A banda Scalene divulgou seu novo disco, Respiro, na última semana. O trabalho conta com 13 canções com uma sonoridade que até então fãs da banda nunca tinham escutado.
Inegavelmente, o sucessor do elogiado Magnetite (2017) é um novo marco na jornada da banda. Certamente com influências de Muse e Queens of the Stone Age no passado, o grupo optou abordar uma pegada mais nacional para sua nova obra.
Em conclusão, o Scalene decidiu abandonar todos os seus riffs pesados de guitarra e bateria presente por uma som mais tranquilo. Contudo, se formos puxar o pouco para trás, vemos que o som no recente single Desarma, já indicava essas mudanças.
Respiro e suas participações especiais
Vai Ver, faixa que dá início ao álbum, mostra muito disso com o seu ‘samba-rock’. Aliás, a parceria com Hamilton de Holanda é com certeza um dos pontos fortes do Respiro. Depois que a canção termina, somos apresentados a outro grande acerto do novo trabalho. Tabuleiro é a melhor música solo do conjunto nesta nova leva de sons.
Bem como Vai Ver, as participações especiais são pontos chaves no disco. Ney Matogrosso é uma grata surpresa na boa Esse Berro. E Xênia França destrói em Furta-Cor. Ademais, precisamos reconhecer também o trabalho vocal de Gustavo Bertoni. O frontman do grupo é um verdadeiro camaleão, se adaptando a todos os tipos de músicas.
É provável que parte do público que acompanha o Scalene não veja o Respiro com bons olhos. Entretanto é muito legal ver a banda se reinventando e saindo de sua zona de conforto. E tenho certeza que o grupo irá colher doces frutos dessa sua nova agradável fase.