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Foto: Andre Greco/Divulgação

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Entrevista | Supercombo – “Vamos tocar o disco inteiro e na ordem”

Celebrar os dez anos do álbum que colocou a Supercombo em outro patamar na música brasileira. Essa é a proposta da tour Amianto – 10 Anos, que tem início neste sábado (13), a partir das 19h, no Arena Club, em Santos. Ainda há ingressos disponíveis no Articket, com valores a partir de R$ 60,00.

Até dezembro, a tour da Supercombo passará ainda por Campinas, Ribeirão Preto, Florianópolis, Curitiba, Brasília, Belém, Manaus, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

Animados com o início da tour, o baterista André Dea e a baixista e vocalista Carol Navarro conversaram com o Blog n’ Roll sobre a expectativa, o formato dos shows, lembranças de Santos, além de influências musicais. Além dos dois, a Supercombo também conta com Leonardo Ramos (voz e guitarra) e Paulo Vaz (teclado, guitarra).

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Como funciona esse show? Amianto será tocado na íntegra e na ordem?

André: O show é exatamente assim. A gente vai tocar o disco inteiro na ordem que ele foi lançado. Então, abrindo com Matagal, fechando com Amianto. E até aí não tem muita surpresa pra galera. 

Mas a gente preparou um bis com algumas outras músicas também que a gente acha que vão ser legais. Algumas que a gente não toca há bastante tempo. Vão ter surpresas!

Carol: Vão ter surpresas. Acho que vai ser um show bem maneiro, faz um tempinho que a gente não vai pra Santos.

Enfim, estamos loucos pra mostrar pra galera daí. E vai ser a estreia, né? É o primeiro show da nossa tour.

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Quais lembranças mais marcantes vocês têm dos shows em Santos?

Carol: Santos sempre teve portas abertas para o rock, né? Sempre foi uma cidade muito receptiva ao estilo. E sempre teve essa coisa de festivais de bandas. Então, desde que comecei a tocar com a minha primeira banda, a gente sempre foi pra Santos.

Sempre teve casa, independente se era pequena ou grande. Mas sempre rolou essa movimentação. E não é diferente até hoje com a Supercombo.

André: Pra mim também. No Arena, que a gente vai tocar agora neste sábado, a gente já fez só com a Supercombo muitas vezes. Acho que desde que tô na banda, todos os shows que fiz foram no Arena.

Então já rola esse carinho também com a casa, com a galera que vai. E em outras bandas que toquei também, sempre tive uma experiência muito legal em Santos. É isso que o Carol falou, né? Tem uma tradição de bandas grandes de rock que impactaram o Brasil.

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O Charlie Brown Jr, Garage Fuzz, Aliados também. São bandas que rodam muito, que têm muito peso na história tanto do rock mainstream quanto do underground. Enfim, é muito legal pra gente poder estar na terra dessa galera.

Essas bandas são referências para vocês? 

André: Total. O Garage Fuzz pra mim até mais, faz parte do hardcore, underground, de onde vim e tal. Charlie Brown Jr, ouvi muito, muito mesmo. Charlie Brown me moldou muito como músico. Sempre me influenciou muito e tal. 

O quão importante é o álbum Amianto pra carreira do Supercombo? 

Carol: Amianto foi o primeiro álbum que teve uma mudança drástica de integrantes, né? Foi o primeiro disco meu como baixista da banda. E foi o primeiro disco que a banda se colocou num lugar um pouco menos underground, assim. A gente conseguiu chegar em lugares maiores com esse disco. Foi um disco que abriu muitas portas, a gente conseguiu entrar mais em rádio.

A Piloto Automático andou sozinha, assim, de um jeito que a gente não esperava. É um disco que traz muita lembrança boa. Foi um disco que abriu a Supercombo para o universo fora da internet, sabe?

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E foi nosso primeiro disco também com selo. Então, meio que rolou uma estrutura maior para esse disco ser lançado, sabe? Foi um disco, querendo ou não, produzido de uma maneira maior. Foi uma virada de chave.

Qual música do Amianto que mais mexe com vocês nos shows?

Carol: É, pra mim, cada vez que a gente ensaia tem uma favorita nova. Na verdade, gosto muito de tocar Ela. Acho que é uma música bem massa, toda a estrutura dela e o lance que ela tem rítmico. Mas gosto muito de O Peso da Cruz

André: Pra mim, também muda de um ensaio pro outro. Mas Ela é uma também das que coloco sempre no topo. E Campo de Força também. Gosto muito, tem uma linha de bateria muito interessante, cheia de nota e tal, mas ao mesmo tempo flui muito bem.

Está nos planos registrar essa tour do Amianto em formato audiovisual?

André: A gente não tem esse plano. Lançamos um registro ao vivo há alguns anos, não temos planos de fazer um novo por agora, mas, de certa forma, audiovisual sempre tá rolando porque a gente sempre leva videomaker, fotógrafo, então conteúdos desse tipo a gente sempre solta. 

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Mas algo que vá pras plataformas de streaming e tal, como foi o nosso DVD, a gente não tem planos, pelo menos por enquanto. 

Enquanto excursionam com Amianto, há espaço para pensar em álbum novo, single, EP?

André: Já estamos, a gente já começou a produzir. Temos umas 15 músicas. A gente já se trancou no estúdio há um tempo pra ter ideias de músicas novas e tal, decidimos levantar várias e a gente tem planos de lançar um disco novo no ano que vem. O plano original é ainda no primeiro semestre, a gente tem quase um ano ainda pra isso, mas o processo todo também é lento, então a gente espera que consiga concluir nesse tempo.

Enfim, já tem planos, já tem coisas entrando no forno, digamos assim, saindo ainda não, mas entrando no forninho, vamos ver se a gente solta até o primeiro semestre do ano que vem coisa nova pra galera. 

Carol: Tem várias que já estão mais adiantadas, outras que são mais embrionárias ainda, ainda tem chão, mas já tem um chão legal. 

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Pra fechar, quais são os três álbuns que mais marcaram vocês como músicos. Por que?

Carol: Sou muito fã da banda No Doubt, então aquele disco Return of Saturn (2000), que não é exatamente o mais famoso deles, me fez ter muita vontade de montar uma banda. É um disco que não tem muitos hits, mas que me influenciou pra caramba pra ser quem sou. 

O segundo, eu diria que é o Jagged Little Pill (1995), da Alanis Morissette, porque é um disco foda, gosto pra caralho. Por fim, qualquer um do Pearl Jam. Amo!

André: O primeiro é o Insomniac (1995), do Green Day. Esse disco é o que vem logo depois do Dookie. Pra mim, ele é o Dookie maduro. Apesar do Dookie ser o de maior sucesso, gosto mais do Insomniac, eles estão amadurecidos ali. Amo muito o Green Day! 

Outro é o Outlandos d’Amour (1978), do The Police, que tem Stewart Copeland na bateria também. É um disco que ouvi muito, ouço até hoje, gosto muito de tudo, também me influenciou muito na maneira de tocar, muitas coisas vieram dali.

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Pra fechar, ia sair um pouco do punk rock, mas vou ficar. É The Empire Strikes First (2004), do Bad Religion. É um dos melhores deles. Apesar deles terem outros mais clássicos também, esse pra mim é um dos que mais me influenciaram, então boto na lista.

Sei que esse do Bad Religion e o do Green Day que citei não são os mais queridos e aclamados, mas pessoalmente, pra mim, são muito importantes.

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