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Entrevista | Royel Otis – “Pura sorte e timing, além de uma equipe muito boa atrás”

A trajetória do duo australiano Royel Otis ainda é muito recente. A dupla iniciou as atividades em 2019, lançou o EP de estreia em 2021 e liberou o primeiro disco de estúdio somente no início deste ano. 

Apesar disso, já vem colhendo frutos importantes: Going Kokomo foi incluída na trilha sonora do EA Sports FC 24, enquanto uma versão de Murder on the Dancefloor, de Sophie Ellis-Bextor, viralizou após uma apresentação na rádio australiana Triple J.

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Royel Maddell (guitarras) e Otis Pavlovic (vocais) lançaram três EPs desde outubro de 2021. Agora, segue na divulgação do álbum Pratts & Pain, que traz músicas que não saem da cabeça, como Fried Rice e Sofa King. Mas, a produção sonora não para. A novidade é o single Nack Nostalgia, revelado na última sexta-feira (19).

Em conversa com o Blog n’ Roll, via Zoom, a dupla falou sobre o disco de estreia, o sucesso repentino e as principais influências. Confira abaixo!

Como você descreveria a cena musical de Sydney atual? 

Otis: Acho que provavelmente está mudando um pouco, mas depende do que você gosta. Mas há algumas bandas boas e legais saindo de Sydney. 

Royel: Muitas, na verdade. O Le Shiv e a Radio Free Alice são muito boas. 

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Otis: A Radio Free Alice é de Melbourne, mas tá valendo.

Seguem na mesma linha de vocês?

Otis: É simplesmente rock. Mas acho que estamos no mesmo mundo. Não tem tanta diferença.

Compor é uma terapia para vocês? 

Otis: Sim, depende do que você está escrevendo. É sempre diferente, cada música é diferente. Mas acho que algumas músicas são como terapia mesmo. É algo que sai do meu peito, enquanto outras são apenas uma forma de se divertir.

Vocês gravaram todos os instrumentos ou tem mais alguém envolvido nessas gravações?

Otis: É uma mistura entre nós e Dan Carey (produtor inglês), com quem trabalhamos. Ele é como um mago presente em todos os instrumentos. Também convidamos Yuri, um amigo dele para tocar bateria, e seu sobrinho Archie para tocar bateria também. E todos nós nos revezamos experimentando instrumentos que não temos ideia de como usar.

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Mas quando tocamos ao vivo, temos nossos amigos Tim Eyre e Julian Sudek, que nos ajudam a criar tudo ao vivo.

O que foi fundamental para o reconhecimento maior para o Royel Otis?

Royel: Pura sorte e timing, além de uma equipe muito boa atrás de nós, que nos incentiva constantemente e nunca nos deixa relaxar.

Como surgiu a ideia de regravar Murder On The Dancefloor, que foi um sucesso no início dos anos 2000?

Royel: Foi algo de última hora, tivemos que escolher uma música, mas ela definitivamente surgiu no mix de canções que estávamos conversando há algum tempo. Mas somente no dia anterior da gravação que pensamos na escolha. Testamos e deu certo.

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Queríamos fazer algo que normalmente não seria nosso gênero ou algo parecido, então foi mais uma surpresa. 

Otis: Sempre adorei essa música. Cresci ouvindo isso, amo o elemento das cordas, as guitarras e tudo realmente muda isso.

Vocês pretendem fazer mais covers assim? 

Otis: Acho que não, pelo menos por enquanto.

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Royel: Sim, acho que já fizemos o suficiente.

Vocês também fizeram uma apresentação muito boa em um pub inglês. Como foi para vocês?

Otis: Tocamos muitas coisas curiosas e depois ficamos ali sentados jogando aquele velho jogo de perseguição trivial que estava desatualizado. Apenas tentamos pensar em nos manter no caminho certo. Foi muito divertido.

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E o Brasil? Vocês têm planos de vir aqui para talvez promover seu álbum de estreia? 

Otis: Absolutamente. Sim, nós realmente queremos. Assim que tivermos oportunidade, estaremos lá. Mas reservamos todo esse ano cheio de shows antes que qualquer coisa começasse a decolar de alguma forma.

Até o fim do ano, a agenda está cheia, mas o Brasil está nos planos. Até dezembro temos Europa, Reino Unido, América do Norte e retornamos para a Europa, onde temos shows até o início de dezembro.

Quais os três álbuns que mais influenciaram vocês como artistas? 

Otis: Digamos qualquer um dos álbuns dos Smiths ou Boys Don’t Cry, do The Cure.

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Royel: Off the Wall, do Michael Jackson, para mim é ótimo. Gosto muito também do Highly Evolved, do The Vines, e o Silent Alarm, do Bloc Party.

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