Apaixonados pela cena nacional, cinco amigos se juntaram na Praia Grande com a proposta de começar algo novo. Em novembro de 2011, surgiu a Vaice, um grupo de rock alternativo para ficarmos de olho.
Atualmente, a banda conta com Leonardo Nascimento (baixo e vocal), Guilherme Nascimento (guitarra e vocal), Derek Cardoso (guitarra) e Patrick Klökler (bateria). Em entrevista ao Blog n’ Roll, o atual quarteto comentou um pouco sobre sua trajetória, influências e planos da carreira.
A banda na garagem
Segundo Leonardo, a música faz parte de suas vidas desde novos. “Meio que todos nós, apesar de termos idades diferentes, começamos a tocar na adolescência, por volta dos 13 ou 14 anos”.
Como outros grupos da cena nacional, a banda se formou de uma reunião entre amigos com a mesma paixão pela música. O foco, entretanto, sempre foi na música autoral.
“Na época éramos cinco, e eu entrei como baixista. Em 2013, o Guilherme entrou como segundo guitarrista, meses depois do lançamento do nosso primeiro EP”.
Só Não Esqueça Que O Mundo É Seu, do mesmo ano, foi o material de estreia da banda. Com quatro faixas, o EP, divulgado pelas redes sociais, é o material mais acessado no YouTube.
A formação da banda enfrentou mais três mudanças, passando por uma fase como power trio. Tudo isso até trocarem de baterista, em 2018. Com a entrada de Patrick nas baquetas, chegaram no molde atual, voltando aos estúdios em 2019.
Paralelo à música, os integrantes dividem seu tempo com outras carreiras. Leo trabalha com panificação e confeitaria, Derek cursa o terceiro ano de Sistemas de Informação e Patrick se dedica ao técnico de Segurança do Trabalho.
Guilherme vive mais tempo do ofício, mas também trabalha na panificação. “Fora da banda, dou aula particular de violão e também sou voluntário em uma escola na Praia Grande, oferecendo aulas de música para crianças e adolescentes”.
Música brasileira como maior influência
Em suma, o rock nacional segue como maior inspiração da banda. Leonardo relaciona a cena alternativa dos anos 2000, entre bandas como Dead Fish, NX Zero, Fresno e Glória. Entretanto, não esquece de como sua paixão pelo baixo começou.
“Quando comecei a tocar, ouvia muito hard rock. Isso me influenciou por bastante tempo, tendo o Duff do Guns n’ Roses como baixista de referência. Ainda curto sua criatividade e timbres no baixo. Mas a minha paixão mesmo sempre foi música nacional, bandas que eu realmente podia ver de perto”.
Para Patrick, bandas como CPM22, Glória, My Chemical Romance, Falling In Reverse e Black Veil Brides são suas maiores influências. Entre os bateristas, destaca alguns gringos, como Christian Coma (BVB), Jay Weinberg (Slipknot) e Beto Cardoso (Project46).
Derek vai ainda mais longe na versatilidade. Ele atravessa a cena internacional indo de Elvis Presley a McFly, mas também investe na cena brasileira. Fresno, Cazuza, Raul Seixas, Violet Soda e até Iza entram na lista de referências do guitarrista.
Já Guilherme não consegue definir uma lista fixa, mas mergulha em sons mais eruditas. “As influências vêm de todas as partes e mudam o tempo todo, fica difícil de dizer. Mas alguns dos artistas que eu tenho escutado bastante no momento são Milton Nascimento, Belchior, Fresno e Emicida”.
A banda inclusive já participou de eventos com alguns de seus ídolos. Leonardo listou alguns eventos: “tivemos a oportunidade de tocar como Charlie Brown Jr. em Praia Grande, quando ainda tínhamos poucos meses de banda. Foi uma experiência surreal. Também tocamos com Forfun, Fresno e Esteban, em outros eventos”. O último, inclusive, organizado pela Vaice.
Lançamentos e expectativas
Afrodite é o primeiro single do novo EP, Onde Os Fracos Não Têm Vez. A faixa também marca a primeira gravação onde Leonardo e Guilherme realmente cantam juntos.
O EP está previsto para esta quarta-feira (1) e deve incluir novos materiais, como videoclipes. As três faixas inéditas levam influências de hard rock e hardcore melódico, apostando nas referências dos músicos.
Entretanto, a banda já pensa no futuro, nos próximos lançamentos que estão por vir. “Já estamos compondo coisas novas. A firma não para!”, brinca Leonardo. Além do estúdio, a Vaice pensa em estender seus shows para cidades e estados que ainda não tiveram a oportunidade.