De tempos em tempos, o Brasil é bombardeado com grandes shows internacionais de bandas que passam longe do radar da grande mídia. Geralmente são shows históricos e que acabam se tornando quase lendas urbanas, quando contadas pelos sortudos que o testemunham. Foi assim quando recebemos Rhythm Collision, Backyard Babies e Clan Bastardo, por exemplo, e não será diferente com os alemães do Radio Havanna.
Se você ainda não conhece os caras, leia a entrevista, escute o som e compareça nos dois últimos shows em terras brasileiras, neste final de semana.
Eles se apresentam nesta sexta-feira (18), às 18hs, no Inferno Clube, em São Paulo, junto com o A-OK e o Hurry Up. No sábado (19), na pista de Skate de São Bernardo do Campo e, domingo, no Bar do Zé em Ibiúna.
Trocamos uma ideia com o guitarrista Arni, um pouco antes desses shows por aqui.
Hey Arni, nos conte um pouco sobre como surgiu a Rádio Havanna.
Todos nós crescemos em uma pequena cidade no centro da Alemanha chamada Suhl. Olli e eu nos conhecemos em um curso de karatê. Acabamos descobrindo que punk rock era mais interessante para nós do que karatê.
Quando conhecemos bandas como The Offspring, Green Day, Die Toten Hosen, sabíamos que ter uma banda seria uma experiência que mudaria as nossas vidas.
Já conhecíamos Anfy e decidimos quem tocaria qual instrumento, afinal nenhum de nós mal sabia tocar qualquer instrumento.
Vocês colaboraram com Jim Lindberg (Pennywise) em nome da Fundação de Ajuda do Skate, gravando a canção de protesto “Whispering, Shouting, Screaming” com Justin Sane (Anti-Flag), excursionaram pelos EUA e agora aqui no Brasil. Como estão sendo os shows?
Os shows no Brasil foram absolutamente fantásticos. As pessoas estão sendo muito acolhedoras com a gente, mesmo sem entender as nossas letras. Estamos muito gratos por ter a chance de viajar pelo mundo, conhecer pessoas legais e compartilhar nossa música com as pessoas.
Você conhece alguma banda brasileira de punk rock?
Conhecemos Nitrominds, Statues on Fire, Dead Fish e muito mais. Sabíamos que o punk rock está absolutamente vivo no Brasil.
Como é o cenário europeu para vocês?
Há definitivamente uma boa conexão entre as bandas. A maioria delas realmente apoia uns aos outros. Ainda está longe de ser uma música de sucesso ou comercial, mas há realmente um público e uma grande rede de bandas, fãs, webzines e muito mais.
Unsere Stadt Brennt é um ótimo álbum. Vocês estão trabalhando em músicas novas?
Obrigado! Sim, estamos. Planejamos entrar em estúdio em abril do ano que vem para gravar nossas novas músicas. Espero que dê tudo certo.
O que podemos esperar dos seus concertos?
Para ser honesto, não tínhamos expectativa nenhuma sobre os shows no Brasil. Não podíamos nem imaginar como as pessoas reagiriam e está sendo ótimo ver as pessoas apreciando nossa música. Se tudo continuar do jeito que foi nos últimos três shows, estamos absolutamente animados!
Quão pop pode ser o punk?
Eu penso muito nisso. Os Ramones, por exemplo, fizeram o que os Beach Boys ou os Beatles fizeram em termos de música. Eles apenas aumentaram o volume e a velocidade. Eu sempre achei que o punk rock fosse sobre melodias, mensagens e emoções. Para mim, esses elementos funcionam tanto na música punk quanto na música pop.
Uma mensagem para o público brasileiro
Mantenham-se forte e permaneçam juntos contra o racismo, o sexismo e a homofobia.
1 Comment
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poesia
25 de agosto de 2017 at 18:25
maravilhoso site ,gostei mesmo olha de parabens viu