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Entrevista | Busted – “Year 3000 realmente deu vida ao Jonas Brothers”

O trio britânico de pop punk Busted, formado por Matt Willis, James Bourne e Charlie Simpson, estreia em um palco brasileiro, no Cine Joia, em São Paulo, para um show muito aguardado pelos fãs. A apresentação acontece nesta quinta-feira (7), às 21h, no Cine Joia, em São Paulo. Ainda há ingressos disponíveis.

Com quase duas décadas de história, o Busted traz a turnê alusiva aos 20 anos de carreira, onde eles revivem grandes hits como Year 3000 e Crashed the Wedding, que foram regravados recentemente com nomes como Simple Plan, All Time Low e Jonas Brothers.

Em entrevista ao Blog n’ Roll, via Zoom, o trio compartilhou suas expectativas para o show no Brasil, reflexões sobre o aniversário de 20 anos, memórias de quando começaram na cena musical e até os momentos nostálgicos das sessões de gravação nos últimos anos.

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Como vocês estão se sentindo no Brasil? Vocês ouviram alguma coisa sobre o público brasileiro? 

Matt Willis – Todo mundo fica me dizendo o quão loucos eles são e o quão barulhentos eles são, o que funciona muito bem para nós. Amo essa merda, amo o caos.

Em outras entrevistas, James disse que o 20º aniversário da banda  traz muitas memórias para vocês. Você pode compartilhar alguma de suas memórias favoritas? 

James Bourne – No começo, houve algumas memórias engraçadas quando a banda se mudou para morar junto pela primeira vez. Foi um pouco surpreendente. Foi estranho, tipo aquele filme da Disney Cheque em Branco. Era como se tivéssemos 17 anos e de repente tivéssemos cartões de crédito pela primeira vez e estávamos comprando coisas absurdas como mesas de pingue-pongue e pebolim, brinquedos que você nunca consegue comprar sozinho até ter um emprego ou começar a ganhar dinheiro. 

Sabe, compramos uma grande cesta de basquete, mas a bola sempre caía no Jaguar do vizinho. Não era uma situação normal, era como um filme muito ruim da Disney. 

Matt Willis – Não sabíamos como viver em uma casa, nem como fazer essas coisas. Fazíamos pizzas para viagem, macarrão instantâneo e cereais.

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O álbum Greatest Hits 2.0 está cheio de colaborações incríveis, como Simple Plan, All Time Low e Jonas Brothers. Como foi trabalhar com esses artistas? 

Matt Willis – Acho que um dos momentos mais épicos foi que éramos todos grandes fãs do Dashboard Confessional, éramos meio obcecados por essa banda. Essa é uma música especial, Everything I Knew, todos nós amamos essa música. E eu o conhecia e enviei a faixa para ele e disse: ‘você quer cantar nisso?’ E ele disse sim. 

Quando o ouvimos cantando e soando exatamente como ele em uma música do Busted, foi um momento muito legal. Foi por causa daquela voz e do amor que ele lançou naquela época.

Charlie Simpson – E foi interessante com os Jonas Brothers, porque com Year 3000, eles realmente quebraram recordes na América. Eles fizeram um cover da nossa música. Muitas pessoas acham que é uma música dos Jonas Brothers. Então é legal fazer uma versão com nós dois juntos, sabe?

Year 3000 é uma faixa que atravessa gerações e ainda tem um grande impacto no público. Como é reviver ela com o Jonas Brothers? 

Matt Willis – Acho que foi a decisão certa. A ideia de fazer um álbum de grandes sucessos e apenas relançar coisas antigas não parecia muito empolgante. Essas músicas foram lançadas há 20 anos, nós as tocamos de forma muito diferente agora. Hoje, não sei se elas representavam quem éramos. Então este álbum representa quem o Busted é hoje.

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James Bourne – O que foi legal do Jonas Brothers gravar essa música, é que meio que teve esse novo sopro de vida. Ela realmente deu vida ao Jonas Brothers no resto do mundo. Foi realmente como a música que capturou a imaginação e a excitação do público. Fez essa música acontecer.

E o vídeo deles no YouTube é literalmente próximo ao nosso vídeo no YouTube. E todos esses anos, o Busted passou, mas está meio que sendo descoberto lentamente pelos fãs dos Jonas Brothers. Acho que isso é bem poderoso.

Matt Willis – Acho que há algo sobre essa música que parece pegar uma geração mais jovem de fãs. Lembro quando nós saímos pela primeira vez e essa música foi um sucesso. Nós estávamos na TV nas manhãs de sábado e alguém enviava um vídeo do filho pulando na sala de estar com uma porra de raquete de tênis com essa música de fundo.

E agora me mandam vídeos no Instagram de filhos de pessoas pulando pela porra da sala de estar com raquetes de tênis enquanto essa música ainda toca. Meu sobrinho é obcecado por todos os vídeos do Busted. Ele tem um pequeno ukulele e pula com ele.

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James Bourne – Não sei o que é, mas ele quer assistir várias vezes. E ele não se importava muito com o sucesso que fazia antigamente. Ele está assistindo pela primeira vez e é divertido para ele. Ele gosta, ainda é uma criança.

E falando sobre pop punk, o Busted era o maior representante do Reino Unido na época. Como você vê a cena pop punk hoje? 

Charlie Simpson – Definitivamente está em uma nova fase. Sinto que meio que se afastou e se tornou muito menos moda depois que houve a explosão da música pop eletrônica, como a coisa do EDM e Chainsmokers. Dessa forma, a música com guitarra em geral meio que ficou em segundo plano. Mas sinto que há um grande ressurgimento agora. E acho que Machine Gun Kelly é uma das razões pelas quais voltou, porque ele meio que pegou o rap e o fundiu com a música pop. Depois daquele disco, Tickets to my Downfall, sinto que Avril começou a estourar de novo, Simple Plan começou a estourar de novo.

Agora, quando o When We Were Young foi anunciado em Las Vegas, isso teve esse grande ressurgimento, uma nova geração de crianças encontrando o pop punk.

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Aliás, estava assistindo ao vídeo de What I Go To School For. E vi a srta. McKenzie, de 33 anos, caindo e você derrubando o lápis no chão para dar uma olhada melhor na bunda dela. Estava pensando se essas coisas seriam censuradas hoje ou se as pessoas não cancelariam, né? Risos.

Matt Willis – Eles provavelmente tentaram censurar isso de alguma forma. Sabe, acho que o mundo enlouqueceu. 

Charlie Simpson – A Srta. McKenzie teria 54 anos agora.

James Bourne – Ela adora, ainda vai a todos os shows. 

Matt Willis – Ainda parece ótima pra caramba. 

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Queria jogar um jogo rápido com vocês, falando sobre outras bandas e as primeiras palavras que vêm à mente quando as menciono. Vocês topam? 

Matt Willis – Sim. Tudo bem.

Green Day – Heroico.

Rancid – Tim Armstrong.

Operation Ivy – Isso foi antes do meu tempo. Nunca soube muito sobre Operation Ivy, mas penso no meu colega de apartamento, Rob. Ele amava essa banda. 

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Yungblud – Cara legal.

Quais os três álbuns que mais influenciaram vocês ao longo de suas carreiras e por quê?

Charlie Simpson – Meu álbum favorito é White Pony (2000), do Deftones. Fiz uma tatuagem dele outro dia. Esse foi um disco muito influente para mim.

Matt Willis – Acho que Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavoured Water (2000), do Limp Bizkit. Isso foi foda, meu Deus do céu.

James Bourne – Gostei do álbum do Box Car Racer (2002). Estava ouvindo no carro a caminho daqui. Sempre que ouço uma música dele, me lembro do quanto amo o álbum.

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É engraçado porque minha casa atual já foi propriedade do Jerry Finn (produtor falecido em 2008), e ele produziu muitos desses discos dos quais estamos falando.

Produziu aquele álbum do Rancid, …And Out Come the Wolves, vários do Green Day, Blink-182, Offspring, Morrissey.

Ele era uma figura de ponta naquele mundo. Aquele álbum do Box Car Racer é uma grande parte da receita secreta do gênero.

É absolutamente selvagem quando você olha para sua discografia. Seu impacto foi enorme.

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