CLÁUDIO AZEVEDO
Após o EP I e o bom álbum Exercícios de Insubmissão, o quinteto Aphorism, de Salvador (BA), ressurge com seu novo trabalho, o pesado O Grotesco e o Desespero, um dos melhores momentos do metal extremo nacional nesse primeiro semestre de 2018. Cantado em português, o som da turma é difícil de rotular com exatidão, possuindo elementos de várias vertentes do extremismo musical, como death, black e thrash, além de uma pitada de HC/crust. O som fica parecido com o de bandas como Napalm Death, Terrorizer, Discharge, RDP, entre outros.
E o grupo não faz lá muita questão de muitas perfumarias. São apenas 24 minutos de música, suficiente para que o recado seja passado. Com média de duração de 2 minutos (apenas três superam a casa dos três minutos), os sons fazem sem dificuldade a mente de quem é chegado na porradaria direta e reta, vide cacetadas marcantes como Veneno e Cura, Vela Nega, Luzes do Caos e Letargo. Na verdade, é desnecessário citar essa ou aquela música, pois o álbum funciona do começo ao fim, mantendo a mesma pegada de pouca firula e muita agressão sonora.
Com uma bela capa e uma formação coesa, que consiste em Rafael Inah (baixo), Diogo OG (bateria), Marcelo Adam e Felipe Mendes (guitarras) e Paulo Meirelles, O Grotesco e o Desespero é escolha certa para quem está a procura de novos nomes do cenário nacional. E , mais uma vez, o nordeste brasileiro prova que é uma autêntica fábrica de podreira.
O Grotesco e o Desespero
Ano de Lançamento: 2018
Gravadora: Independente
Faixas:
1-Veneno e Cura
2-Vela Negra
3-Luzes do Caos
4-Letargo
5-Ruínas
6-Rostos da Decadência
7-O Grotesco e o Desespero
8-Indômito
9-Infâmia
10-O Insulto