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Disqueria - Carlos da Hora

Disqueria #16 – Mais maduro e rodado, White Lies retorna com FIVE

Já se passaram 12 anos desde que o White Lies debutou na estrada. Ao longo desse tempo, cinco discos de estúdios foram gravados pelo grupo. To Lose My Life…, lançado em 2009, foi o primeiro e ainda é o maior sucesso da banda em questão de números e alcance comercial, com hits muito lembrados até hoje, como Death e Farewell to The Fairground.

Perguntado se a banda carrega um peso de criar algo que supere o primeiro trabalho, o baixista Charles Cave prefere não ver as coisas dessa forma.

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“Nosso primeiro disco foi lançado no momento em que Pete Doherty (The Libertines) era considerado um pop star. Tudo é relativo. Em nossa última turnê, vendemos mais ingressos que qualquer outra que fizemos anteriormente. Estamos tão orgulhosos do nosso primeiro álbum e do que ele é, mas foi um projeto que só podia ser feito exatamente naquela época, portanto, não carregamos o esse peso de fazer algo melhor. Fazer discos como o Five, nos inspira bem mais a progredir do que retornar ao TLML“.

Mas não estou aqui pra dar foco ao passado do White Lies, e sim ao presente, recentemente a banda se reinventou para criar o seu quinto disco, o surpreendente FIVE, que sem tirar a essência criada por eles, consegue trazer uma nova identidade para Harry McVeigh e companhia, mostrando que o grupo tem muito a aprontar ainda.

O primeiro passo para o lançamento do álbum foi a divulgação do single Tokyo, que logo caiu nas graças do público. Perguntei para Charles, se havia algo dos outros discos na faixa, principalmente do Friends, trabalho anterior do White Lies.

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Friends foi um grande passo para nós nessa jornada até chegar ao FIVE. Trabalhamos muito neste quarto registro, nos envolvemos com outras pessoas, estúdios diferentes… E até novas abordagens de sons e arranjos. Mas só o FIVE pode realmente aprimorar isso. Eu gostaria de regravar o Friends, trabalhar mais em algumas dessas músicas. Mas não é assim que funciona. A verdade é que sei que Tokyo não seria escrita se não tivéssemos produzido Hold Back Your Love. Cada música é uma chave para abrir a próxima música”, disse.

E acabo tendo que concordar com o baixista da banda, vemos muito dos outros discos neste novo projeto, mas não soa repetitivo em nenhum momento, do início ao fim dá para notar que é um trabalho completamente novo e rico de conteúdo.

Músicas como Time to Give e Kick Me mostram realmente um amadurecimento forte por parte do grupo inteiro, principalmente por suas letras fortes e diretas.

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Ao ser questionado sobre trocar mensagens com outras bandas com sons semelhantes, Cave foi direto.

“Tenho absolutamente zero interesse sobre isso. Não quero que os fãs pensem que estamos sentados ouvindo esse tipo de música e criando em cima, porque não é o que fazemos. Eu tenho amigos que compartilhei músicas no passado, como Laura Marling e Lana Del Rey. Mas geralmente não somos amigos de muitos artistas. Nós nos inspiramos mesmo em nossos amigos médicos, fotógrafos, professores… A música é uma reflexão e um diálogo com a vida, não apenas com outras músicas”.

Por fim, perguntei se a turnê do recente trabalho da banda chegará a América Latina e se eles guardam alguma lembrança boa do Brasil e dos fãs brasileiros, e a resposta de Charles foi no mínimo curiosa.

“Nós pensamos constantemente em ir para a América do Sul. E insistimos para nossos agentes que esse álbum tem que passar por Brasil, Chile e Argentina. Começamos a ensaiar semana que vem e já estamos vendendo locais em toda a Europa, América e México. Espero muito conseguir trazer este trabalho para seu país”, contou.

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“Lembro-me de ser o único país onde enviaram um segurança para proteger o pequeno Harry (vocalista). Eles enviaram um cara do tamanho do Golias, mas ele tinha um voz doce e era tão gentil e calmo. Me recordo também de um restaurante que os garçons não paravam de colocar carne no meu prato. Um dos shows que tocamos no Brasil foi bem esquisito, ninguém tinha dito que tocaríamos em um desfile da Billabong. Foi maravilhoso dividir a noite com um grupo de mulheres fortes e bonitas vestidas com roupas horrorosas, talvez tenha sido uma vibe estranha para um show do White Lies. Mas os fãs eram lindos. Como eu disse, mal podemos esperar para retornar. Apenas nos deem um local”.

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