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Boogarins: “Sombrou Dúvida é evolução da banda”, diz Dinho Almeida

O Boogarins lançou recentemente o seu quarto disco de estúdio, Sombrou Dúvida. Em resumo, o álbum segue alguns moldes do Lá Vem a Morte, antecessor do novo trabalho. Porém, Dinho Almeida, um dos integrantes do grupo, explicou o processo de criação do projeto. “Ele teve três fases, tem músicas que foram gravadas em 2016, o grosso dele veio em 2017, e teve uma canção, Sombra ou Dúvida, que foi gravada em 2018.”

É inegável a semelhança entre os dois últimos trabalho da banda. Entretanto, um não soa como cópia do outro, é muito mais visto como uma evolução do que qualquer outra coisa. Em seguida, o vocalista do grupo também analisou essa fase de criação entre os dois discos.

Passo Perfeito

“Ah, acho que é um depois né? De certa forma eles são parecidos sim, mas acho que é um crescimento. Se pegarmos o Lá vem a Morte, onde alugamos uma casa e fizemos toda a criação do álbum lá dentro, e logo depois o fazer o Sombrou Dúvida em estúdio, porém com algumas ideias ainda do disco anterior, podemos de dizer que o Sombrou Dúvida é o passo perfeito para a sequência da banda. Eles têm essa semelhança, e acho que o Lá Vem a Morte ensinou muita coisa pra gente, como músicos, e acredito que nosso novo disco deve muito a ele, mas não penso como se fosse um complemento, e sim um novo passo”, contou.

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O novo trabalho do Boogarins é muito especial para o quarteto. Mas, eles não gostam de caracterizar alguma canção como favorita e preferem falar mais sobre o complemento que elas formam.

“O Boogarins é um bicho de quatro cabeças, né? Todas as músicas representam a gente um pouquinho, mas não acho que teve alguma música que a gente pense “essa é a cara do álbum”. A gente até zoava, quando gravamos Sombra ou Dúvida, em 2018, que já tinha o arranjo e conseguimos por numa música, falávamos que era Lucifernandis 2. Brincava muito nessa lógica. Mesmo com um processo de criação rápido, a gente criou um carinho por todas as canções, e tiramos essa ansiedade de “essa foi a melhor”, ouvimos tanto o grosso do trabalho, que pensamos bem mais o “que o disco vai ser” do que só uma canção”.

Curtição nas turnês? Nada disso

A banda coleciona turnês por diversas partes do mundo. Embora, alguns pensem que essa vida de viagens e shows é muito boa. Dinho garantiu que a banda não se sente nem um pouco rockstar com isso.

“Cara, rockstar, rockstar ainda não. Mesmo que pensem que o mundo da música é só curtição, não é não. Aqui é muito trabalho, a ponto de dormir mal e comer mal. Mas sei lá, a gente tocou no Coachella, que tinha uma mesa de alimentação muito boa, mas não me senti rockstar não, me senti muito bem alimentado. A gente viaja e toca muito, e mesmo nesses festivais grandes, eles ficam num ciclo tão doido de viagens e turnês que acabam sendo pequenos oásis na grandiosidade de uma turnê em si. Mas acho que o festival que nos sentiremos rockstar mesmo ainda está por vir. Trabalhar duro pra isso acontecer mais pra frente, quem sabe”.

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Influências

Perguntado sobre as influências de grupos semelhantes, como King Gizz, The Murlocs e Tame Impala no som do Boogarins, o vocalista falou que a banda está antenada sobre os seus semelhantes. Entretanto gostam de escutar outros gêneros para se inspirar.

“O que a gente mais escuta é o próprio Boogarins. As coisas da Austrália, eu escutava mais nas antigas, hoje em dia não escuto muito mais. A gente sempre pensa em outros gêneros, justamente pra ir além. O nosso objetivo é fazer algo que remeta a outros estilos. O Benke por exemplo, gosta muito de Kanye West, o Ynaiã gosta de escutar uns solos de baterias. Eu também curto outras paradas. São muitas influências, a gente ouve muita coisa justamente pra tentar fazer algo diferente. Mas sempre que pudemos, escutamos pra ver quem são nossos iguais. A gente teve o prazer de ver o show do King Gizz recentemente, e vi que é uma coisa que nem gosto, não é nem algo que não gosto, achei o show muito legal, mas não é algo que escutaria muito. E na teoria temos os mesmos fãs. Isso é muito louco”.

Futuro

Mesmo com o disco novo pela frente, Dinho se mostrou animado com o futuro do grupo e sobre um possível novo lançamento. “Vamos gravar mais e fazer mais coisas. Nesse processo, gravamos bastante música, temos quase um disco novo pronto. Mas, por enquanto, vamos esperar pra ver se o povo gosta desse, e testar essas novas músicas ao vivo e aprender com elas. Esperamos dar um novo salto, como foi entre Lá Vem a Morte e Sombrou Duvida. E no geral, sempre evoluir como músicos”, finalizou.

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