CLÁUDIO AZEVEDO
Se no futebol as coisas não andam lá aquelas coisas para o Brasil, o mesmo não pode ser dito sobre o cenário black metal. Bandas boas surgem quase que diariamente, colocando o país no pódio do metal extremo. O Outlaw, de São Paulo (SP), é uma grata surpresa que pratica um black metal old school, porém perfeitamente de acordo com as sonoridades atuais.
Os brutais e sombrios vocais de D. ditam os rumos do trabalho, ou seja, música visceral e escura, misturando partes lentas com velozes. O som fica parecido com o de bandas como Immortal (antigo), Darkthrone e Dissection, essa última inclusive sendo homenageada com uma bela versão para The Somberlain, um dos grandes clássicos dos suecos. Outros momentos dignos de um trabalho de black metal podem ser ouvidos em Darkest Corners, Mahapralaya e Cursed Blood. A longa duração das músicas ainda causa aquele efeito hipnótico, o que costumávamos encontrar nos velhos álbuns do Burzum.
Como esse é apenas o seu debute, o Outlaw tem tudo para conquistar seu espaço na cena, pois a banda mostrou que faz seu trampo com conhecimento de causa e honestidade, fatores que sempre fizeram a diferença. Path to Darkness é recomendado aos blackhearts. Hail!
Path to Darkness
Ano de Lançamento: 2018
Gravadora: Heavy Metal Rock
Faixas:
1-Intro
2-Darkest Corners
3-Path to Darkness
4-Mahapralaya
5-Death Blow
6-Kali Yuga
7-Cursed Blood
8-The Somberlain (Dissection)
https://www.youtube.com/watch?v=1jfQoOnjkpA