Com uma carreira de mais de duas décadas e hits memoráveis, a banda escocesa Travis fará um show especial da Raze The Bar Tour nesta terça-feira (5), na Audio, em São Paulo. Ainda há ingressos disponíveis.
Antes da apresentação, o baixista Dougie Payne compartilhou um pouco dos bastidores da turnê e refletiu sobre a relação de longa data com os fãs.
Após o cancelamento de uma apresentação no Paraguai devido ao mau tempo, Payne expressou a frustração da banda, que estava pronta para subir ao palco.
Em um bate-papo descontraído, ele também falou sobre a ideia por trás da abertura de seus shows com a icônica música de abertura do seriado Cheers, comentou a renovação de seu público com novas gerações e relembrou álbuns que marcaram sua trajetória musical.
Oi Dougie, onde você está agora?
Já estou aqui em São Paulo. Acabamos de chegar do Paraguai
A apresentação em Assunção foi cancelada de última hora, certo? Como receberam essa notícia na hora?
Foi terrível, absolutamente terrível. Estávamos lá, prontos para subir no palco e eles continuaram nos segurando por causa da chuva forte. Deveríamos subir às 21h e ficamos lá até meia-noite até que eles finalmente chegaram e nos disseram que seria impossível subir devido à tempestade e ao fato de que tudo estava molhado – era um evento ao ar livre.
Uma das coisas que me chamou a atenção nos últimos setlists do Travis é a música de abertura dos shows, a a cançãode abertura da série Cheers. De onde tiraram essa ideia?
Na verdade, ouvimos em outro show e copiamos para o nosso. Queremos que nosso show tenha a sensação de um bar aconchegante onde os amigos se reúnem, e a letra é perfeita para representar isso “às vezes você quer ir aonde todo mundo sabe seu nome”, porque é assim que nos sentimos, amigos de muitos anos – décadas – nos encontrando e compartilhando histórias.
Quais são as expectativas para o show em São Paulo? O que os fãs podem esperar da apresentação? O set será o mesmo dos últimos shows? Teremos novas músicas?
Tocaremos muitas músicas. Tentamos incluir o máximo possível. A vibe realmente depende de como nos conectamos com o público. Esperamos que seja como expliquei antes – amigos se encontrando depois de muito tempo – uma vibe agradável, aconchegante e confortável.
Você vê uma renovação do público do Travis? Você acredita que o público jovem está descobrindo a banda e indo aos shows?
Sim, notamos pais e seus filhos e isso é realmente adorável. Sabe, estamos aqui há muitos anos.
No final dos anos 1990, a NME disse: “Travis será melhor quando eles pararem de tentar fazer discos tristes e clássicos”. Como você se sente sobre isso hoje?
Eu nunca gostei de ler a NME. Preferia outras revistas de música. Realmente não sinto que era sobre isso, sobre “tentar” fazer certos tipos de músicas. Nós nunca “tentamos” fazer soar como nada. Nós apenas escrevemos, lançamos nossa música e esperávamos que fosse um sucesso.
Quais três álbuns tiveram a maior influência em sua carreira? Por quê?
The Beatles – Revolver: Apesar de haver músicas tristes, o álbum tinha uma sensação positiva porque você pode ouvir que eles sabiam para onde estavam indo
David Bowie – Hunky Dory: Me apaixonei totalmente por David Bowie com este álbum
Suede – Suede: Um disco muito marcante para mim.