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Disqueria - Carlos da Hora

Disqueira #27 – É ótimo ter você de volta, Black Alien!

Seguindo um dos últimos versos do refrão de Jamais Serão, oitava e penúltima faixa de Abaixo de Zero: Hello Hell, onde nosso querido Gustavo de Niquiti, mais conhecido como Black Alien, diz: “Presidentes são temporários. Meu despertar, temporão“, podemos interpretar o quanto o seu terceiro trabalho de estúdio, lançado no dia 12 de abril, é importante para sua carreira… E para sua vida.

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Antes de embarcamos no mais recente trabalho de Gustavo, vamos dar uma passada em 2004, onde o Babylon By Gus Vol. 1 – O Ano do Macaco era lançado, considerado um dos melhores discos de RAP da década, o trabalho botou Black Alien no alto escalão do gênero. Vale lembrar, que antes da produção do álbum, o artista já tinha participado do grupo Planet Hemp. Porém, um vício em drogas, nunca deixou o rapper decolar com sua carreira.

Foram anos de tratamentos, reabilitações e recaídas, até que em 2015, No Princípio Era o Verbo – Babylon By Gus Vol. 2 foi divulgado. O conjunto não é ruim, mas também nem se compara à primeira leva de canções que deram notoriedade ao artista.

Voltando para 2019, onde o lançamento de Abaixo de Zero: Hello Hell abalou estruturas. O único single divulgado do disco foi Que Nem o Meu Cachorro, que já mostrava qual vertente o artista queria seguir. No meio de abril, tivemos o restante das faixas divulgadas. O que acabou confirmando: este álbum é o verdadeiro sucessor do trabalho de estreia do artista. Sem vergonha alguma de falar dos fantasmas de um passado recente, Gustavo aborda das dificuldades da sobriedade até versos amorosos durante as canções.

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Além das boas letras, o álbum tem participação do ótimo Papatinho, ex-Cone Crew, nos beats. Black Alien ainda se molda a alguns padrões recentes estabelecidos no RAP, como a criação de músicas relativamente curtas, e batidas mais leves, geralmente sendo um piano de fundo. Mas, o artista não abre mão do seu speedflow em alguns momentos do trabalho.

Abaixo de Zero: Hello Hell é ótimo em diversos pontos, e mesmo lançado em abril, é certeza que já integra nos melhores discos de hip-hop/RAP do ano. Porém, o trabalho significa algo mais. A volta para o topo de alguém que nunca deveria ter saído de lá.

 

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