O filme Legalize Já – Amizade Nunca Morre, dirigido por Johnny Araújo e Gustavo Bonafé, estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (18). Para a divulgação do filme que conta a história de formação da banda de raprockandrollpsicodeliahardcoreragga Planet Hemp, o ator Ícaro Silva, que interpreta o “Skunk”, esteve no Cine Roxy, em Santos, para autógrafos e uma sessão de pré-estreia do longa.
“O filme fala sobre amor, persistência e flexibilidade. Gosto de dizer que é um filme sobre flexibilidade para tempos duros, a gente está vivendo tempos muito duros, com uma ascensão de ódio e propostas extremamente fascistas aqui no Brasil, então eu acho que é um filme muito pontual, acho que é muito necessário para o que estamos vivendo”, comentou Silva, logo na chegada ao evento.
O personagem de Ícaro Silva, por sinal, foi um desafio e tanto para o ator. Skunk, o parceiro e maior incentivador de Marcelo D2, aparece em poucos registros e faleceu muito cedo. Nada disso, no entanto, freou a busca por riqueza de detalhes sobre o músico.
“É uma faca de dois gumes, cara. Como não tem registros dele, não tem ninguém esperando que eu faça exatamente igual, como é o caso do Renato (Góes) que tem o Marcelo D2 bem registrado. Mas tem a dificuldade de fazer alguém que viveu, existiu e que deixou um legado muito poderoso, sem ter conhecido essa pessoa. Mas o que eu gosto de dizer para todas as pessoas é que o Skunk vive nos olhos do Marcelo, e através do Marcelo e das histórias que ele me contou e de tudo que vivemos durante a preparação do filme, eu pude conhecer o Skunk”.
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E quando fala sobre Skunk viver nos olhos de Marcelo D2, o ator não está apenas prestando uma homenagem. O filme deixa bem evidente que realmente o líder do Planet Hemp carrega muito do seu parceiro até hoje. D2 foi um consultor presente nas gravações.
“Ele fez parte do argumento do filme, ele está presente e assina a trilha sonora. Ele sempre esteve ali com a gente, porque é um projeto de muito afeto pra ele, de muito amor, mas ele nos deus muita liberdade para criar, tanto pra mim quanto para o Renatinho. Rolou muita liberdade também para a nossa interpretação da história, porque por mais que seja baseada em fatos reais, ainda é uma história de ficção”.