Mundo Segundo Jeff Goldblum é boa pedida no Disney+

Muita gente correu para os clássicos quando o Disney+ chegou ao Brasil, mas vale ficar de olho em algumas produções não tão badaladas. Me refiro, principalmente, ao catálogo da National Geographic. É lá que está a docussérie Mundo Segundo Jeff Goldblum. Em resumo, o ator, famoso por seus papéis nas franquias Jurassic Park e Thor, nos leva num passeio divertido, sempre com convidados especiais. Em cada episódio, ele explora um objeto aparentemente comum para descobrir um mundo de conexões incríveis e fascinantes entre a ciência e a história. Tênis, sorvete, café e cosméticos são apenas alguns exemplos dos temas. Jeff Goldblum descobre como até as coisas mais simples têm histórias incríveis e às vezes caprichosas. Através do prisma da mente curiosa e espirituosa do ator, nada é o que parece. Essas “maravilhas modernas” são tão comuns que muitas vezes as consideramos certas, mas Goldblum não. Tênis e sorvete com Jeff Goldblum No primeiro episódio, por exemplo, enquanto conta a origem do tênis, o ator visita uma feira de calçados para colecionadores. Encontra e fica surpreso com os preços. As pessoas pagam entre US$ 6 mil e US$ 32 mil em um par raro. Já no segundo episódio, Goldblum viaja pelos Estados Unidos para aprender tudo que está ao seu alcance sobre sorvete. Em uma de suas andanças, ele encontra os empresários Ben Cohen e Jerry Greenfield, criadores da gigante dos sorvetes Ben & Jerry’s. O diálogo entre os três é bem divertido e traz informações curiosas sobre a empresa. “Ao invés de raspas de chocolate, optamos por pedaços porque assim fica com gosto”, explica Cohen. O empresário revela ainda que por ser portador de anosmia (perda do olfato e paladar), o sabor forte era essencial. Posteriormente, Goldblum ainda explora uma floresta no Oregon, na qual vai atrás de ingredientes especiais para criar um sorvete. Nos demais episódios, o astro de Hollywood ainda explora temas bem interessantes, como tatuagem, jeans, churrasco, jogos, bicicletas, trailers, café, cosméticos, piscinas e jóias. Para quem quer fugir dos clássicos da Disney, Marvel e Pixar, por enquanto, essa produção da National Geographic é uma ótima pedida. Traz conhecimento, diverte e funciona para a família toda.

Crítica | Alex Rider – temporada 1

A chegada da Disney+ ao Brasil, na última terça-feira, colocou ainda mais fogo na disputa pelo topo das plataformas de streaming. A Netflix se mantém firme e forte na liderança mundial, mas sabe que tem uma concorrente de peso. A Amazon Prime Video, que oferece a mensalidade mais barata das três, no entanto, não deixa por menos. Segue fortalecendo sua base. E a prova mais recente disso é a série Alex Rider, produção de espionagem baseada em Point Blanc, segundo romance da franquia literária de Anthony Horowitz. Produzida pela Eleventh Hour Films e Sony Pictures Television, que também é a distribuidora mundial, a série conta com Otto Farrant como Alex Rider, um adolescente de Londres que, sem saber, foi treinado desde a infância para fazer parte do perigoso mundo da espionagem. Pressionado para ajudar a investigar a morte de seu tio e como ela se conecta ao assassinato de dois bilionários de alto nível, Alex relutantemente assume uma nova identidade e se disfarça em um internato remoto chamado Point Blanc. Isolado bem acima da linha da neve nos Alpes franceses, Point Blanc afirma colocar os filhos adolescentes problemáticos dos ultra-ricos de volta no caminho certo. À medida que Alex se aprofunda em sua investigação, descobre que os estudantes são, de fato, objetos de um plano perturbador que ele terá que arriscar sua vida para parar. Público alvo de Alex Rider A série vai funcionar muito bem para os fãs de Kingsman, franquia de filmes baseada na série de quadrinhos de Dave Gibbons e Mark Millar. Aliás, tem muitas cenas de perseguição, lutas e um enredo que se desenvolve muito bem. Não desanime se o primeiro episódio não empolgar muito, o que vem na sequência certamente vai prender sua atenção até o fim. É série para ver com a família ao lado. São oito episódios com duração média de 45 minutos. E ainda tem como extra uma trilha sonora muito apropriada. Em resumo, Jake Bugg, Cage the Elephant, The Vaccines, IDLES, entre outras gratas revelações do cenário britânico. Em tempo, vale destacar que a segunda temporada já está confirmada. Deve iniciar as gravações entre fevereiro e março, conforme antecipado pelo site Cine Pop. Além de Farrant, Alex Rider traz Stephen Dillane como Alan Blunt, Vicky McClure como Mrs. Jones, Brenock O’Connor como Tom Harris, Ronkẹ Adékọluẹ́jọ́ como Jack Starbright, Ace Bhatti como Crawley, Marli Siu como Kyra, Nyasha Hatendi como Smithers e Andrew Buchan como Ian Rider.

Crítica | Emily em Paris é leve e gostosa de assistir

Bonjour! Emily em Paris acabou de estrear na Netflix, está em primeiro lugar no ranking da plataforma e já ganhou os corações de todos em menos de uma semana – inclusive os dos apaixonados pela capital francesa. A série é leve e gostosa de se assistir. Dá para maratonar rapidinho e até vê-la duas vezes. Eu mesma fiz isso. São dez episódios de quase 30 minutos cada. Emily Cooper é tão empolgada com toda Paris a seus pés que essa energia é sentida também por quem assiste. A personagem que esbanja simpatia é protagonizada pela atriz Lily Collins, de 31 anos, filha do músico Phil Collins. A viagem começa quando Emily sai de Chicago e vai a Paris substituir por um ano sua chefe que está grávida, em uma agência de marketing que só trabalha com marcas de luxo, a Savoir. Quando Emily chega, não só fica encantada pela beleza, mas um pouco perdida também com traduções, costumes e geografia. Enfrenta a insegurança de estar em um lugar novo, onde não fala o idioma local, e coloca em risco seu relacionamento atual, que ficou em Chicago. Já instalada, ela abre a janela do quarto e se depara com uma vista tipicamente parisiense. Diz que se sente como a Nicole Kidman em Moulin Rouge e, automaticamente, muda sua conta do Instagram para @emilyinparis. Começa a registrar selfies e as aventuras que serão vividas na cidade romântica. Em poucos dias, a estrategista em mídias sociais percebe que o número de seus seguidores aumenta e se torna uma digital influencer e uma “quase” especialista em tudo em Paris. Graças à paixão que ela coloca em tudo o que faz. Emily em Paris tem muito turismo na Cidade Luz A série mostra pontos turísticos da capital francesa, como a Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Jardim de Luxemburgo, Rio Sena, Ponte Alexandre III, Ópera Garnier, La Maison Rose, Sacre Coeur, Moulin Rouge… Se pudesse, eu listaria todos. Mas a sedução das locações em cada ruazinha, paisagem, cafés, restaurantes e as boulangeries (padarias) é indescritível. Emily já começa experimentando o pain au chocolat (croissant de chocolate) e ele vira o queridinho do seu café da manhã. Eu queria morar nessa série, quem não? No primeiro dia de trabalho, a norte-americana tem que lidar com a resistência dos seus colegas, que a evitam a qualquer custo. Mas essa atitude a leva a almoçar sozinha nos jardins do Palais Royal e, lá, conhecer Mindy Chen (Ashley Park), uma babá asiática. Logo, elas se tornam melhores amigas. E uma Paris sem romance não é Paris. Tô tentando não dar spoilers, mas Emily viverá (muitos) romances e aventuras ao longo dos episódios. Já posso adiantar que ela esbarra com o vizinho gato do andar de baixo, o Gabriel (Lucas Bravo), que é chef de cozinha do restaurante da rua onde moram. Sem saber, Emily também fica amiga da namorada dele e aí a confusão se estabelece. No decorrer da trama, esses e outros dilemas serão bem explorados e a série passa a mexer com seu coração, não só com o da Emily. Série escrita por criador de Sex and the City A série foi criada e escrita pelo Darren Star, de Sex and the City. Por isso há similaridades, principalmente entre as protagonistas Emily Cooper e Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker). As duas amam moda, além de vestirem looks incríveis e trabalharem com Comunicação. Carrie era colunista no The New York Star. Mas para dar um ar mais realista e parisiense, Darren morou na cidade com o objetivo de trazer mais veracidade ao roteiro. Vivenciou todos os detalhes descritos na trama. Outra referência é a relação ou a falta dela com a nova chefe da agência de marketing, Sylvie (Philippine Leroy-Beaulieu). Emily precisa ganhar a confiança e a aceitação dela. Sylvie se convence que Emily é inimiga do luxo, sem beleza e refinamento. E isso me fez lembrar do filme O Diabo Veste Prada, com a maravilhosa Meryl Streep, uma poderosa editora de revista de moda e sua relação com Andy (Anne Hathaway), que vai para Nova York e consegue ser co-assistente de Meryl, a chefe má: Miranda Priestly. Mesmo sendo totalmente clichê, a série é divertida e bem produzida, além de trazer muitas referências em artes, música, lugares e comida. Tem que assistir para degustar cada episódio. A primeira temporada termina como os típicos finais franceses: com drama e sem fugir da vida real. A segunda temporada ainda não foi confirmada, mas Darren já deu indícios de que haverá continuação. “Emily vai ter os pés no chão um pouco mais. Ela está fazendo uma vida lá” e Lily também já declarou que “adoraria que o seriado fosse renovado e Emily viajasse pela Europa”. Vamos aguardar! Au revoir!