O cantor e compositor norte-americano Wyn Starks, que conquistou fama internacional com o hit Who I Am, compartilhou em entrevista exclusiva ao Blog n’ Roll suas experiências desde que se mudou de Minneapolis para Nashville e destacou os desafios e vitórias em sua jornada musical.
Com uma passagem marcante pelo programa America’s Got Talent, Wyn Starks ganhou ainda mais reconhecimento e visibilidade.
Durante a conversa, o músico relembrou sua conexão familiar com Prince, que lhe serviu de grande inspiração ao longo da carreira, e refletiu sobre temas importantes como o movimento Black Lives Matter.
Wyn Starks também falou sobre o impacto emocional de ver Celine Dion interpretar sua canção em um documentário e deixou os fãs animados ao revelar detalhes de seu próximo álbum, que dará sequência ao sucesso de Black is Golden.
Além disso, Wyn Starks expressou seu carinho pelo Brasil, mencionando o desejo de visitar o país em breve.
Com uma carreira em ascensão e diversos projetos em andamento, o cantor continua a conquistar espaço no cenário musical internacional com sua autenticidade e profundidade artística.
PARABÉNS PELO SEU SUCESSO. ONDE VOCÊ ESTÁ MORANDO AGORA?
Eu sou de Minneapolis, mas moro em Nashville, Tennessee. Estou aqui há sete anos.
POR QUE MUDOU?
Bem, por causa da música.
MAS MINNEAPOLIS TAMBÉM É CONHECIDA COMO UMA CIDADE DE MÚSICA, CERTO?
Sim, é. Existe uma cena musical lá, com certeza, na qual realmente estou me envolvendo mais, surpreendentemente. Eu realmente não me aprofundei nessa cena quando morava lá, mas Nashville parecia certa para mim. Porque meio que encontrei meu som aqui e conheci as pessoas certas e, o mundo do rock, mas sem dúvida estou me conectando com mais pessoas em Minneapolis porque é uma cidade de música também, que não percebi antes. Tem uma cena de música mais “underground”.
COMO VOCÊ DESCREVERIA A CENA MUSICAL EM NASHVILLE? QUAL É A DIFERENÇA PARA MINNEAPOLIS?
Nashville é chamada de cidade da música. É comumente conhecido pela música country, que as pessoas também gostam, mas há muito mais do que apenas country, que também amo.
Há uma cena pop surgindo aqui, uma cena soul surgindo aqui. É como todos os tipos de música, o que é muito legal. Você pode ver uma variedade de música, e é por isso que é uma cidade da música nesse sentido.
INSISTI EM MENCIONAR MINNEAPOLIS POR CAUSA DE PAISLEY PARK. E SOU UM ÁVIDO FÃ DO PRINCE.
Que incrível! Acabei de fazer uma turnê lá e pude ouvir um vocal isolado do Prince de 1978 que eles me mostraram. Porque somos uma família, sou parente de Prince por casamento. Seus irmãos são meus primos. Eles são meus primos de sangue porque temos o mesmo pai, mas mães diferentes. Então, somos parentes.
ISSO É INCRÍVEL! VOCÊ QUER DIZER QUE ESTOU FALANDO COM A REALEZA?
Eu não diria isso, não, mas ele é nossa realeza com certeza. Ele foi uma grande inspiração para mim também.
FOI UMA TRANSIÇÃO RÁPIDA DA ÁREA DA HOSPITALIDADE PARA A MÚSICA?
Eu já estava fazendo música enquanto trabalhava. Quando me mudei para Nashville, queria apenas me aprofundar na cena musical daqui. Já trabalhava em hospitalidade antes de me mudar para cá. Então, meio que consegui um emprego aqui num hotel.
Estava trabalhando e ensaiando coreografia para meus vídeos. Trabalhava durante a noite para poder escrever de manhã. E estava trabalhando em dois empregos na época, dois hotéis diferentes. Trabalhava durante a noite para poder gravar durante o dia. E então dormia um pouco antes do trabalho e depois ia trabalhar novamente.
Até ensaiava Dancing My Way no trabalho – ensaiei a coreografia para esse vídeo enquanto estava no trabalho. Então já estava fazendo música, e isso meio que me empurrou para tempo integral. Isso meio que me forçou a ir.
VOCÊ GOSTOU DO AMERICA’S GOT TALENT? VOCÊ DIRIA QUE É UM AMBIENTE COMPETITIVO?
Não é tão competitivo, quero dizer, é competitivo, sim, mas você não sente isso quando está lá. Havia uma vibe legal lá. Todo mundo que conheci foi muito legal. Mesmo entre os competidores, não havia vibração competitiva, entendeu? As pessoas eram muito legais – mesmo no meu grupo.
Foi mais sobre a emoção e fazer de tudo para garantir que eu estava pronto para minha apresentação, e conheci algumas pessoas ótimas com quem ainda estou em contato, outros artistas e outras pessoas que estão nas artes também. Então foi bom poder se conectar assim.
VI QUE VOCÊ SE PREOCUPA MUITO COM O MOVIMENTO BLACK LIVES MATTER. VIU ALGUMA MUDANÇA DESDE A MORTE DO GEORGE FLOYD OU AS COISAS VOLTARAM A SER COMO ERAM ANTES?
Sim, parece, não exatamente esquecido, mas como se as pessoas tivessem seguido em frente muito rápido, quando, na verdade, ainda precisamos ver mudanças significativas no sistema, sabe, e as pessoas só querem voltar ao normal.
Mas para nós, queremos ver mudanças, como para as pessoas da minha comunidade e aliados, queremos ver mudanças reais para que não repitamos o que aconteceu. Porque, realmente não parou.
Não sei se você está sabendo da Sonya Massey, que também foi morta pela polícia. Então, ainda estamos vendo isso acontecendo e não estamos vendo mudanças. Precisamos ver mudanças em nosso governo quando se trata de tudo isso. Esse é o tipo de sentimento que tenho, não vejo muita mudança acontecendo.
AS MANIFESTAÇÕES FORAM ENORMES E SE ESPALHARAM PELO MUNDO. COMEÇOU A ACONTECER EM OUTROS LUGARES DO MUNDO E HOUVE ENTUSIASMO SOBRE ISSO.
Certo. E, mesmo assim, honestamente, me sinto mais dividido neste país do que nunca. Sinto que agora com a nova empolgação por Kamala (Harris, vice-presidente dos Estados Unidos), onde as pessoas estão se sentindo tão positivas, e sou uma delas, é bom ter esperança novamente.
É assustador quando você realmente pensa sobre o quadro geral de para onde estamos indo e especialmente para alguém como eu, sabe? Mas também para as mulheres e seus direitos, como e o que elas podem fazer com seus corpos, enfim. É como se tivéssemos retrocedido. E agora estamos tentando consertar o que estava quebrado. Espero que a gente consiga.
QUANDO VI VOCÊ CANTANDO WHO I AM, O QUE É TÃO INSPIRADOR, ESTAVA PENSANDO SOBRE O TEMA DE SAIR DO ARMÁRIO, E ESPECIALMENTE PARA ALGUÉM COMO EU. NÃO TENHO CORAGEM DE SAIR. AINDA VIVO EM UM MUNDO QUE DIZ QUE É MELHOR NÃO DIZER NADA SOBRE A MINHA SEXUALIDADE PARA ME PROTEGER. QUAL CONSELHO VOCÊ DARIA PARA PESSOAS, COMO EU, QUE AINDA TÊM MEDO DE SEREM ELAS MESMAS?
Honestamente, ainda estou nessa jornada. Nem tinha saído do armário até escrever essa música. Não era necessariamente sobre isso, digo, estava falando de coração quando escrevi essa música, ainda estava nessa jornada de amor-próprio. E foi isso que me levou a ser mais aberto sobre quem sou. Ainda acho difícil às vezes, e digo às pessoas que ainda estou nessa jornada. Posso levar muito mais pessoas comigo agora – pessoas que ouviram a música.
Então, quando eles me mandam suas mensagens, eles não sabem o quanto isso me inspira. Eu sou inspirado por suas histórias. Sabe por quê? É como uma coisa recíproca. Estou dando esse amor através da música e eles estão me devolvendo e isso me alimenta novamente para continuar. É tão legal. Eu, sem dúvida, encontrei uma comunidade de pessoas que, quando ouço suas histórias e sua coragem, isso me dá mais coragem para ser mais ousada sobre minha sexualidade e quem eu sou.
Como conselho, diria que encontrar uma boa comunidade de pessoas que te aceitam e que te celebram e te toleram, que tem sido a maior e melhor coisa para mim, foi encontrar aquelas pessoas que celebram e eu mesmo faço isso pelas pessoas, sabe? Então só precisa encontrar essa boa comunidade.
VOCÊ CONSEGUIU INSPIRAR CELINE DION!
Isso é outra coisa, oh meu Deus, isso é um sonho. Porque a música dela fez isso por mim. Cresci ouvindo, estudando-a como vocalista, como olhar para sua arte e como ela conseguiu alcançar tanta classe e elegância, sem nenhum escândalo, sabe?
De qualquer forma, adorei assistir sua carreira e isso me inspirou. Então, tê-la inspirada por essa música depois do que ela fez por todos nós, é enorme. Ainda choro todos os dias.
VOCÊ SE LEMBRA DE SUA REAÇÃO QUANDO A VIU CANTANDO A MÚSICA?
Estava no cinema porque fui a uma exibição antecipada com minha co-compositora, com quem escrevi a música. Na verdade, escrevi com Vanessa Campagna e outra co-compositora, além do meu amigo Josh Bronlewee.
Estávamos sentados lá, eu e Vanessa, porque ela é grande fã de Celine também – a primeira música que ela cantou em um show de talentos e o primeiro show que ela assistiu foi da Celine, sabe? E então estávamos sentados lá e, honestamente, não sabia como seria no filme. Tinha ouvido sobre o assunto alguns dias antes através dos fãs. Estava deitado na cama e comecei a receber mensagens de pessoas que tinham visto uma pré-exibição e eles me contavam.
Foi um momento tão impactante no filme. E não podia acreditar porque quando ouvi pela primeira vez que ela estava cantando minha música, já fiquei animado só sabendo que ela tinha ouvido minha música. Não queria ter muitas esperanças caso eles decidissem não usá-lo ou algo assim. Já foi o suficiente para mim. Mas quando vi, honestamente não pude acreditar, especialmente depois de um momento tão vulnerável que ela nos mostrou, e ela realmente insistiu que tudo fosse usado no filme, o que é realmente poderoso.
Estava com o coração partido ao vê-la passar por essa situação. Vendo ela se levantando, eu teria chorado se fosse qualquer música, honestamente, vê-la cantando com aquela paixão e convicção depois do que acabou de acontecer com ela. Então, fico emocionado só de pensar nisso, honestamente. Foi um momento realmente poderoso.
Eu e Vanessa estávamos de mãos dadas e chorando juntos. Depois a gente assistiu os créditos no final e nossos nomes estavam lá. A gente olhando um para o outro perguntando “você está brincando comigo?”
AGORA FALANDO SOBRE AS OUTRAS MÚSICAS, MAMA OF MINE E RUN, ELAS SÃO DO SUCESSOR DE “BLACK IS GOLDEN”?
Sim, estou trabalhando em um novo álbum e lancei três músicas. Where are the Giants foi meu primeiro single. Logo depois, vieram Mama of Mine e Run. Aliás, lancei Mama of Mine no Dia das Mães. São todas músicas que vão para o meu próximo álbum.
E QUANDO ISSO SAI?
Ainda estamos vendo uma data exata. Agora acabei de terminar a última música, estou terminando tudo e fazendo pequenas mudanças necessárias. Mas estou praticamente terminando com o álbum. Agora só preciso planejar tudo.
QUAL É O SIGNIFICADO POR TRÁS DO NOME DO ÁLBUM BLACK IS GOLDEN?
Veio depois do assassinato do George Floyd. Fui inspirado por artistas que vieram antes de mim e abriram o caminho para fazer o que estou fazendo, como Marvin Gaye, Sam Cooke, Aretha Franklin.
Cresci ouvindo muita Motown e gosto muito, mas ouvia todos os tipos de música. Minha mãe tocava tudo em casa. Apenas gravitava para a música. Cresci nos anos 1980, amava pop e rock dos anos 1980, amava R&B, a Motown. Eu e meu irmão gêmeo ficávamos na van da minha mãe por horas ouvindo Motown. Fiquei tão inspirado por artistas assim e me senti ainda mais inspirado depois do que aconteceu com George Floyd.
Sou de Minneapolis, onde aconteceu, então foi muito perto do meu coração, e eu realmente queria fazer uma declaração através disso. Também em músicas como Sparrow, que escrevi com um dos meus melhores amigos, que produziu muitas das músicas desse álbum. E ele vai produzir meu próximo álbum também.
Nós escrevemos todas as músicas juntos, assim como Sparrow, que queríamos ter essa sensação espiritual negra – quase para levá-lo de volta no tempo. É por isso que foi muito legal poder refazer isso com o Fisk Jubilee Singers que são de Nashville, porque fizemos como deveria ser para mim – aquele velho som espiritual negro.
VOCÊ JÁ RECEBEU ALGUM FEEDBACK DE FÃS FORA DOS EUA? E NO BRASIL?
Sim. Tenho recebido tantas mensagens e tanto amor do Brasil. São Paulo é uma das minhas principais cidades.
QUANDO VOCÊ VEM? QUEREMOS VÊ-LO!
Eu quero! Estamos planejando algo, vendo como isso funciona. Quero visitar diferentes estações (de rádio) e fazer algumas músicas. Realmente gostaria de retribuir todo esse amor que tenho recebido do Brasil. Tenho tantas pessoas de lá falando comigo.
Sei que o Brazil’s Got Talent postou o vídeo também da AGT, que viralizou, e agora com o documentário da Celine abriu uma outra estratosfera. Você pode ver esse impacto em todo o mundo a partir desse documentário.
O QUE VOCÊ SABE SOBRE A MÚSICA BRASILEIRA? EXISTE ALGUMA ASSOCIAÇÃO QUE VOCÊ FAZ COM A MÚSICA BRASILEIRA?
Eu cresci na igreja, me lembro de conhecer alguns cantores do Brasil. Estava mais envolvido na cena da música cristã quando comecei na música. E então fiz toda essa jornada de autodescoberta e me lembro de ter pensado: “Uau, essas pessoas cantam muito”. Gostaria muito de me aprofundar nessa cultura.
SIM, VOCÊ DEVERIA, PRINCIPALMENTE SE VOCÊ GOSTA DE MÚSICA NEGRA, QUE TEM MUITO NO BRASIL. METADE DO BRASIL É NEGRO E ELES TROUXERAM COM ELES, ATRAVÉS DE ESCRAVIDÃO, SUA MÚSICA DA ÁFRICA. TEMOS MUITO PARA VOCÊ INVESTIGAR E TALVEZ INCORPORAR À SUA MÚSICA.
Meu Deus! Adoraria isso, na verdade. Quando me mudei para Nashville, eu, meu co-compositor e bom amigo escrevemos uma música juntos que foi muito inspirado na Índia porque ele é de lá, de Mumbai. Então fui lá e gravamos um vídeo, a música tem influência indiana também.
Adoro incorporar diferentes culturas e sons na minha música. É por isso que amo o álbum de Jon Batiste, World Music Radio, porque me dá aquela “feeling” que quero na minha música, sabe?
FALANDO DE SUAS INFLUÊNCIAS, QUAIS OS TRÊS ÁLBUNS QUE MAIS TE INFLUENCIARAM NA CARREIRA?
Butterfly, da Mariah Carey, é um dos meus álbuns favoritos, lembro-me de ouvir isso quando criança. Na verdade, era o CD da minha irmã, mas peguei dela porque amava muito. Minha irmã tinha esses grandes CDs de livros, lembra? Folheava e passava horas apenas descobrindo música. E esse foi um deles que me chamou a atenção.
Amo Brandy Norwood também. O álbum Never Say Never meio que mudou minha vida. Mas Whitney Houston é uma das minhas principais vocalistas, assim como Celine Dion. Elas me inspiraram muito como vocalista, muitos de seus álbuns, mas também há What’s Going On, de Marvin Gaye, que eu e meu irmão costumávamos ouvir muito. Na verdade, acabei de comprar o vinil, o que me deixa muito animado. Tenho tocado muito.
VOCÊ NÃO MENCIONOU NINGUÉM RECENTE. EXISTEM ARTISTAS ATUAIS QUE VOCÊ ACHA QUE O INFLUENCIARAM?
Há tantos artistas atuais, amo Jasmine Sullivan e Jon Batiste. Amo Leon Bridges e The Killers, eles são totalmente a minha vibe, assim como o Coldplay. Amo muito o Coldplay. Todos nós amamos Adele e Sam Smith, que são grandes inspirações como vocalistas. Beyoncé, quem não a ama? Amei Destiny’s Child – esse foi um dos álbuns também, que me lembro de ouvir e gostar, e dominar suas harmonias.
Lembro-me de ouvir tantos de seus álbuns e acompanhar suas carreiras e, sabe, o que a Beyoncé fez é tão inspirador para tantos artistas, especialmente para mim. E eu amo, amo seu álbum country. Acho que é um dos melhores trabalhos dela. É tão inspirador porque também sou esse tipo de artista. Adoro fazer tudo, não quero ser colocado em uma caixa. E por isso que ela me inspira tanto. Ela é uma artista que simplesmente se recusou a ser colocada na caixa de alguém. Quando vejo coisas assim, fico ainda mais inspirado a continuar fazendo música.
Às vezes, você fica desanimado porque você tenta pensar sobre o que eles querem ou o que fazer, mas no final é sobre ser fiel a si mesmo.
VOCÊ ACHA FÁCIL COMPOR?
Com as pessoas certas, com certeza. Melhorei bastante como compositor apenas morando aqui em Nashville porque há tantos grandes escritores aqui e consegui encontrar meu estilo de escrever e encontrei minha tribo de pessoas com quem gosto de trabalhar.
Mas a “vibe” precisa ser certa para mim para que as melodias saiam um pouco mais fáceis. Costumo ter dificuldade com escrever a letra às vezes, mas quando a “vibe” está certa entre nós, ela flui mais fácil, com certeza. Fico muito na minha cabeça e realmente quero que fique bem com as palavras, sabe?
A LETRA DE WHO I AM SOA COMO SE TIVESSE SIDO ESCRITA POR DEUS
Oh, muito obrigado! Foi tão divertido de escrever porque tinha acabado de conhecer Vanessa naquele dia. Essa foi a primeira vez que nos encontramos e somos amigos desde então. Tinha acabado de me mudar para Nashville, acho que foi em 2018 ou 2019, quando escrevi isso. E então fizemos os vocais e lançamos meu EP Who I Am. Foi muito divertido de escrever porque havia apenas um fluxo definido naquele lugar.
Trabalhando com Vanessa e Josh, temos um fluxo. Amo que, quando cheguei, comecei a falar sobre minha vida, falar sobre minha jornada com a música e Vanessa começou a digitar. Então começamos a juntar as peças, comecei a ouvir melodias, ela estava ouvindo melodias. E pegamos nossos blocos de notas. Todos nós começamos a digitar e houve um fluxo lá, com certeza. Eu amo escrever assim. Assim é fácil, mas me deparei com blocos de escrita e tudo mais também. Mas você só precisa estar animado.