Crítica | Diabolical – Destruction

Desde o início de sua jornada, com o magistral EP Sentence of Death (1984), Schmier e sua turma jamais decepcionaram seus fãs. Tá certo que o Destruction possui uma fase obscura em sua carreira, principalmente em meados dos anos 1990, mas todos os thrashers têm a tríade alemã Sodom, Kreator e Destruction como entidades absolutas do estilo.

E Diabolical chega agora em 2022 para confirmar mais uma vez que a máquina de thrash metal está muito longe da aposentadoria.

Diabolical traz uma novidade. É a primeira gravação do Destruction sem o lendário guitarrista e membro original Mike Sifringer, que se retirou da banda devido aos seus problemas com alcoolismo. Uma baixa sentida, sem sombra de dúvidas.

Porém, o argentino Martin Furia e o suíço Damir Eskic são autênticos monstros das cordas, despejando riffs e solos muito convincentes em toda a extensão do álbum. A fila anda…

A única ressalva que alguns podem ter sobre Diabolical é que ele soa exatamente igual a tudo que o Destruction tem feito de 2000 para cá. Tal afirmação tem lá sua verdade, mas os thrashers realmente querem algo diferente? Por que a essa altura da carreira os alemães iriam inventar ser o que não são?

Dito isso, a devastação thrash rola à vontade em faixas boas como Diabolical, Repent Your Sins, State of Aphaty, Servant of The Beast, Ghost From The Past e a paulada que encerra o álbum, City Baby Attacked By Rats, excelente cover do lendário GBH, que certamente trará ótimas lembranças aos mais saudosistas.

Um time afiado de músicos, uma capa maravilhosa e a integridade intacta. O que mais pedir? Ouça!

Diabolical – Destruction

Ano de Lançamento: 2022
Gravadora: Napalm Records
Gênero: Thrash Metal

Faixas
1-Under The Spell
2-Diabolical
3-No Faith In Humanity
4-Repent Your Sins
5-Hope Dies Last
6-The Last of a Dying Breed
7-State of Apathy
8-Tormented Soul
9-Servant of The Beast
10-The Lonely Wolf
11-Ghost From The Past
12-Whorefication
13-City Baby Attacked By Rats