integrantes da banda imaginaram lá em 1989 – quando estrearam com seu primeiro álbum – que seriam tão influentes e que indiretamente criariam um estilo, o splatter death metal, cujas letras ofereciam uma alternativa para quem não engolia com facilidade o satanismo de Glen Benton e cia. Pois os gaúchos do Bloodwork (nome que remete a um clássico do Carcass) pratica aquele violento death metal recheado de títulos horripilantes e letras mais nauseantes ainda.
Por falar em RS, parece uma especialidade da região revelar boas bandas metal extremo, vide Distraught, Krisiun, Mental Horror e Rebaelliun, para citar apenas quatro. Henrique Joner (baixo), Felipe Nienow (bateria), Marcos Seixas e Rafael Lubini (guitarras) e Fabiano Werle (voz) formam o esquadrão açougueiro. Feed on The Dead é o segundo álbum da tropa, sucessor de Just Let Me Rot (2014).
Passando pela capa e dando uma rápida olhada em epítetos como Anal Roto Rooter, Keep My Meal Alive ou Excremental Ecstasy, chegamos à óbvia conclusão de que Feed on The Dead é indicado apenas aos amantes da podreira splatter. O som é o que promete, death/grind esporrento, sujo, veloz, com riffs simples e grosseiros, cozinha demolidora e um vocalista que vomita incansavelmente as mais podres reflexões ao longo das dez torturantes músicas (?) que fazem desse álbum um nojo que deve ser aproveitado até a última pá de terra.
Feed On The Dead
Ano de Lançamento: 2018
Gravadora: Rotten Foetus Records
Faixas:
1-Anal Roto Rooter
2-Your Dildo is a Piece of Leg
3-Raped By Pigs
4-Dead Body Affair
5-Taste My Dick Cheese
6-Mayhem Histeria
7-Needlework
8-Keep My Meal Alive
9-Excremental Ecstasy
10-Chainsaw Masturbation