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Entrevista | Scalene – “Foi um crescimento natural, de evoluir e refinar as coisas”

Foto: Gabriel Oliveira

Após estrear em 2015, o Scalene é mais uma banda nacional que retorna ao Lollapalooza Brasil em 2019. Mais experientes e com uma base maior de fãs, o grupo brasiliense se apresenta no dia 5 de abril e leva para o Autódromo de Interlagos um show com base no álbum Magnetite (2017) e no EP +gnetite (2018).

Os recentes trabalhos mostraram uma evolução na sonoridade, combinada com o amadurecimento das próprias influências da banda. Em conversa com o Blog N’ Roll, o baixista Lucas Furtado contou um pouco desse processo de maturidade do som da banda e o que pode vir por aí.

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“Dos materiais antigos para os novos, uma galera sentiu uma diferença mais abrupta entre o Éter (2015) e Magnetite. Mas para a banda sempre foi um crescimento natural, de evoluir e refinar um pouco as coisas que gosta e o que não gosta. Começamos a querer algo mais, ir um pouco mais além do que as nossas influências antigas nos mostram”, explica o músico.

Durante a conversa, o músico revelou que “coletivamente” os integrantes têm escutado muitos artistas com diferentes tipos de sonoridade como forma de ampliar os horizontes musicais. Ele cita artistas como o americano Beck, o brasileiro Castelo Branco (projeto solo do vocalista do R. Sigma) e o duo eletrônico da Islândia Kiasmos.

“Estamos explorando bastante outros estilos e sonoridades diferentes do que estávamos acostumados. O que é legal porque a gente acaba ficando com o ouvido um pouco viciado com algumas tonalidades sempre iguais. Quando você sai disso e começa a ouvir outras paradas, sua cabeça abre. Tudo isso contribui bastante assim para expandir a influência e como percebemos a música”.

E parece que isso será um dos caminhos para o próximo disco da banda, previsto para ser lançado ainda este ano, mas sem uma data específica até o momento. “Já tem um disco no forno e eu acho que vai ser uma uma sonoridade que vai surpreender um pouco. É algo que queremos experimentar e estamos felizões com as composições e a forma como ele vai ter. Mas não posso dizer nada além disso agora, vai ter que esperar aí para conferir”.

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Assim como o novo material, o repertório para o Lollapalooza permanece um mistério. Lucas deu poucos detalhes sobre o que os fãs vão poder esperar. “Montamos uma narrativa legal, pegando músicas que que fazem sentido tanto sonoramente, quanto na mensagem entre elas. Mas eu não posso dar spoiler. Apenas digo que vai mostrar bem a nossa cara para quem estiver lá para curtir; e para quem não nos conhece e estiver passando lá, acho que vai ser um uma boa demonstração do que o Scalene é”.

Lembranças do Lolla

Lucas conta que o Lollapalooza tem uma forte ligação com a história da Scalene, tanto como banda, como público. Tão forte que parece um excelente roteiro de filme.

“Em 2014, eu, o Thomaz e o Gustavo fomos ao Lollapalooza. Quando estávamos lá, ficamos conversando como tudo era muito legal e as várias bandas que nós curtimos. Então, colocamos como meta que nos próximos anos iriamos tocar no festival. E no ano seguinte, nós estávamos lá”, comenta.

O músico conta como participar do festival em 2015 foi um importante passo na carreira do grupo, mesmo tocando em um horário pouco favorável.

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“Na época, estávamos começando a colocar a cara para fora da música underground brasileira. Já tínhamos feito vários shows pelo Brasil, mas ainda éramos conhecidos. Então foi uma oportunidade incrível. Tocamos bem cedão, mas estamos animadíssimos. Foi muito fera, subir em um palcão daquele e arrebentar”, relembra.

O baixista também comenta que o retorno para o festival esse ano é mais importante passo na trajetória da banda, agora com mais reconhecimento.

“Acredito que vai ser uma experiência nova. Não digo totalmente nova, mas tem um sentimento de novidade. Algo que causa uma ansiedade boa de poder voltar ao festival com a carreira mais estabelecida, mais conhecido pelo público e em um horário melhor”.

Por fim, o músico dividiu conosco uma lista dos artistas que pretende assistir no mesmo dia que a Scalene participa do festival.

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“Estou louco para assistir o Foals e St. Vincent, pois são os artistas que eu estou mais na pilha para ver. Também estou louco para ver finalmente a Molho Negro que eu curto muito e sempre quis assistir, mas sempre rolava um desencontro. E a Brvnks, que já assisti algumas vezes, mas acho fenomenal. Uma das artistas brasileiras que eu acho mais da hora dessa geração”, confessa o músico.

Serviço

A oitava edição do Lollapalooza Brasil contará com os headliners Arctic Monkeys, Tribalistas, Sam Smith e Tiësto, no dia 5 de abril; Kings of Leon, Post Malone, Lenny Kravitz e Steve Aoki, no dia 6 de abril; Kendrick Lamar, Twenty Øne Pilots e Dimitri Vegas & Like Mike no dia 7 de abril.

As entradas para o Lollapalooza Brasil 2019 podem ser adquiridas pelo site oficial do evento, bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – Credicard Hall, em São Paulo) e nos pontos de venda exclusivos: Km de Vantagens Hall Rio de Janeiro e Km de Vantagens Hall Belo Horizonte.

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