Crítica | Fury – Ektomorf

Não é novidade para ninguém que hoje em dia brotam bandas dos mais variados estilos em qualquer país do mundo. Pois vem da improvável Hungria o quarteto Ektomorf, formado no distante 1994 por Zoltan Farkas, hoje o único integrante da formação original.

Fury, lançado em 2018, já é o décimo terceiro álbum de estúdio dos húngaros, que conquistaram seu espaço no mundo da música da forma mais tradicional possível: através de incessantes turnês.

Quem conhece o trabalho da banda já está familiarizado com o fato de que o Sepultura fase Max Cavalera é a principal influência aqui. Foi assim em todos os álbuns da banda e em Fury não é diferente. A semelhança da voz de Zoltan com a de Cavalera chega a impressionar, a timbragem das guitarras remete a álbuns como Chaos A.D. e Roots. Isso é ruim? Quando bem usado, não mesmo.

Faixas

The Prophet of Doom, faixa de abertura, inicia chutando tudo e todos com riffs afiadíssimos e ritmo que remete ao thrash oitentista. Porém, a partir da segunda faixa, Ak 47, volta o feeling Sepultura noventista. Em algumas, como a faixa-título, a coisa também debanda para o Soulfy, projeto de…Max Cavalera.

E assim caminha Fury, ora pelos lados do Soulfy, com as insanas Bullet In Your Head e Infernal Warfare, ora do Sepultura, como Blood For Blood. Os brasileiros do Claustrofobia e os americanos do Machine Head também possuem similaridades com esses húngaros.

Com uma produção perfeita e fôlego de sobra, o Ektomorf entregou um álbum certeiro, potente, que agrada em cheio ao amante de música extrema, mesmo não sendo a coisa mais original do mundo. Prova de que álbuns bons não são somente aqueles que reinventam a roda. Ouça já e bata muita cabeça.

Fury
Ano de Lançamento: 2018

Faixas:
1-The Prophet of Doom
2-Ak 47
3-Fury
4-Bullet in Your Head
5-Faith And Strenght
6-Infernal Warfare
7-Tears of Christ
8-Blood For Blood
9-If You’re Willing To Die
10-Skin Them Alive