Resenha: Old Star – Darkthrone

O Darkthrone é um dos mais antigos e tradicionais nomes do black metal norueguês. Sempre comandados pela dupla Fenriz – Nocturno Culto, a banda, ao contrário de outras formações de seu país, obteve reconhecimento puramente por sua música, sem se envolver tanto nas polêmicas que assolaram aqueles lados no início dos anos 1990, como recentemente retratado no filme Lords of Chaos.

A carreira do Darkthrone possui fases distintas. O começo, com Soulside Journey (1991), era puro death metal. Posteriormente, teve início a fase black metal, com álbuns seminais como Transilvanian Hunger (1994) e A Blaze in The Northern Sky (1992).

Durante a década de 2000, o som da dupla deu uma guinada, foi a fase dos álbuns com direcionamento mais crust e com toques de heavy tradicional. Teve também enorme influência de Hellhammer e Celtic Frost, vide trabalhos como The Cult is Alive (2007).

Miscelânea extrema

Entretanto, em Old Star, o novo álbum, a dupla mais uma vez ataca nesse território, com resultados brilhantes. O som aqui viaja entre black metal, thrash, death e mais uma infinidade de rótulos que talvez não sejam suficientes para categorizar a arte desenvolvida por esses dois nórdicos.

Faixas como The Hardship of The Scots são um exemplo disso. Gélida, épica e pesada, a música possui um belíssimo riff de guitarra em sua segunda metade, uma das mais belas músicas de 2019. Só ouvindo para crer como ficou boa. The Key Is Inside The Wall também detém melodias que só podem ter saído da mente brilhante de um músico como Fenriz. A faixa-título e Alp Man também merecem ser ouvidas por quem é fã da atual fase do Darkthrone.

Sem papo furado, sem produções exageradas, apenas seis músicas sendo tocadas com o coração (negro). Mais um capítulo vitorioso na história do Darkthrone!

Old Star
Ano de Lançamento:
2019
Gravadora: Peaceville Records

Faixas:
1-I Muffle Your Inner Choir
2-The Hardship of The Scots
3-Old Star
4-Alp Man
5-Duke of Goat
6-The Key is Inside The Wall