Disqueria #08 – 20 discos interessantes lançados em 2018 (Parte 1/2)

Disqueria #08 – 20 discos interessantes lançados em 2018 (Parte 1/2)

Carlos da Hora

Como o fim de ano já esta por ai, as retrospectivas aparecem, e aqui na Disqueria não será diferente. Decidi reunir a maioria dos discos que ouvi, curti e foram lançados em 2018, e indicá-los para todos os leitores do blog. Espero que aproveitem, bora lá.

#1 – Tranquility Base Hotel & Casino – Arctic Monkeys

Talvez o disco que mais dividiu opiniões em 2018. Alex Turner e cia passaram por uma reformulação total tanto em seus visuais quanto em sua musicalidade, e o resultado disso foi este disco. Ele parece muito pouco com os outros trabalhos da banda e me agradou justamente por seguir a direção contrária que a música segue hoje em dia: musicas animadas e contagiantes. Tranquility Base é literalmente um disco para você dar play, sentar na poltrona enquanto tomo um bom vinho.

#2 – Wide Awake! –  Parquet Courts

Wide Awake! pra mim foi melhor disco de indie rock de 2018. Os nova-iorquinos do Parquet Courts conseguiram trazer o que muitas bandas indies hoje em dia não conseguem mais: o som puro e tradicional do gênero que na hora que você escuta já pensa: “hm, isso ai é Indie”. O álbum também tem leves pegadas de funk e de alguns gêneros dos anos 60 que o deixa muito dançante, fazendo você ficar realmente “Wide Awake!” escutando as 13 faixas do álbum.

#3 – Virtue – The Voidz

Mesmo deixando os fãs de Strokes desesperados, depois de lançar um EP com a banda e não ir para frente, Julian Casablancas segue na ativa. Em 2018, o músico lançou Virtue, seu segundo álbum de estúdio sendo o frontman do The Voidz, que foi um acerto bem grande. A banda colocou mais influências psicodélicas em suas músicas, comparado ao primeiro disco da banda, o Tyranny (2014); e também possui traços do rock de garagem, gênero que fez Julian ser reconhecido pelo mundo.

#4 – Invitation to Her’s – Her’s

Invitation to Her’s foi minha maior surpresa esse ano. Eu não tinha ouvido falar sobre Her’s até a banda aparecer em uma das minhas playlists aleatórias com a poderosa Harvey, primeira faixa do disco. Depois disso me aventurei pelo álbum e me apaixonei. Ele traz um rock suave e com uma diversidade de instrumentos muito variada que cativa o ouvinte do primeiro ao ultimo segundo do disco. Tudo combinado com composições excelente que faz o disco ganhar um tom a mais de profundidade. 

#5 – Forever Neverland – MØ

Obviamente tinha que ter pelo menos um disco pop na lista, e o espaço foi preenchido pela dinamarquesa que ficou conhecida por participar da música Lean OnForever Nerverland também foi uma boa surpresa no meu 2018 justamente porque tenho dificuldades em absorver músicas do gênero. Contudo, com esse álbum foi diferente, pois ele conseguiu prender minha atenção com seu ritmo desde a primeira faixa.

#6 – Sex & Food – Unknown Mortal Orchestra

Se eu não citasse Unknown Morta Orchestra nesta lista, não seria eu. Além da banda ter feito o ótimo Sex & Food, eles também coletaram elementos que não encaixaram no disco e fizeram o IC-01 Hanoi que eu comentei um pouco no Disqueria #04. Mas Sex & Food é um prato cheio para os fãs de rock que adoram ver o gênero mesclado com diversos outros gêneros. Além disso, o disco que na maior parte de sua duração é bem calmo, consegue te fazer viajar em determinados momentos.

#7 – Prequelle – Ghost

Não sou um grande fã de heavy metal, mas Ghost para mim é um caso a parte. O jeito que a banda se apresenta, não só focando na música em si, mas também nas artes visuais me deixa muito animado. O Prequelle foi o primeiro disco da banda com Tobias Forge comandando os vocais como “Papa Emeritus III” e o material não deixa a desejar em nenhum ponto. Contando com um leque variado de influências, o disco se consolidou com um dos grandes de 2018.

#8 – The Now Now – Gorillaz

Damon Albarn quis recuperar o tempo perdido e lançou dois álbuns em dois anos com o Gorillaz. E tanto o Humanz (2017), quanto o The Now Now conseguem resgatar a sonoridade tanto amada pelos fãs da banda no início dos anos 2000. O álbum de 2018 ainda se destaca mais que se antecessor por não ter tantas participações especiais; deixando a própria banda como destaque com o seu bom e velho som que todos conhecemos.

#9 – Boarding House Reach – Jack White

O talento de Jack White é inegável, tanto em suas bandas quanto em sua carreira solo. Um fato que foi reafirmado em seu novo disco: Boarding House Reach. Como na maioria dos trabalhos de Jack, tem inúmeros solos de guitarra insanos com uma pegada mais hip hop adotada pelo artista.

#10 – Muse – Simulation Theory

Apesar de contar com alguns erros de execução que eu mesmo comentei no Disqueria #05, Simulation Theory ser ouvido só pelo fato de ser um álbum do Muse. E como sabemos, é uma banda talentosa e geralmente traz coisas boas para música. Além disso, o disco tem uma pegada futurista-retro dos anos 80 muito interessante, Isso fica claro tanto na parte instrumental quanto na capa. E como sei que muita gente adora essa atmosfera, me arrisco a recomendar o álbum mesmo não achando ele tão bom assim.

Semana que vem trago a outra metade dos discos que mereceram um pouco de atenção em 2018. Nos vemos lá!